sexta-feira, 18 de junho de 2010

Poesia do cotidiano

Vida louca vida

Bernardo Vilhena
Se ninguém olha

Quando você passa

Você logo acha

A vida voltou ao normal

Aquela vida sem sentido

Volta sem perigo

A mesma vida tudo sempre igual

Se alguém olha

Quando você passa

Você logo diz

Palhaço

Você acha que não está legal

Perde logo a noção do perigo

Todos os sentidos

Você passa mal

Vida louca vida

Vida breve

Já que eu tudo posso te levar

Quero que você me leve

Vida louca vida

Vida imensa

Ninguém vai nos perdoar

Nosso crime não compensa

Se ninguém olha

Quando você passa

Você logo acha

Tô carente

Sou manchete popular

Me cansei de toda essa tolice

Babaquice

Essa eterna falta do que falar.
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Por Conceição Freitas
Fonte: Correio Braziliense online, 18/06/2010

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