sábado, 8 de junho de 2013

Para aqueles que acham que filosofia não tem aplicação prática

Alexandre Harkaly *

http://mercadoetico.terra.com.br/website/wp-content/uploads/2013/06/fractal_samambaia.jpg

Uma das lições que tiramos do estudo de fenômenos é que tudo que existe no micro, no pequeno, existe também no macro. Um belo exemplo disso são os fractais. Se observamos o fractal podemos ver nesta folha de samambaia ao lado um padrão que se repete do folíolo à folha inteira.

Outro exemplo interessante são os flocos de neve onde a forma original se repete em varias dimensões do mesmo cristal.


O mundo é cheio de padrões repetitivos.

O corpo humano, assim como qualquer outro corpo de animal, é composto pelas mesmas moléculas: Carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, cálcio, ferro, fosforo, etc., que, por sua vez, organizam-se em proteínas, vitaminas, gorduras, açúcares e que nos animais formam as estruturas dos órgãos como pele, cabelo, unhas, ossos, ou seja, todos os organismos vivos são todos muito semelhantes do ponto de vista da composição molecular e substâncias básicas.

Tudo que existe lá fora, na natureza, existe dentro de nós humanos.

Sabemos que o tamanho do universo hoje mede aproximadamente 2. 10 milhões de anos-luz (10 x 23 m) da Via Láctea e que a menor distância entre átomos poderia ser medida em 1fermi (10 x -15 m) face a face com um um Próton!

Tudo que está no planeta Terra, até a menor partícula, esta no universo lá fora (deixemos de considerar aqui os átomos ainda não descobertos no universo além da Tabela Periódica conhecida).
Como fica com a questão dos poluentes externos e dos poluentes internos?

Sabemos que o meio ambiente (o macrocosmo planetário) está muito poluído, com petroquímicos e seus resíduos, metais, venenos, substancias sintéticas. Será que tudo que existe lá fora esta também dentro de nós humanos e seres vivos?

O EWG (Environmental WorkingGroup nos EUA), em 2009, estudou essa situação da contaminação humana. A entidade descobriu, entre outras coisas, analisando sangue de cordões umbilicais de 191 neonatos, 232 compostos industriais, como: Perchloratos, Perfluorquímicos (PFCs), Éteres DifenilPolibromados (PBDEs), Plastificantes – Phthalatos, Bisphenóis, solventes domésticos e voláteis, metais pesados, dioxinas, PCBs, (http://www.ewg.org/research/minority-cord-blood-report/bpa-and-other-cord-blood-pollutants).

Apesar de serem substancias com nomes complexos, indicam uma série de substancias residuais de processos industriais e presentes em produtos de uso doméstico, como panelas, tapetes, aparelhos elétricos, plásticos, produtos de limpeza.

Entenderemos algum dia que não adianta esconder o sol com a peneira? Que estamos todos “embebidos” pelos poluentes presentes no nosso macrocosmo?? Quais serão as consequências de carregarmos estes poluentes já ao nascermos?
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* Alexandre Harkaly é criador do programa no IBD CERTIFICAÇÕES com acreditação para ISO GUIDE 65 e com organizações internacionais de acreditação. Levou esta empresa a atuar internacionalmente em 20 países. Formado em engenharia agrônoma, é especializado em agricultura orgânica e biodinâmica, destacando-se como um dos membros fundadores da ABD – Associação Brasileira de Agricultura Biodinâmica.
Fonte:  http://mercadoetico.terra.com.br/07/06/2013

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