Alexandre Harkaly *
Uma
das lições que tiramos do estudo de fenômenos é que tudo que existe no
micro, no pequeno, existe também no macro. Um belo exemplo disso são os
fractais. Se observamos o fractal podemos ver nesta folha de samambaia
ao lado um padrão que se repete do folíolo à folha inteira.
Outro exemplo interessante são os flocos de neve onde a forma original se repete em varias dimensões do mesmo cristal.
O mundo é cheio de padrões repetitivos.
O corpo humano, assim como qualquer outro corpo de animal, é composto
pelas mesmas moléculas: Carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio,
cálcio, ferro, fosforo, etc., que, por sua vez, organizam-se em
proteínas, vitaminas, gorduras, açúcares e que nos animais formam as
estruturas dos órgãos como pele, cabelo, unhas, ossos, ou seja, todos os
organismos vivos são todos muito semelhantes do ponto de vista da
composição molecular e substâncias básicas.
Tudo que existe lá fora, na natureza, existe dentro de nós humanos.
Sabemos que o tamanho do universo hoje mede aproximadamente 2. 10
milhões de anos-luz (10 x 23 m) da Via Láctea e que a menor distância
entre átomos poderia ser medida em 1fermi (10 x -15 m) face a face com
um um Próton!
Tudo que está no planeta Terra, até a menor partícula, esta no
universo lá fora (deixemos de considerar aqui os átomos ainda não
descobertos no universo além da Tabela Periódica conhecida).
Como fica com a questão dos poluentes externos e dos poluentes internos?
Sabemos que o meio ambiente (o macrocosmo planetário) está muito
poluído, com petroquímicos e seus resíduos, metais, venenos, substancias
sintéticas. Será que tudo que existe lá fora esta também dentro de nós
humanos e seres vivos?
O EWG (Environmental WorkingGroup nos EUA), em 2009, estudou
essa situação da contaminação humana. A entidade descobriu, entre
outras coisas, analisando sangue de cordões umbilicais de 191 neonatos,
232 compostos industriais, como: Perchloratos, Perfluorquímicos (PFCs),
Éteres DifenilPolibromados (PBDEs), Plastificantes – Phthalatos,
Bisphenóis, solventes domésticos e voláteis, metais pesados, dioxinas,
PCBs, (http://www.ewg.org/research/minority-cord-blood-report/bpa-and-other-cord-blood-pollutants).
Apesar de serem substancias com nomes complexos, indicam uma série de
substancias residuais de processos industriais e presentes em produtos
de uso doméstico, como panelas, tapetes, aparelhos elétricos, plásticos,
produtos de limpeza.
Entenderemos algum dia que não adianta esconder o sol com a peneira?
Que estamos todos “embebidos” pelos poluentes presentes no nosso
macrocosmo?? Quais serão as consequências de carregarmos estes poluentes
já ao nascermos?
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* Alexandre Harkaly é criador do programa no IBD CERTIFICAÇÕES com
acreditação para ISO GUIDE 65 e com organizações internacionais de
acreditação. Levou esta empresa a atuar internacionalmente em 20 países.
Formado em engenharia agrônoma, é especializado em
agricultura orgânica e biodinâmica, destacando-se como um dos membros
fundadores da ABD – Associação Brasileira de Agricultura Biodinâmica.
Fonte: http://mercadoetico.terra.com.br/07/06/2013
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