Média de idade para o primeiro contato com a pornografia online é de 11 anos (Reprodução/Getty)
Cerca de 12% dos sites na internet são pornográficos, de acordo com pesquisa recente
A pornografia vem crescendo na internet. Atualmente, 12% dos
sites acessados são de conteúdo pornográfico. Uma recente pesquisa feita
pela revista americana Cosmopolitan revelou que 40 milhões de
americanos visitam sites pornográficos regularmente, dos quais 70% têm
entre 18 e 34 anos e veem pornografia pelo menos uma vez por mês. A
média de idade estimada para o primeiro contato com a pornografia
virtual é de 11 anos.
O abuso da pornografia tem mais a ver com uma questão psicológica do
que moral. Terapêutas alertam que o aumento da pornografia na internet
está diretamente ligado ao aumento de pessoas viciadas em pornografia.
Em uma pesquisa recente, 94% dos terapeutas disseram ter percebido um
aumento no número de pessoas viciadas em pornografia. Toda uma geração
foi afetada pela pornografia na internet, que se tornou educação sexual.
Ao que tudo indica, a próxima também será. A situação fez com que o
abuso de pornografia entrasse para o manual de doença mentais dos EUA
como “Distúrbio Hipersexual”.
Inúmeros estudos associam a pornografia a uma atitude negativa em
relação à intimidade, e imagens neurológicas confirmam isso. Susan
Fiske, professora de psicologia na Universidade de Princeton, usou
exames de ressonância magnética em 2010 para analisar homens enquanto
assistiam filmes pornô. A atividade do cérebro revelou que esses homens
passavam a olhar para mulheres mais como objetos do que como pessoas
depois de assistirem filmes pornô compulsivamente.
Assistir pornografia virtual frequentemente redefine o padrão mental,
mudando preferências e criando a necessidade de um estímulo incapaz de
ser saciado na vida real. O processo mental é parecido com o que
acontece quando superamos uma separação se apaixonando por outra pessoa.
Primeiro, “desaprendemos” um padrão antigo cortando e modificando
conexões cerebrais. Depois, substituímos as antigas conexões por outras.
Mas, graças à plasticidade do cérebro, é possível reverter esse quadro. Basta parar de assistir. No livro Reconstrução do Cérebro,
o psiquiatra Norman Doidge relata como seus pacientes viciados em
pornografia conseguiram superar o vício. “A plasticidade cerebral faz o
cérebro criar novos padrões de excitação, substituindo as antigas
preferências, incluindo namoradas e esposas. Ao parar de buscar
pornografia na internet, o apetite por este novo padrão desapareceu”,
explica o psiquiatra.
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http://opiniaoenoticia.com.br/internacional/as-consequencias-do-excesso-de-pornografia-virtual/
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