Este post introduz uma série de
artigos que pretendo escrever e publicar no Inconsciente a respeito da
relação Mente-Corpo e o surgimento de doenças. Aqui, trago um artigo que traduzi da – já outras vezes mencionada – newsletter do IONS – Institute of Noetic Sciences,
que trata do “mistério” da remissão espontânea, portanto inesperada, do
câncer. Como poderá ser visto, o artigo mostra os pontos em comum nos
casos em que aconteceu a dita remissão, e coloca algumas teorias
(alternativas é claro, porque ortodoxamente não há uma explicação
satisfatória para isso) que tentam explicar o “fenômeno”.
Evidentemente que aqui não se pretende
que ninguém desista do tratamento alopático/tradicional, mas sim,
repensar a doença partindo de outros pontos de vista. Espero que este
artigo sirva para proporcionar uma reflexão mais ampla e diferenciada a
respeito do tratamento do câncer, lembrando que as doenças são mais oportunidades de crescimento e autoconhecimento do que “obstáculos” em nossas vidas;
e ajudar as pessoas que estão passando por esta condição a, quem sabe,
realizar algumas mudanças que possam auxiliar nos seus tratamentos, a
compreender melhor o que está acontecendo consigo mesmas e assim,
melhorar suas qualidades de vida.
Então vamos ao artigo:
+++
artigo de Kelly A. Turner, PhD (pesquisadora, palestrante e consultora no campo da Oncologia Integrativa)
tradução e adaptação de Karina, para o InconscienteColetivo.net
Todos nós já ouvimos uma história como
esta. Depois de tentar todos os métodos que a medicina ocidental tem a
oferecer, é dito a uma pessoa com um câncer Estágio 4 que não há nada
mais que os médicos possam fazer, e é mandada para casa para receber
cuidados paliativos. Cinco anos depois, aquela pessoa dá uma volta ao
consultório médico se sentindo ótima, com mais nenhuma evidência de
câncer.
No mundo médico, este tipo de caso é referido como uma remissão espontânea, que é definido como: “o
desaparecimento, completo ou incompleto, do câncer sem tratamento
médico ou com tratamento médico que é considerado inadequado para
produzir o resultante desaparecimento dos sintomas da doença ou o tumor“¹. Muitos pesquisadores, incluindo eu mesma, acreditam que a palavra espontâneo é um termo impróprio e que deveria ser mudado para inesperado ou improvável.
Nós pensamos assim porque apenas algumas poucas coisas na vida são
verdadeiramente espontâneas – ocorrendo puramente por acaso. É mais
provável que estas remissões tenham uma causa – ou duas, ou três – que a
ciência ainda não identificou.
Background
Independente de como chamamos, a
remissão inesperada ocorre, e mais de mil casos (dentre todos os tipos
de câncer) já foram publicados em periódicos médicos. Milhares mais
devem ter provavelmente ocorrido, mas não foram publicados, porque a
maioria dos médicos não dispende tempo para escrever um relatório e
enviá-lo para um periódico – o que infelizmente, atualmente é o único
jeito para rastrear estes tipos de casos. Baseado no que já foi
publicado, remissões inesperadas são estimadas para ocorrer em um em
cada sessenta mil a cem mil pacientes com câncer; entretanto, a taxa de
incidência real é provavelmente maior que esta, devido ao baixo número
de relatórios que costumam ser realizados².
Ao longo do século passado, tem havido
um fluxo constante de relatos de casos publicados, juntamente com
flashes de maior interesse neste tópico. Por exemplo, nos anos 1960, os
dois primeiros livros científicos sobre a remissão inesperada foram
publicados, o que levou a um aumento acentuado no número de relatos de
casos submetidos a revistas médicas³. Depois de algum tempo, no entanto,
o interesse no tópico se aquietou novamente até os anos 1980, quando o
Instituto de Ciências Noéticas (IONS) lançou o Spontaneous Remission Project (Projeto
da Remissão Espontânea, em tradução livre), que culminou na publicação
de uma bibliografia abrangente de casos documentados (4). Desde então,
aproximadamente vinte casos de remissão inesperada são publicados a cada
ano, e ainda há uma notável falta de investigação formal sobre por que
essas remissões ocorrem.
De um certo modo, é compreensível. Como
você começa a pesquisar por algo que você não consegue explicar? Muitos
médicos convencionais se sentem ameaçados por essas curas “milagrosas” e
não querem falar sobre elas – muito menos pesquisá-las - por medo de
que darão uma “falsa esperança” para seus outros pacientes. De fato, a
maioria dos sobreviventes da remissão inesperada que estudei estava
emocionada por finalmente encontrar um profissional que estava
interessado em saber como haviam se curado. Eles frequentemente
lamentam: “Meu médico nem perguntou como eu consegui.”
A Pesquisa Atual
Talvez porque eu sou uma pesquisadora
qualitativa e não uma médica, eu sempre fui fascinada por casos de
remissão inesperada. Quando eu comecei a estudar isso durante meus
estudos de doutorado na Universidade da Califórnia, em Berkeley, eu
estava desapontada em ver quão pouca pesquisa foi feita neste tema. O
primeiro problema que vi foi que não havia banco de dados em que eu
pudesse facilmente encontrar e analisar estes casos. O segundo problema
que notei foi que dois grupos de pessoas foram grandemente ignoradas na
pesquisa: os próprios sobreviventes, bem como os curandeiros
não-alopáticos. Parecia estranho que em um esforço para explicar as
remissões inesperadas, nós não estávamos pedindo as opiniões das pessoas
que de fato se curaram. Eu também não conseguia entender porque, ao
tentar explicar uma remissão que por definição não era resultado de um tratamento alopático, nós não estávamos procurando as hipóteses dos curandeiros não-alopáticos.
Como resultado, a minha pesquisa de
dissertação envolveu coletar hipóteses desses dois grupos previamente
ignorados sobre porque as remissões inesperadas podem ocorrer. Mais
especificamente, eu passei dez meses viajando o mundo à procura de
cinquenta curandeiros não-alopáticos de câncer. A minha pesquisa me
levou a entrevistar curandeiros dos Estados Unidos, China, Japão, Nova
Zelândia, Tailândia, Índia, Inglaterra, Irlanda, Zâmbia, Zimbabwe, e
Brasil (tradutores foram solicitados quando necessário). Quando retornei
desta viagem incrível, encontrei vinte casos não publicados de remissão
inesperada e conduzi entrevistas telefônicas com os sobreviventes. Eu
propositadamente procurei por casos não publicados primeiro, a fim de
ver se os problemas de baixa notificação de casos eram verdade – e eles
eram. Sou grata a Sociedade Americana do Câncer por fornecer o
financiamento parcial para este estudo.
Minhas entrevistas de setenta horas de
duração resultaram em mais de três mil páginas de transcrições, que
analisei várias vezes para encontrar temas recorrentes. Eu identifiquei
mais de setenta e cinco “tratamentos” para o câncer, seis deles eram os
“muito frequentes” entre todos os setenta sujeitos. Crenças subjacentes
sobre o câncer também surgiram a partir das entrevistas, das quais três
eram muito frequentes. Fico feliz em compartilhar esses resultados,
aqui, de forma abreviada. Lembre-se que estas são apenas hipóteses, não
fatos.
Crença 1: Alterar as condições sob as quais o câncer prospera
A maioria dos meus entrevistados
acreditavam que o câncer se desenvolve sob certas condições sub-ideais
no sistema mente-corpo-espírito e para remover o câncer, essas condições
subjacentes precisam mudar. O curandeiro n.21, do Havaí, explicou desta
forma:
As recuperações mais bem-sucedidas entre as pessoas
com a doença parecem estar fortemente associadas com grandes mudanças no
comportamento mental, emocional ou físico. O que é importante para uma
pessoa, é claro, pode não ser o mesmo para a outra. . . Eu sei de um
caso de sucesso onde uma mulher deixou sua família, tomou uma nova
religião, mudou seu vestuário e dieta, e se mudou para um país
diferente. Talvez ela precisasse de todas essas mudanças, ou talvez não,
mas no geral isso funcionou pra ela. Eu sei de outra pessoa, um homem,
que simplesmente parou de tentar superar o seu pai, e isso funcionou pra
ele.
Crença 2: Doença = Bloqueio / Lentidão; Saúde = Movimento
A maioria dos meus entrevistados também
acredita que qualquer doença, incluindo câncer, representa um bloqueio
ou lentidão em algum lugar do sistema corpo-mente-espírito, considerando
que a saúde ocorre quando há um estado de circulação sem entraves ou
fluxo.
Notas: Curandeiro 1 explicou a sua teoria da “evitação” (“bypasses” no original), que ele descreveu como mecanismos de defesa psicológicos que funcionam para criar um desvio em torno de um bloco energético. Ele disse que esse bloco energético pode ser localizado em qualquer nível espiritual, mental, emocional ou físico e que estas “evitações” solidificam ao longo do tempo. Na sua opinião, a verdadeira cura só ocorre quando uma pessoa (1) pára de evitar e (2) libera o bloqueio original.
Crença 3: A Interação Corpo-mente-espírito existe, e energia permeia os três níveis
A terceira crença que a maioria dos meus
entrevistados debateu, foi a ideia de que uma interação
corpo-mente-espírito existe e que a energia permeia todos esses três
níveis. De acordo com o Curandeiro # 35, um americano de nascimento,
xamã peruano treinado:
Você tem que ter cura na mente, corpo e espírito. . .
A maioria de nós que vivemos em nossos corpos físicos, nós nem sabemos
sobre os corpos espirituais ou emocionais. Então nós temos que conectar
com todos os três. Mas você vê, nas montanhas dos Andes, [o povo andino]
já está conectado.
Além dessas três crenças subjacentes
sobre a saúde, havia também seis tratamentos que os sobreviventes do
câncer e curandeiros debatiam com mais frequência. Estes incluíam
“tratamentos” físicos, bem como emocional, energético e espiritual. Eles
estão listados abaixo em ordem alfabética.
Alterar a dieta
A maioria dos meus entrevistados
acreditava que era importante mudar sua dieta para principalmente
hortaliças integrais, frutas, cereais e feijão, ao mesmo tempo
eliminando a carne, açúcar, laticínios e grãos refinados. O Sobrevivente
Inesperado nr. 16, que superou o câncer do fígado sem o tratamento
médico convencional, explica as principais mudanças que ele fez em sua
dieta:
[Eu me curei] apenas por fazer uma dieta vegan
básica, boa, predominantemente crua e suplementando-a com muitos sucos,
como suco de cenoura, que é claro, é cheio de nutrientes. E a razão pela
qual os sucos são tão importantes é porque nós já devastamos,
basicamente, toda a nossa produção… Esta é a razão para usar os sucos
como suplemento… De repente o corpo diz, Uau! É como regar o gramado
quando está seco.
Experimentando um aprofundamento da Espiritualidade
A maioria dos meus entrevistados também
relatou sentir, – não apenas acreditar, mas realmente sentir – uma
sensação interna de uma energia divina, amorosa. Alguns até tiveram
experiências transcendentais, como o Sobrevivente Inesperado nr. 4, que
se curou de um câncer de pulmão Estágio 3 sem o tratamento médico
convencional:
Foi um retiro de dez dias, em silêncio, onde você não
podia falar, você não poderia reconhecer outras pessoas na sala, e você
só meditava por umas catorze horas por dia. E eu tive essa experiência
que eu não posso explicar. Era como se, de repente, houvesse um flash, e
nos meus olhos eu podia ver rios de energia girando em torno e ao mesmo
tempo sentia a mesma coisa através de cada célula do meu corpo. E há
uma palavra para isso, mas eu esqueci o que o professor disse que era,
mas ele explicou que: “Você sentiu sua alma. Você sentiu sua verdadeira
essência”. “E eu disse: Eu senti Deus? “E ele meio que sorriu e disse:
Algumas pessoas podem chamar assim.”
Sentindo Amor/Alegria/Felicidade
A maioria dos meus entrevistados também
discutiu a importância de aumentar o amor e a felicidade em sua vida, a
fim de ajudar a recuperar a sua saúde.
Notas: [O Sobrevivente Inesperado 5, que superou um
linfoma raro sem o tratamento médico convencional] disse que o curador
energético / espiritual que ele viu, inundou seu sistema linfático com
energia e que após o tratamento ele se sentia como “um adolescente
apaixonado.” Ele sentiu amor por tudo e todos. Ele disse que o
tratamento o fez perceber que se pudesse encontrar uma maneira de sentir
este nível de amor incondicional todo o tempo, então ele seria curado
de seu câncer.
Liberando Emoções Reprimidas
Porque muitos dos meus entrevistados acreditavam que a doença
representa um estado de bloqueio, então, eles acreditavam que era
saudável liberar todas as emoções a que tinham se apegado, como medo,
raiva e tristeza. A Sobrevivente Inesperado 19, que superou o câncer de
pâncreas, sem o tratamento médico convencional, explica sua visão sobre
este processo:
Eu acredito que a energia presa no meu corpo que
parecia ser uma massa ou um tumor, e que [meus médicos] chamavam de
câncer, tinha sido causada por estes padrões que eu estava descrevendo
para você e que não estavam sendo liberados, que são continuamente
sobrepostos, mais e mais e mais, onde quer que estejam. Então, se é
câncer de rim, é provavelmente medos excessivos; se é câncer de pulmão, é
mágoa de algum tipo que não tenha sido resolvida. Quer dizer, eu acho
que eles podem ser muito bem rastreados até padrões, padrões de
pensamento, formas-pensamento que não estão sendo liberadas, e,
portanto, que seguram na memória celular e não estão sendo liberados.
Tomar Ervas ou Vitaminas
Muitos dos meus entrevistados também
tomaram várias formas de suplementos, com a crença de que eles ajudam a
desintoxicar o organismo ou aumentar o seu sistema imunitário ou ambos.
Aqui está como o Sobrevivente Inesperado 8, que superou o câncer de
cólon Estágio 3, descreveu:
Dra. Turner: De todas as coisas que você
me disse, qual você acha que foi a mais influente para a sua cura, ou
todas foram igualmente influentes para você?
Sobrevivente Inesperado 8 : Eu diria que, para o meu corpo, seria o Wholly Immune [suplemento] que eu adquiri. . . Ele tem cerca de 50 coisas diferentes nele. . . [Um amigo] pesquisou e disse: “Neste Wholly Immune, você tem sete combatentes de câncer. Se você estivesse tomando-os cada um por conta própria, não seria tão potente “. Ele disse que porque eles estão em combinação, o suplemento atua como um destruidor de câncer.
Sobrevivente Inesperado 8 : Eu diria que, para o meu corpo, seria o Wholly Immune [suplemento] que eu adquiri. . . Ele tem cerca de 50 coisas diferentes nele. . . [Um amigo] pesquisou e disse: “Neste Wholly Immune, você tem sete combatentes de câncer. Se você estivesse tomando-os cada um por conta própria, não seria tão potente “. Ele disse que porque eles estão em combinação, o suplemento atua como um destruidor de câncer.
Usando a Intuição para ajudar a tomar decisões de tratamento
Finalmente, muitos dos meus
entrevistados falaram sobre a importância de usar a intuição para tomar
decisões relacionadas ao tratamento. Por exemplo, a Sobrevivente
Inesperada 7, que superou um câncer de mama metastático recorrente
depois que a medicina convencional falhou, descreveu como a intuição de
um curandeiro combinou com a sua:
[O curandeiro tibetano] levou o dedo e com uma
precisão milimétrica tocou cada ponto do meu corpo que eu tinha câncer,
ou onde eu tinha câncer atualmente. Foi incrível! Ele podia ver o que os
exames não podiam ver. Eu havia previsto meu câncer quatro vezes. Eu
tinha levado [os médicos] a isso com uma pontinha de precisão, antes de
os exames até mesmo pegarem o conjunto de células. [O curandeiro
tibetano] podia fazer o que eu podia fazer com meu próprio corpo.
Além dos seis “tratamentos” listados
acima, os quais eram comuns entre ambos os agentes de cura e os
sobreviventes inesperados, havia tratamentos adicionais que eram mais
frequentes em um grupo que o outro. Por exemplo, os três temas seguintes
foram muito frequentes entre os vinte sobreviventes inesperados, mas
menos entre os curadores.
Tomar o controle das decisões de saúde
A grande maioria dos sobreviventes
inesperados relataram ter assumido um papel mais ativo na tomada de
decisão sobre sua saúde, ao contrário de aceitar passivamente o que quer
que seus médicos lhes dissessem. A Sobrevivente Inesperada 9, que
superou o câncer de mama metastático recorrente, após a medicina
convencional falhar, descreve desta forma:
Uma vez que o pânico e o medo tinham desaparecido,
depois do câncer de mama voltar pela quinta vez, senti tanta certeza
como eu nunca tinha sentido de que a única pessoa que poderia me salvar
era o cientista interior. . . Por cinco anos, eu tinha feito tudo que
meus médicos tinham aconselhado e me submetido a todos os tratamentos
que eles haviam prescrito. . . [Desta vez] eu decidi que em vez disso eu
olharia para o câncer de mama de uma forma isolada, como um cientista
natural, e tentaria entender a doença como um tipo de fenômeno natural.
Ter uma forte vontade de viver
A grande maioria dos sobreviventes
inesperados demonstrou uma forte vontade de viver. A Sobrevivente
Inesperada 15, que superou o câncer de mama estágio 3 sem a medicina
convencional, demonstra essa obstinação:
O médico me disse: “Depois que você fizer essa
cirurgia e ter a quimio e radioterapia, podemos dar-lhe mais cinco anos
para viver.” E eu pensei, eu quero viver mais de cinco anos! Assim,
quando o médico disse isso, eu fiquei louca. . . Então eu meio que saí
com uma atitude de que isso não vai me abater. Eu vou fazer isso.
Receber apoio social
Finalmente, a grande maioria dos
sobreviventes inesperados deste estudo descreveu receber apoio social
positivo durante a sua experiência com o câncer. A Sobrevivente
Inesperada 13 descreve o demonstração de amor que ela recebeu:
Uma das coisas que eu realmente aprendi [quando eu
tive câncer] é que sou valorizada. . . Eu era capaz de compartilhar a
realidade da minha experiência, e as pessoas reagiam a isso e entravam
em cena para fazer o que fosse necessário. Foi uma enorme validação do
universo e de que toda a vida é valorizada. Eu não era valorizada porque
eu sou eu, minha pessoa, necessariamente, mas porque minha vida tem
valor. Toda a vida tem valor, e isso inclui a minha. . . É uma
conseqüência maravilhosa dessa doença, a efusão do amor. Bem, talvez
seja o propósito.
Havia dois temas que ocorreram mais
frequentemente entre os curandeiros do que entre os sobreviventes
inesperados: (1) cura, infusão, ou energia desbloqueada e (2) o reforço
ou a ativação do sistema imunológico. Você pode ler mais sobre estes,
bem como uma análise mais aprofundada de todos os temas, na minha dissertação completa (em inglês).
Direções Futuras
Os resultados deste estudo qualitativo
fornecem algumas hipóteses sobre o porquê da remissão inesperada poder
ocorrer. O que é necessário agora é que os pesquisadores estudem essas
hipóteses em ensaios clínicos que podem testar primeiro por segurança,
depois por viabilidade e, finalmente, pela causalidade. Além disso, há
uma necessidade imediata de um banco de dados central de relatórios de
casos inesperados de remissão, de preferência um que esteja online.
Atualmente, estou trabalhando na criação
de tal banco de dados e site, com a esperança de que sobreviventes,
médicos e curandeiros consigam rapidamente apresentar os seus relatórios
de casos para que pesquisadores como eu, possam verificá-los e
analisá-los. Eventualmente, este não-identificado (anônimo) banco de
dados também poderá ser buscado pelo público, servindo não apenas como
um portal para pesquisadores, mas também como fonte de inspiração para
pacientes com câncer que estão atualmente lutando contra a doença.
Se você conhece alguém que curou seu
câncer ou (1) sem a medicina convencional, (2) após a medicina
convencional falhar, ou (3) que usaram métodos integrativos para
sobreviver a um prognóstico terrível, por favor, incentive-os a
apresentar o seu caso em www.UnexpectedRemission.org (atualmente
em versão beta). Todos os relatórios apresentados serão automaticamente
desidentificados, salvo se o sobrevivente especificamente pedir para
não o fazer.
Para encerrar, eu gostaria de dizer que o
estudo das anomalias tais como remissões inesperadas não é nem fácil,
nem incontroverso, nem imediatamente proveitoso. No entanto, eu acredito
firmemente que essa pesquisa pode nos levar a um novo paradigma de
conhecimento científico, e que por investigar rigorosamente as remissões
inesperadas -ao invés de simplesmente ignorá-las, podemos fazer
progressos significativos na guerra contra o câncer.
____
Notas:
1. B. O’Regan, Spontaneous Remission: An Annotated Bibliography (Institute of Noetic Sciences, 1995).
2. W. H. Cole, “Efforts to Explain Spontaneous Regression of Cancer,” Journal of Surgical Oncology 17, no. 3 (1981): 201–209.
3. W. Boyd, The Spontaneous Regression of Cancer (Springfield, IL: Charles C. Thomas, 1966); T. C. Everson and W. H. Cole, Spontaneous Regression of Cancer (Philadelphia: W. B. Saunders, 1966).
4. B. O’Regan, Spontaneous Remission: An Annotated Bibliography.
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Fonte: http://inconscientecoletivo.net/quando-o-cancer-desaparece-o-curioso-fenomeno-da-remissao-inesperada/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+InconscienteColetivonet+%28Inconsciente+Coletivo.net%29
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