sexta-feira, 18 de outubro de 2024

O capitalismo e a mãe natureza,

por Izaías Almada

As forças armadas mais poderosas espalhadas pelos seis continentes não têm a menor possibilidade de lutar contra a fúria da natureza.

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        Os tsunames, os furacões e terremotos, as queimadas criminosas ou naturais, as tempestades violentas, as inundações e os vendavais, os desastres climáticos, enfim, começam a preocupar os países em geral e seus governos, sem distinção de sistemas econômicos, ideologias e religiões.

        A mãe natureza não tem seus protegidos ou afilhados. Ele á igual para todos. Contudo, não será exagero nem descabido pensar que os desastres climáticos, a continuarem com a mesma violência com que têm surgido, irão afetar a economia mundial em vários setores.

        Fiquemos, por enquanto, com dois exemplos brasileiros, os alagamentos no Rio Grande do Sul e agora o vendaval e o consequente apagão na cidade São Paulo.

        Já se tem uma ordem de grandeza dos prejuízos provocados pelas inundações e os alagamentos no Rio Grande do Sul? E com o desastre na cidade de São Paulo?

        Segundo a Federação do Comércio do Estado de São Paulo o prejuízo causado no comércio de varejos e serviços já atingiu a cifra de Um Bilhão e Seiscentos Milhões de Reais (1,65 bilhão) somente nos quatro primeiro dias do apagão.

        No Rio Grande do Sul, segundo o Sistema Nacional de Defesa Civil, os prejuízos até o dia 14 de junho passado já atingira os Doze Bilhões e Duzentos Milhões (12,2 bilhões) aos municípios afetados pelas enchentes.

        Quem perde com isso? Todos nós que pagamos ou não nossos impostos, pois como disse acima a mãe natureza não tem ideologia.

        Contudo ela não gosta que a maltratem e façam pouco dela, porque se isso acontecer ela tem os quatro elementos a seu favor: água, ar, fogo e terra.

        Alguém aí considera que nós mortais podemos enfrentar esses elementos se eles se enfurecerem de verdade? Até agora foram dados avisos do que pode acontecer.

        As forças armadas mais poderosas espalhadas pelos seis continentes não têm a menor possibilidade de lutar contra a fúria da natureza.

        Cidades desaparecerão, fontes de produção industrial deixarão de existir, o comércio terrestre, aéreo e marítimo sucumbirá, bancos e bolsa de valores vão virar piada, hospitais serão insuficientes para atender os milhões e milhões que vão sumir de uma hora para outra e as religiões e as ciências serão postas à prova…

        Com esse cenário, o capitalismo que se cuide.

*Izaías Almada é romancista, dramaturgo e roteirista brasileiro nascido em BH. Em 1963 mudou-se para a cidade de São Paulo, onde trabalhou em teatro, jornalismo, publicidade na TV e roteiro. Entre os anos de 1969 e 1971, foi prisioneiro político do golpe militar no Brasil que ocorreu em 1964.

Fonte:  https://jornalggn.com.br/cronica/o-capitalismo-e-a-mae-natureza-por-izaias-almada/

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