Marcelo Rech*
Confia na vida.
Toda cicatriz já foi ferida.
Rotina é uma gaiola que
só abre às sextas-feiras.
Passou a vida esperando?
A vida passou voando.
Sentimento é mapa
Segue o seu
A melhor maneira de
evitar o que nos atrasa
É passar mais tempo com
quem nos tira a pressa
Gentileza é eco
A saudade é a visita
De quem está presente
Na gente
Só perco o sono
Pelos meus sonhos.
Levar a vida a sério
Não significa
Perder a graça
Allan Dias Castro teve a coragem de largar tudo para mergulhar no desfiladeiro do sonho. Deixou o emprego, trocou Porto Alegre pelo Rio de Janeiro e começou do zero. Queria ser poeta. Foi desencorajado no caminho, afinal, "poesia é para poucos". Mas com quantos "não" se faz um "sim"? Hoje, Allan e seus versos são fenômenos na internet e fora dela.
No início, o gaúcho nascido em Passo Fundo falou para poucos. Apoiado pela mulher, Ana Carolina Dutra, sem pirotecnia e "de cara lavada", passou a gravar vídeos dando rosto e voz ao que escrevia: pequenos poemas, aforismos, epigramas, autodescobertas. Contava com a audiência da família e dos amigos.
Aos poucos, com talento, dedicação e persistência, rompeu a bolha. A "poesia falada" ganhou o mundo.
Seis anos depois da primeira gravação, Allan soma mais de 100 milhões de visualizações nas redes sociais e tem uma legião de seguidores Brasil afora. É autor de três livros de sucesso - entre eles, A Monja e o Poeta (2021), escrito em parceria com a Monja Coen, outro prodígio pop.
- Eu ouvia as pessoas dizendo que poesia era algo difícil e chato, mas acreditava que podia ser diferente. A poesia está em tudo, inclusive nas coisas simples do dia a dia, e pode fazer a diferença na vida de alguém - ensina o poeta, pai de uma menina chamada Serena.
Em tempos de ód io e intolerância, a delicadeza das palavras é, também, salvação.
Allan Dias Castro participa, neste sábado, véspera do Dia dos Pais, de um encontro aberto ao público com Fabrício Carpinejar sobre paternidade e permanência. Será às 10h, com mediação de Débora Tessler, no Crematório Metropolitano da Capital, a convite do Grupo Cortel. O ingresso é um quilo de alimento não perecível.
Em setembro, Allan volta à cidade para um bate-papo no Instituto Ling, dia 5, e para sessão de autógrafos de A Monja e o Poeta na livraria Leitura, no BarraShopping Sul, dia 6.
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