“Para muitos não-crentes, de fato, Deus não é um nada vazio,
mas uma ausência. E nós sabemos bem que o lugar livre de uma pessoa
que nos deixou não está vazio,
porque a ausência é a saudade ou a expectativa de uma nova presença.
Eis por que não era tão paradoxal o que escreveu um católico francês
no século passado, Pierre Raverdy: “Há ateus de uma aspereza feroz,
que no final de contas se interessam por Deus mais
do que certos crentes frívolos e tíbios”. Compreende-se, então, como é preciso
também nós ter ao nosso lado – como quis Bento XVI – estas presenças
autênticas e sinceras, enquanto refletimos, dialogando e rezando
pela paz e a justiça no mundo pelos caminhos
e memórias de Francisco”.
(Final do texto: Quem pergunta está a caminho da verdade - Gianfranco Ravasi – Cardeal presidente do Pontifício Conselho para a Cultura – In L’Osservatore Romano, 20/08/2011, pág.34)
OBS.: O texto integral faz referência ao encontro do papa Bento XVI em Assis que acontecerá em 27 de outubro e haverá a presença de um grupo de cinco pessoas que não pertencem a qualquer expressão religiosa codificada, mas que tem uma visão ética e humanista do ser e do existir. "Quem faz perguntas quer a verdade. Enquanto quem duvida quer ouvir que a verdade não existe" (Cormac McCarthy, escritor agnóstico contemporâneo, americano no seu romance: Sunset limited.
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