sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Cartas guardadas por amigos revelam intimidade de Elis Regina, morta há 40 anos

Por Karine Dalla Valle

André Ávila / Agencia RBS
Detalhe do papel timbrado e da letra de Elis na correspondência enviada em 1969 para sua ex-professora Aida Ferrás

Quem trocou correspondências com a cantora não esquece. Guarda até hoje, como relíquia, os velhos papéis com a letra (e algumas revelações) de Elis


Há lamentos e confissões de Elis Regina depositados em gavetas, em meio a papéis de escritório e até mesmo emoldurados na parede 40 anos após sua morte, em 19 de janeiro de 1982. São cartas que a cantora trocou com amigos e personalidades do Rio Grande do Sul e que seguem guardadas, como relíquias pessoais de cada um.

GZH teve acesso a algumas dessas correspondências. À professora aposentada Aida Ferrás, que lecionou para Elis em Porto Alegre, a cantora desabafa sobre frustrações no amor; ao jornalista Pedro Sirotsky, reclama de pessoas “interessadas” que ficavam ao seu redor; ao crítico musical Juarez Fonseca, que acompanhou toda a sua trajetória, fala sobre a importância de ter as pessoas queridas por perto; a Vitor Ramil, então um jovem que iniciava a carreira na música, prova, em um breve telegrama, que não se colocava em um pedestal, inalcançável.

Mostrar alguns trechos do que Elis escreveu, além de contar as histórias que viveu com seus destinatários, é uma oportunidade de entrar na intimidade da cantora, deleitar-se com as reflexões que fazia sobre a vida, as críticas à sociedade e ao país, apiedar-se com o sofrimento que sentia. A cada vez que são relidas, essas cartas reativam memórias em quem ainda as guarda, jogam um pouco mais de luz sobre a cantora, que permanece absoluta na história da música brasileira.

“Tenho uma incrível vontade de acertar” 

Para: Aida Ferrás | Ano: 1969

André Ávila / Agencia RBS
Aida deu aulas de português a Elis mais de 50 anos atrás

No fim dos anos 1960, o nome de Elis já tinha extrapolado as fronteiras do Brasil e chegado a Paris, onde Aida Ferrás se aprimorava em francês. Em uma roda de amigos, a porto-alegrense ouviu de um carioca:

Élis, tua conterrânea, está brilhando – disse ele, sem saber a pronúncia correta do nome da cantora que ganhava projeção.

Aida lembrou da menina a quem tinha dado aula de português e literatura na Escola Normal Dom Diogo de Souza, em Porto Alegre. Era uma guria inteligente que, se não lhe falha a memória, conseguia as melhores notas.

– Só tirava 10. Gramática correta, escrevia bem – conta a professora, hoje com 88 anos de idade.

A relação em sala de aula foi breve. Aida logo viajou para a Europa. Em seguida, Elis, com apenas 19 anos, foi fazer sucesso no Rio de Janeiro. Do outro lado do Atlântico, a professora tomou conhecimento do tamanho da fama alcançada pela ex-aluna. Quando retornou à cidade natal, Aida passou a acompanhar a carreira de Elis. Foi pela imprensa que soube do relacionamento com o compositor Ronaldo Bôscoli, 17 anos mais velho, com quem havia se casado em 1967. Decidiu escrever para a cantora, para lhe dar orientações. Não recorda exatamente do conteúdo da carta, mas lembra do que a motivou:

– Ela era ingênua, muito gaúcha, inocente. E era muito direta.

Na resposta, datada de 15 de agosto de 1969, Elis se abre com a antiga professora. Confessa, em uma carta escrita em papel timbrado, o quanto era infeliz ao lado de seu primeiro marido. Cita o fato de, mesmo mais nova, ganhar muito mais do que ele, “um padrão irreal de salário”. No entanto, não considerava justo arcar com as responsabilidades do parceiro. “Só porque ganho mais, devo mais?”, questiona.

Também revela o tratamento hostil que Bôscoli lhe reservava. “(Segundo ele) Meus amigos são idiotas, minha mãe, estúpida, eu não sei de nada, nem sou mulher. Por que, então, não viver em paz?”, escreve. “Não me queixo do trabalho. Só me queixo da falta de paz”.

Com 24 anos, Elis mostra a mulher cheia de desejos que havia se tornado, ansiosa por um relacionamento mais igualitário, além de afetuoso. “Durmo com um homem que há três meses me trata com a maior indiferença. Primeiro, pensei ser meu problema. Fiquei maluca. Dei uma olhada ao redor. Não me achei nada desprezível. Muito ao contrário. Vários me olhavam, queriam, se insinuavam”.

Em uma época em que as mulheres pouco falavam sobre sexo e muito menos sobre o próprio prazer, Elis admite: “O que eu não posso fazer é passar a considerar o sexo um ato subalterno. Não acho. Não só não acho como preciso dele. Já falei. Expliquei. Implorei”.

Pede à antiga mestra que, se algo não tivesse ficado claro em suas explicações, se ainda era necessário que fizesse alguns apontamentos sobre sua vida, que escrevesse novamente. “Respondo tudo. Faço qualquer coisa. Tenho uma incrível vontade de acertar”, suplica.

Meus amigos são idiotas, minha mãe, estúpida, eu não sei de nada, nem sou mulher. Por que, então, não viver em paz?. (...) Não me queixo do trabalho. Só me queixo da falta de paz.

ELIS REGINA

Em carta para Aida Ferrás

Aida, ao ler as queixas da ex-aluna, ficou consternada. Pôde encontrá-la alguns meses depois, quando viajou ao Rio, naquele mesmo ano, para visitar uma irmã. Ainda aproveitou para assistir a um show de Elis no Teatro da Praia, onde estava em cartaz cantando O Barquinho, Casa Forte e Insensatez. Passaram uma noite juntas, jantaram e Aida foi dormir na casa de Elis, que voltou a reclamar do casamento:

– A gente não está legal, Aida. Não conseguimos conversar, porque ele sempre tem razão.

Foi a última vez que ficaram perto uma da outra. Aida só viu Elis novamente a distância, em 1977, quando a cantora veio a Porto Alegre para estrear Transversal do Tempo no Teatro Leopoldina. Já havia rompido com Bôscoli, de quem se separou em 1972, e estava casada com o músico e compositor Cesar Camargo Mariano. Também nunca mais se escreveram. 

– Acho que ela não tinha mais tempo. Acho que ficou esgotada – diz a professora aposentada.

Cinco anos depois, Aida acompanhou a repercussão da morte da cantora pela imprensa. Considerou a abordagem distorcida, com muita ênfase na overdose que tirou sua vida e pouco destaque à magnitude de seu trabalho. É numa cômoda de seu apartamento, no oitavo andar de um prédio em frente ao Parque Farroupilha, que guarda a carta que a antiga aluna lhe enviou pedindo conselhos e se afligindo por causa do amor.

“Fita com suas composições quase inaudível”

Para: Vitor Ramil | Ano: 1980

Ele era um músico em início de carreira em Pelotas, sem disco gravado. Tinha 17 anos e, apesar de tímido, tomou coragem para enviar uma fita cassete a Elis com algumas de suas composições. Pensou que ela pudesse gostar de uma ou outra música e quisesse gravá-las, como fez com Milton Nascimento, Fernando Brant, Aldir Blanc, João Bosco e Gilberto Gil, autores, respectivamente, de Travessia, Ponta de Areia, O Mestre-Sala dos Mares e Amor Até o Fim, sucessos que ouvia repetidamente em Elis, de 1974, seu disco preferido na época.

Não recorda se mandou alguma carta junto à K-7 que foi pelo correio, nem se, mais tarde, ele mesmo chegou a gravar alguma daquelas composições. Mas guarda a resposta, redigida em um curto telegrama de janeiro de 1980. “Fita com suas composições quase inaudível. Gentileza, enviar outra com melodia mais na frente”. E, embora não tenha provas materiais, lembra que a cantora, depois de ouvir suas músicas, respondeu novamente dizendo que não iria aproveitar nenhuma delas.

Vitor Ramil ficou desapontado, mas comovido com o retorno de Elis.

– Um adolescente do Interior não esperava essa atenção. Mas a Elis tinha essa característica. Ela te tratava como um velho conhecido. Não tinha frescuras – conta Vitor.

Os dois ficaram frente a frente naquele mesmo ano, quando ele acompanhou seus irmãos, Kleiton e Kledir, para a gravação de um disco da dupla no Rio de Janeiro. O encontro ocorreu no extinto estúdio Transamérica. Já era noite quando Elis apareceu ao lado de Cesar. Convidou o jovem Vitor para assistir à gravação de Saudade do Brasil. Ele ficou intimidado, inseguro pela possibilidade de ficar sozinho no Rio, longe dos irmãos. 

– Ela me disse: “Fica aí, te levo em casa depois”. Teria sido maravilhoso ficar com ela, uma experiência realmente inesquecível. Mas eu estava com medo. Fui-me embora.

Foi a única vez que Vitor Ramil ficou diante de Elis Regina. Antes de se separarem, a cantora o puxou para outra sala do estúdio, onde perguntou por amigos que viviam no Rio Grande do Sul. Mostrou-se preocupada. O Brasil vivia a ditadura militar, apesar de certa abertura política. Pediu que o rapaz, ao retornar para a terra natal, mandasse alguns recados. 

– “Se tu encontrar o fulano, diz isso, avisa aquilo.” Foram coisas bem pessoais. Ela era preocupada com os compositores, era engajada. Tinha um senso de coletividade no que diz respeito ao ambiente da música – conta o artista.

Vitor garante que conseguiu passar todas as recomendações e que vai para o túmulo sem revelar os endereçados. Não sabe se Elis chegou a ouvir seu primeiro álbum, Estrela, Estrela, lançado em 1981. Hoje, aos 59 anos, fica na dúvida se, com o reconhecimento que adquiriu ao longo do tempo, e se a vida dela não tivesse encerrado precocemente, teria conseguido emplacar algum sucesso na voz da maior cantora do Brasil.

– Volta e meia componho alguma música e penso: “E se a Elis fosse viva?”. O que eu mostrei para ela foram minhas primeiras músicas, e eram bem ruinzinhas, vamos combinar. Com o tempo, compus coisas mais interessantes".

“Papos interessados de gente pouco interessante”

Para: Pedro Sirotsky | Ano: 1981

Pedro Sirotsky era um menino quando Elis ia até sua casa brincar com as irmãs mais velhas. Ela era adolescente, mas já uma cantora prodígio, desfrutando de seu primeiro contrato profissional, assinado em 1958 com a Rádio Gaúcha a convite de Maurício Sirotsky Sobrinho. 

No programa dominical que Maurício mantinha na emissora, Elis se apresentava com uma uma orquestra. Precisava participar dos ensaios realizados aos sábados. Mas começou a ter um comportamento relapso. Passou a faltar aos encontros e foi demitida. Em 1964, mandou-se para o Rio, onde estourou. Acabou cortando contato com o comunicador gaúcho.

– Nunca se procuraram. Eram dois bicudos – recorda Pedro.

Foi o caçula dos Sirotsky que reatou o laço. Em 1977, quando Elis esteve em Porto Alegre para estrear Transversal do Tempo, Pedro conduzia o Transasom, programa de música da TV Gaúcha, antecessora da RBS TV. Teve a ideia de entrevistá-la, mas não sabia se lembraria dele, nem se recusaria o convite por causa da desavença com seu pai. Elis topou, e Pedro e sua equipe foram até o Plaza Hotel, onde ela estava hospedada.

Ela às vezes falava com alguma agressividade. Por outro lado, quando escrevia, abria o coração, se manifestava de forma afetiva e carinhosa como poucos conseguiam fazer

PEDRO SIROTSKY

Sobre Elis Regina

Findada a entrevista, Pedro disse à cantora que o pai gostaria muito de revê-la. E depois, ao pai, avisou que Elis estava ansiosa por reencontrá-lo. A situação estava arranjada, e no dia seguinte Elis e Maurício retomaram a amizade durante um churrasco na sede do Grupo RBS, na Avenida Ipiranga.

Pedro também se tornou um amigo. Em setembro de 1981, quando Elis voltou para apresentar Trem Azul no Gigantinho, aquele que seria seu último show em Porto Alegre, eles combinaram um jantar. Era para ser um encontro mais íntimo, apenas os dois, além da então noiva de Pedro, Marcia. A mesa, no entanto,  ficou maior do que o esperado, com vários amigos se aproximando, e eles não conseguiram colocar os assuntos em dia. Pedro encontrou uma brecha para avisar Elis de que gostaria de tê-la em seu casamento, marcado para o ano seguinte, cantando Fascinação.

Uma semana depois, já de volta a São Paulo, onde morava, Elis lhe mandou flores. Na carta enviada junto, lamenta a quantidade de pessoas presentes naquela noite. “Foi legal ter te reencontrado. Gosto muito de você e foi bom ter te visto cheio de futuros. Muita gente aderiu. A mesa encompridou e eu acabei falando nada com ninguém”, escreve.

Arquivo pessoal / Arquivo pessoal
Carta de Elis hoje está emoldurada na parede. Enviada quatro meses antes de ela morrer, previa encontros futuros entre os amigos

Também fala sobre “papos interessados de gente nada interessante”, quando queria “papos interessantes de gente nada interessada”. Convida Pedro e Marcia para ficarem em sua casa quando estivessem “de saco cheio”. Diz que sabia que eles não iam deixar de se ver, “sem maiores tumultos”, porque “a vida é longa, o mundo é menos do que se crê, o país é um fazendão”.

– Ela às vezes falava com alguma agressividade. Por outro lado, quando escrevia, abria o coração, se manifestava de forma afetiva e carinhosa como poucos conseguiam fazer – diz Pedro, hoje com 65 anos.

Eles nunca mais se viram. Quatro meses após a carta, Elis morreu. Naquele dia, Pedro e Maurício haviam almoçado juntos. Receberam a notícia quando já estavam separados, cada um em seu escritório – ele na TV, no morro Santa Tereza, e o pai na Ipiranga. Telefonaram-se e choraram.

Em seu casamento, em junho de 1982, Pedro pediu que os músicos Celso Loureiro Chaves e Ayres Potthoff tocassem Fascinação. Hoje emoldurada, a carta de Elis decora uma parede da sala de seu apartamento em Florianópolis.

"O ser humano nasceu pra tribo, pra troca, pra convivência"

Para: Juarez Fonseca | Ano: 1981

Félix Zucco / Agencia RBS
A relação entre a cantora e Juarez Fonseca era profissional, mas também de amizade, como fica claro na carta de novembro de 1981

Ela estava mal humorada, reclamando das perguntas dos repórteres, da cena musical no Brasil. Um dia antes de se apresentar com Trem Azul em Porto Alegre, concedeu uma entrevista coletiva no Hotel Embaixador. Nada parecia bem para Elis. Recém tinha terminado o casamento com Cesar e acumulava problemas com gravadoras.

Entre os presentes estava Juarez Fonseca, então repórter de Zero Hora, hoje colunista em ZH e GZH. Mais do que testemunha de sua carreira, era alguém por quem Elis tinha afeição. A cada vez que trazia um espetáculo ao Sul, ele acompanhava ensaios e shows, escrevendo sobre o humor da cantora nos bastidores e avaliando sua performance no palco. Quando a entrevista terminou, ela o chamou para uma conversa em particular.

No quarto, na presença de seu novo namorado, o advogado Samuel Mac Dowell e diante do gravador ligado, Elis seguiu se queixando: a política, a música… Disse, sem rodeios, o quanto estava "de saco cheio". Contou que chegou a pensar em parar com tudo e abrir um bar, onde cantaria somente para amigos. Também falou da vontade de viajar pelo interior gaúcho. 

Ela era fascinante. Não só eu. Todo mundo era fascinado por ela.

JUAREZ FONSECA

Colunista de GZH

Meses depois, em carta postada no correio no dia 21 de novembro de 1981, Elis mostrou-se mais carinhosa com o repórter. Quando Juarez recebeu a correspondência, na redação na Avenida Ipiranga, ficou surpreso: nutria boa relação com os artistas, muitas vezes de amizade, como no caso de Elis, mas nunca a ponto de se corresponderem.

Ela abre o texto sendo brincalhona. Sugere que Juarez "guarde" a filha para o seu do meio, Pedro Mariano, "rapaz simpático", escreve ela, "louro, gente fina e com bom dote. A mãe garante!". O jornalista diz que não se ofendeu com a insinuação.

– E também nunca apresentei minha filha para ele – brinca Juarez.

Elis está mais expansiva na correspondência, convidando Juarez a se telefonarem mais, a se escreverem com frequência, porque o ser humano, diz ela, "nasceu pra tribo, pra troca, pra convivência, pruns abraços, pruns carinhos". Muda o tom e, de repente, faz uma crítica mordaz: "O resto é mentira inventada pelo capitalista pra forçar isolamento, concentração no trabalho e abstrações do prazer de viver a vida plena e usufruindo de todos os direitos e regalias que se equivalem às obrigações".

Em seguida, e de novo, um aceno mais otimista: "Vamos brincar que somos só nós, míseros e distantes companheiros de trincheira, que vamos romper este viciado e vicioso circuito". Encerra mandando um abraço para o fotógrafo Luiz Armando Vaz, de ZH, que havia acompanhado Juarez até o quarto no Hotel Embaixador. Mostra consciência sobre a questão racial (Vaz é negro) "Pessoa linda esse moço. A quem sugiro um mergulho na trilha que o reponha em contato com o seu sagrado berço e sua colorida, alegre, leve e brilhante cultura. (...) Que essa maioria precisa se re-unir e re-fazer. Então, quem sabe, começaremos a caminhada para organizar nossa raça: mestiça, mameluca, mulata, maravilha". Como é típico de Elis, o recado não se resume a um afago: vira uma observação sobre o ser humano, a vida, o país.

Com a correria de fim de ano na redação, Juarez não conseguiu tirar um tempo para responder. Entrou em férias e, no meio de seu descanso, a cantora morreu.

– Eu ia responder, claro. Mas passou.

No escritório da sua casa, na zona sul da Capital, Juarez, hoje com 75 anos, mantém uma pasta repleta de reportagens que fez sobre Elis. É ali, entre folhas de revistas e jornais, que a carta fica guardada. Também tem fotos de Elis e Cesar no computador. Nas imagens em preto e branco, que ele mesmo tirou, o casal aparece em cima de uma moto, ele pilotando e ela na carona. Estão felizes e sorriem para a câmera de Juarez.

O jornalista diz que, durante todos esses anos, nunca parou para pensar no que poderia ter escrito à cantora. Recorda de um poema redigido à máquina poucos meses após ela falecer. Busca o papel em outro aposento da residência. Nos versos, que garante nunca ter mostrado a ninguém, deixa escapar um encanto por Elis:

"O homem do piano era o seu
Dela eu não era mais
do que um projeto meu
e algumas fotografias que
sobraram."

O homem do piano a quem se refere é o próprio Cesar, pai de dois dos três filhos de Elis e aquele que foi seu parceiro mais longevo. Juarez diz que o fascínio que sentia era apenas um deslumbramento por Elis, conhecida por deixar um rastro de paixões por onde passava.

– Ela era fascinante. Não só eu. Todo mundo era fascinado por ela.

Fonte:  https://gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/musica/noticia/2022/01/cartas-guardadas-por-amigos-revelam-intimidade-de-elis-regina-morta-ha-40-anos-ckycxfno400120188lg2lw92i.html

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