O ator francês Alain Delon, de 77 anos, disse que perdeu "a paixão" pelo
mundo que o rodeia e que passa a maior parte de seu tempo "à toa",
rodeado de seus animais de estimação enquanto tenta desfrutar ao máximo
de seus filhos e seus netos para "não morrer sozinho", em entrevista
publicada nesta quarta-feira (15) pela revista "Paris Match".
"Fui tão feliz como não se pode ser toda a vida. E quero compartilhar o
máximo que puder com meus filhos. Não quero morrer sozinho", disse o
ator de "Rocco e seus irmãos" e "O leopardo", "O sol por testemunha" e
outros filmes.
O célebre galã francês reconhece que é um homem nostálgico que
frequentemente olha para o passado e diz que não teme a morte porque é a
única certeza de uma existência, que agora gira em torno de seus netos e
seus filhos.
"O mundo atual não me agrada demais. Nada me excita realmente e eu era
uma pessoa apaixonada. O que me falta é vontade, paixão. Mas vou
despertar, talvez", declarou.
Uma versão restaurada de "O Sol por Testemunha", dirigido pelo falecido
René Clément e estreada em 1959, será projetada no próximo dia 25 de
maio durante o Festival de Cannes, mostra com a qual Alain Delon mantém
uma relação de amor e ódio.
A exibição do filme será "um flashback doloroso por causa das pessoas
que amava e que já não estão aqui", antecipou Delon, que foi pela
primeira vez a esse festival em 1957, quando ainda era um rosto anônimo e
voltou em várias ocasiões, embora não tenha sido convidado em 1997,
algo que lhe irritou.
"O mundo inteiro estava convidado para o 50º aniversário do festival,
principalmente americanos, obviamente. Todo o mundo, exceto (Jean-Paul)
Belmondo e Delon", lembrou.
Delon também tem boas lembranças das mulheres com quem trabalhou, como
Katharine Hepburn, Ava Gardner, Laurent Bacall e Brigitte Bardot, atriz
com quem mantém uma "amizade muito próxima há 50 anos".
Sempre cercado de beldades, o ator que fez sonhar milhões de mulheres de
todo o mundo também já foi rejeitado. "Claro que já fui rejeitado,
inclusive por desconhecidas. Sofri muito... Mas a maioria aceitou",
comentou a lenda do cinema que se diz aposentado e só deixa a porta
aberta a Luc Besson e Roman Polanski.
"O cinema atual evoluiu em um sentido que não me agrada. Antes, você se
jogava em uma poltrona vermelha para ver Ingrid Bergman beijar Cary
Grant e sonhar. Uma vez roubado o sonho, o cinema não me interessou
mais".
Uma versão restaurada de "O Sol por Testemunha", dirigido pelo falecido
René Clément e estreada em 1959, será projetada no próximo dia 25 de
maio durante o Festival de Cannes, mostra com a qual Alain Delon mantém
uma relação de amor e ódio.
A exibição do filme será "um flashback doloroso por causa das pessoas
que amava e que já não estão aqui", antecipou Delon, que foi pela
primeira vez a esse festival em 1957, quando ainda era um rosto anônimo e
voltou em várias ocasiões, embora não tenha sido convidado em 1997,
algo que lhe irritou.
"O mundo inteiro estava convidado para o 50º aniversário do festival,
principalmente americanos, obviamente. Todo o mundo, exceto (Jean-Paul)
Belmondo e Delon", lembrou.
Delon também tem boas lembranças das mulheres com quem trabalhou, como
Katharine Hepburn, Ava Gardner, Laurent Bacall e Brigitte Bardot, atriz
com quem mantém uma "amizade muito próxima há 50 anos".
Sempre cercado de beldades, o ator que fez sonhar milhões de mulheres de
todo o mundo também já foi rejeitado. "Claro que já fui rejeitado,
inclusive por desconhecidas. Sofri muito... Mas a maioria aceitou",
comentou a lenda do cinema que se diz aposentado e só deixa a porta
aberta a Luc Besson e Roman Polanski.
"O cinema atual evoluiu em um sentido que não me agrada. Antes, você se
jogava em uma poltrona vermelha para ver Ingrid Bergman beijar Cary
Grant e sonhar. Uma vez roubado o sonho, o cinema não me interessou
mais".
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Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/05/
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