Perguntar o que é uma mulher antes envolvia o erotismo da sedução feminina; hoje é uma coisa de gente chata
Máximas são um estilo de escrita em que um argumento é contido numas poucas frases. Modo de expressão típica dos chamados moralistas franceses do século 17, mas não só deles, normalmente ele carrega uma crítica ou uma revelação sobre a vida ou sobre as pessoas. E, se expresso de outro modo, mais longo, perderia grande parte de sua força.
Moralistas franceses do século 17 são filósofos como Blaise Pascal ou "críticos comportamentais", como seria dito hoje, caso de La Rochefoucauld ou La Bruyère, que eram anatomistas da alma humana. Falavam de costumes, humores, "tendências da época", de novo, como seria dito hoje.
Podemos pensar em algumas máximas para uso em nossos tempos atuais.
Parar de usar máscaras no rosto hoje seria reconhecer que a pandemia passou ainda no governo Bolsonaro —esse luxo só deve ser dado ao Lula. Quando ele for presidente de novo, aí, a consciência epidemiológica, finalmente, poderá repousar em paz.
Se você quiser destruir a viagem de alguém a Paris, invente um restaurante que não existe e faça ela ficar procurando no Google como louca por esse lugar, sem saber onde errou nos planos de viagem gastronômica da qual acabou de voltar. Quem será o chef top desse restaurante que só os chiques realmente conhecem?
A mentira hoje é um método.
O feminismo hoje é uma forma de histeria coletiva. Nem Sade foi tão longe no gozo do ódio.
Vocabulário da esquerda Nutella: transfobia, gordofobia, homofobia. Enfim, a política é a neurose da moda.
Maior problema ontológico de nossa era: o que é uma mulher? Antes essa indagação era envolvida no erotismo da sedução feminina. Hoje é pergunta de gente chata.
Existem dois tipos de dinheiro: o meu e o dos outros. Com o dos outros fazem-se projetos sociais para salvar o mundo todos os dias.
Diante do puritanismo que tomou conta dos jovens em nossa época, o mais formal protocolo deve pautar a nossa relação com eles. Nenhum espaço para a informalidade deve existir nas relações.
Não esperem que saia nada de bom das universidades. Elas estão mortas para o gozo do saber. Só há burocratas, Torquemada e marqueteiros.
Todo o lixo que povoa nossa cultura contemporânea faz com que sintamos saudade do tempo em que os Estados Unidos exportavam só Coca-Cola.
Toda a inteligência do mundo hoje em dia está voltada para a geração de demanda e adesão ao consumo de comportamentos, deuses ao portador e, acima de tudo, poses.
A polarização é o ruído natural da estupidez.
A modernidade é, na verdade, um surto psicótico. A condição psicológica da espécie humana sempre foi lábil.
Cursos empresariais contra racismo e assédio só funcionam quando alimentados por rancor, ressentimento e medo.
Frases como "meu corpo, minhas regras" não resistem a uma saia curta e um salto alto.
A ideia de debate hoje é um fetiche cultural, assim como a ideia de consciência crítica.
No fim do dia, o mercado asfixia a inteligência. Esse é o argumento supremo contra o otimismo liberal.
As viúvas da pandemia estão desesperadas. Rezam a cada dia por uma nova variante decentemente mortal.
A política nada mais é que o território da violência.
Quem primeiro despreza a inteligência de uma mulher bonita são as mulheres feias.
O discurso dos homens emancipados é, antes de tudo, uma forma contemporânea do velho medo masculino diante das mulheres.
O destino de um homem depende da sua capacidade de penetrar uma mulher de forma competente.
A virtude de uma mulher depende do número de taças de vinho que ela beber.
Nunca se deve pedir desculpas nas redes sociais.
Se um transexual xingar você, concorde com ele em gênero, número e grau. Do contrário, você perderá emprego, amigos e patrocínio.
Patrocínio hoje é uma forma poderosa de censura.
A dignidade sempre foi uma commodity barata. Quem diz que não tem preço é o mais barato entre todos.
Continua-se comendo todo mundo no ambiente de trabalho. A diferença é que o sexo no meio do expediente virou mercado para os advogados.
Acima de tudo, jamais, nunca, pense fora da caixa no mundo corporativo.
Graça, de um conceito ético e espiritual, passou a significar uma forma de elegância do gesto. É prova evidente da vitória da estética sobre a ética.
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