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Sendo a fé a melhor resposta comunicativa entre Deus e o ser humano, a 7ª edição do Mutirão Brasileiro de Comunicação será um espaço privilegiado de manifestação dos diferentes processos e valores que contribuem para melhorar as relações da pessoa humana com o Criador e as demais criaturas que integram a diversidade da vida no planeta Terra, tema esse relacionado com a Campanha da Fraternidade da CNBB em 2011. Para falar sobre ecologia e comunicação, o Professor de Jornalismo Ambiental da Puc-Rio, André Trigueiro, ressaltou o papel do cristão de preservar a natureza. Trigueiro estará no Painel do terceiro dia do evento. Na ocasião, ele falará sobre “Comunicação como processo de valorização da vida”.
Como que a comunicação pode interferir na vida do Planeta?
André Trigueiro: Se a gente entender que através da comunicação é possível influenciar hábitos, comportamentos, estilos de vida, padrões de consumo, você pode disseminar boas ideias e boas práticas. Nesse sentido, a comunicação tem um poder inspirador, transformador incutindo nas pessoas uma consciência do que seja importante fazer e de que maneira.
O tema do Muticom é “Comunicação e Vida: diversidade e mobilidades” e visa valorizar a vida através da comunicação. É possível fazer uma relação com a preservação do meio ambiente?
André Trigueiro: Sempre é possível. Quando a gente pensa meios de preservar o ambiente, não estamos falando só de fauna, flora, água, mico leão dourado e baleia azul, estamos falando da gente. Porque na verdade a crise ambiental nos ameaça enquanto espécie. A gente não está imune aos efeitos colaterais dessa crise. Então, é perfeitamente possível organizar um evento em que a gente deixe muito claro que o meio ambiente começa no meio da gente. Se não tivermos água limpa, terra fértil e ar puro, não há projeto de civilização possível.
Como a comunicação ajuda nas relações da pessoa humana com o Criador e as demais criaturas que integram a diversidade da vida no Planeta?
André Trigueiro: Temos uma questão teológica. Parece-me que nenhuma religião poderia deixar de se considerar sustentável, porque se todas as tradições religiosas defendem a vida, não pode ser a favor do ecocídio. Estamos falando, portanto da capacidade que a religião tem de resgatar o sagrado. Não há nada mais sagrado do que a vida, a oportunidade de estarmos vivos e sentirmos integrados com o meio que nos cerca. Para as tradições cristãs eu gostaria de lembrar a importância de São Francisco, Padroeiro da Ecologia, que foi exemplo de humildade e subserviência a Deus e que conversava com pássaro, borboleta, e ele resgatava o sagrado presente na natureza. A natureza também é manifestação de Deus.
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