Para Renato Janine Ribeiro, o episódio precisa ser mais bem esclarecido em alguns de seus aspectos
- Editorias:
O assunto da coluna Ética e Política desta semana é a
apreensão dos 39 quilos de cocaína transportados por um militar
brasileiro no voo reserva que acompanhava o presidente Jair Bolsonaro. O
militar foi preso em Sevilha, na Espanha, mas o que se destaca aqui não
é o enfoque policial, mas sim ético da questão. Para o professor Renato
Janine Ribeiro, há alguns aspectos que não estão bem explicados em todo
esse episódio, a começar pelo fato de que transportar 39 quilos de
droga numa bagagem de mão “não é uma coisa simples, normalmente se
aceita nos voos comerciais uma bagagem de mão que não passa dos dez
quilos”. Além disso, 39 quilos não são tão fáceis de ser transportados,
sobretudo numa bagagem única dentro do bagageiro.
Outro aspecto que chama a atenção é a bagagem não ter sido submetida
ao exame de raio X. Ou seja, todas essas são questões sobre as quais
pesa um melhor esclarecimento, na opinião do colunista. O mais grave,
porém, é tudo isso ter acontecido num avião que transportava autoridades
do primeiro escalão do governo. “Se alguém pode entrar com bagagem
desse tipo, não poderia ter entrado com uma bomba, uma arma, colocar em
risco a vida do próprio presidente e do primeiro escalão da República?”
Em nada contribui para amenizar a gravidade da situação o fato de tudo
ter acontecido num voo reserva, que, aliás, deve ter o mesmo nível de
segurança do voo presidencial. Para Janine Ribeiro, tudo isso soa muito
estranho. “Esses descuidos com a segurança são muito estranhos e
precisam ser esclarecidos”, ressalta o colunista.
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Fonte: https://jornal.usp.br/atualidades/colunista-comenta-apreensao-de-droga-em-voo-da-comitiva-presidencial/
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