Por Roberto Liebgott*
Sorrateira, fixa-se em você, não há anúncio de chegada, ou de partida.
Permanece latejante, insistente provoca o corpo e a mente a obedecê-la.
Há paliativos e, mesmo invisível aos olhos, espera-se que desapareça.
Sente-se, por vezes, um alívio, relaxam-se os músculos e respira-se confortavelmente.
Ela não se foi, permaneceu onde não se vê, tornando-a(o) refém da incerteza.
Então procura-se por ela, mas é apenas sintoma de uma causa a ser investigada.
Haverá o diagnóstico, depois dele a possibilidade de cura, não dela, a dor, do que a torna onipresente.
Porto Alegre, 20 de maio de 2023.
*Roberto Antônio Liebgott é Missionário do Conselho Indigenista Missionário/CIMI. Formado em Filosofia e Direito.
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