sábado, 20 de maio de 2023

Dor.

Por Roberto Liebgott*

Foto: Pixabay

Sorrateira, fixa-se em você, não há anúncio de chegada, ou de partida.

Permanece latejante, insistente provoca o corpo e a mente a obedecê-la.

Há paliativos e, mesmo invisível aos olhos, espera-se que desapareça.

Sente-se, por vezes, um alívio, relaxam-se os músculos e respira-se confortavelmente.

Ela não se foi, permaneceu onde não se vê, tornando-a(o) refém da incerteza.

Então procura-se por ela, mas é apenas sintoma de uma causa a ser investigada.

Haverá o diagnóstico, depois dele a possibilidade de cura, não dela, a dor, do que a torna onipresente.

Porto Alegre, 20 de maio de 2023.

*Roberto Antônio Liebgott é Missionário do Conselho Indigenista Missionário/CIMI. Formado em Filosofia e Direito.

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