05 Set 2019 (atualizado 05/Set 19h52)
Depois de
mais de uma década olhando para imagens de cérebros, a neurocientista Patricia
Bado percebeu que, para entender o comportamento humano, precisa ver a pessoa
inteira
Na
adolescência, Patricia Bado ficava intrigada com a dificuldade de controlar seu
próprio apetite. Foi esse interesse que a transformou em neurocientista: ela
chegou à conclusão de que o comportamento alimentar estava no cérebro e de que
o caminho para solucionar problemas de comportamento só podiam estar lá também.
Hoje ela
já não tem mais essa convicção. Depois de passar centenas de horas olhando para
neuroimagens e concluir mestrado, doutorado e pós-doutorado em neurociência,
cogita começar do zero um curso de psicologia, em busca de respostas mais
complexas do que uma máquina de ressonância magnética pode registrar. “Somos
muito mais do que o nosso cérebro”, diz. Sua mudança foi motivada tanto pelas
lacunas que foi percebendo em suas próprias pesquisas quanto pela descoberta
profunda da complexidade humana, que veio com a maternidade.
Patricia
teve o primeiro filho aos 27 anos e se separou sete meses depois. Quando ela me
recebeu na entrada do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (o Idor), que fica
aninhado num pé de morro num canto de Botafogo, no Rio de Janeiro, foi
precedida por uma barriga de cinco meses de gravidez — sua segunda, de outro
relacionamento.
Conversamos
sobre a dificuldade de fazer carreira científica de ponta sendo mãe solo — e
sobre o quanto uma creche pode ser decisiva. Patricia contou também de seus
planos para o futuro, quando ela pretende passar menos tempo lidando com
números, e mais com pessoas, em busca de impactos reais na saúde mental e no
raciocínio crítico dos brasileiros.
Cientistas
do Brasil
Quem:
Patricia Bado, 30 anos
O quê:
neurocientista, pesquisa o comportamento humano
Onde: no
Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, no Rio de Janeiro
Como:
cada vez menos olhando para imagens de cérebros em máquinas de ressonância
magnética. Cada vez mais olhando para comportamentos humanos no mundo real
Esta é a
quinta entrevista da série do Nexo “Cientistas do Brasil que você precisa
conhecer, ontem e hoje”. O projeto tem duas frentes: uma traz 12 vídeos com a
minibiografia de pesquisadores que marcaram a história. A outra traz 12
entrevistas em texto na seção “Profissões” – conversas conduzidas pelo
jornalista Denis Burgierman com cientistas brasileiros em atuação hoje. São
pesquisadores de áreas como ciências da vida, geociências, física, química,
ciência da computação e matemática, que vêm tendo o reconhecimento de seus
pares e trabalham em linhas de atuação promissoras. O projeto tem o apoio do
Instituto Serrapilheira.
As
entrevistas começam sempre com a mesma pergunta:
O que você está tentando
descobrir?
Patricia Bado Quando eu entrei para a
ciência, aos meus 17 anos, a pergunta que eu quis responder é por que algumas
pessoas se excedem na alimentação, enquanto para outras isso nem é uma questão.
Para responder essa pergunta, eu caí na neurociência. Aí, conforme fui
estudando o comportamento alimentar no cérebro, percebi que outros prazeres,
além da comida, são processados pelo mesmo sistema. Minha pergunta foi mudando.
Virou por que algumas pessoas têm apetites mais exacerbados do que outras —
apetites de comida, sexo, interação social. Agora estou mais interessada em
entender a relevância disso tudo para a saúde mental.
E de onde vem esse
interesse?
Patricia Bado O ensino médio é um momento
em que muitas pessoas têm problemas com alimentação e peso. Eu tive, todas as
minhas amigas tiveram. Quando tomei minha decisão de carreira, foi justamente
no momento em que eu estava pensando “caramba, por que comida é um problema
para quase todo mundo?”
E era
quase todo mundo mesmo?
Patricia
Bado Era todo
mundo do meu pequeno círculo, de cinco amigas mais próximas. Hoje estou
estudando os dados de saúde mental nas escolas em Porto Alegre — parte de um
projeto de intervenção em escolas — e é mesmo sério. Até 70% de todos os
transtornos mentais da idade adulta começam antes dos 18 anos. É o momento em
que as coisas se desenvolvem — e é quando você está na escola, um ambiente
hostil, em que você não está preparado, e passa por muitas transformações. Está
claro que quase todo mundo passa por algum tipo de transtorno e não existe um
programa mais amplo que lide com saúde mental nas escolas.
Então foi
a partir de uma preocupação no ensino médio que você virou neurocientista?
Patricia Bado Quando
eu fui fazer faculdade, decidi estudar nutrição. Só que o curso não tinha nada
de comportamento alimentar — era bem voltado para o estudo de dietas, que era o
oposto do que eu queria. Acabei conhecendo a neurociência no primeiro período e
mudei para a Biomedicina, que é um curso da UFRJ voltado para formar
pesquisadores. Mudei porque notei que todos os melhores alunos de laboratório
eram desse curso. Foi um curso bem voltado para a biologia celular e molecular.
Você fica estudando ratinhos, não pessoas.
E qual
era sua pesquisa com ratinhos?
Patricia
Bado Era com
memória. De dia, eu já trabalhava aqui no Idor, então eu ficava até as 3 da
madrugada no Fundão [Ilha do Fundão, onde fica a Cidade Universitária],
administrando glicina, um aminoácido, para os ratinhos, e fazendo testes de
memória em labirintos, para medir se melhorava sua performance. A hora de matar
os animais era horrível. Nunca mais. E eu não sei o quanto realmente a gente
aprende com isso. Tem pouquíssimo dessa ciência animal que se aplica a humanos
— em algumas áreas, menos de 3%. São organismos diferentes. Às vezes acho que
tem uma preguiça de estudar humanos. Por isso vim ao Idor, que tem a
possibilidade de usar ressonância magnética funcional para enxergar o que
acontece no cérebro.
Então
desde a graduação você já tinha contato com o Idor?
Patricia
Bado Sim. Eu
tive sorte. Vim parar aqui por causa de um professor de neurofisiologia do
primeiro período da [faculdade de] Nutrição, que me colocou em contato com a
neurociência. Achei que era na neuroimagem que estava a resposta para minha
pergunta, sobre comportamento alimentar — hoje sei que não é.
Não é?
Patricia
Bado Somos
muito mais do que o nosso cérebro. Fui do ratinho para a imagem do cérebro, mas
agora estou me dando conta… Cadê o sujeito? Naquela época eu comecei a ver na
internet aqueles mapas coloridos do cérebro e pensei: “uau, obesidade está no
cérebro”. E aí, três meses depois de entrar no laboratório desse professor de
neurofisiologia, conheci um colaborador dele, o [neurocientista] Roberto Lent,
autor do livro “100 Bilhões de Neurônios”, e acabei sendo convidada para ir
para um retiro científico que ele organizava na Serra das Araras. Lá eu conheci
meu atual chefe, que tinha acabado de chegar ao Brasil e ia fundar o Idor e
trabalhar com neuroimagem.
Seu atual
chefe é o Jorge Moll? [Médico, cientista especialista em comportamento humano e
herdeiro da Rede D’Or São Luiz, um dos maiores grupos hospitalares do país.]
Patricia Bado Sim. Eu
o conheci em 2007. E disse “cara, eu tenho que trabalhar com você”. Contei a
ele das coisas que estava lendo sobre neuroimagem, sobre a Nora Volkow, a
pesquisadora que comparava obesos com dependentes de drogas e via que o cérebro
era parecido — algo que hoje eu acho um absurdo você falar, mas na época fazia
muito sentido. Ele me chamou para uma entrevista, eu vim e comecei antes da
fundação do instituto.
Então uma
coisa que te ajudou foi ter essa clareza desde muito cedo de qual era o assunto
que te interessava?
Patricia
Bado Sim, mas
isso é também o que me deixa angustiada hoje, porque eu já não sei se é isso.
Eu acreditava que os comportamentos estavam no cérebro e que portanto
compreender o funcionamento cerebral era a chave para compreender o
comportamento humano. Hoje eu acho isso uma afirmação ingênua e meio absurda.
Claro que existem correlatos biológicos do comportamento, mas, quando vejo
pessoas perguntando coisas como “como o nosso cérebro toma decisões?”, ou “qual
a região cerebral responsável pelo amor?”, percebo que o campo da neurociência
tem atrapalhado mais do que ajudado a elucidar comportamentos humanos
complexos. E não é fácil deixar para trás algo que você quis por tanto tempo.
Daqui para frente quero ir mais para a ideia de saúde mental mesmo, sair da
neuroimagem. Estou mais interessada no quanto esse conhecimento pode melhorar o
ambiente, com intervenções, do que em ficar olhando cérebros numa máquina.
Agora estamos trabalhando com o projeto das escolas, com intervenções
longitudinais, acompanhando populações. Ficamos mais perto do sujeito, do
problema, da solução.
E quando
você começou a trabalhar com recompensas?
Patricia
Bado Em 2009,
quando conheci o grupo do Japão, que queria estudar sistema de recompensa e
estava em busca de parcerias no Brasil. Estabelecemos uma colaboração com o
Instituto de Tecnologia de Okinawa (Oist, na sigla em inglês), para estudar o
sistema de recompensa com recuperação monetária — estudos com ganho e perda de
dinheiro. Anos depois, em 2017, acabei indo para o Oist. Okinawa é uma ilha,
não é todo mundo que topa o isolamento, então eles estão sempre recrutando
gente. E um dos grandes atrativos lá para mim é que eles tinham creche. Eu já
tinha um filho de 1 ano e meio, que nasceu quando eu tinha 27. Meu plano sempre
foi fazer um sanduíche [período de pesquisa no exterior no meio de um doutorado
no Brasil], mas, quando você tem um filho, não dá, não tem como. Não tem creche
em lugar nenhum, as que existem em universidades estão superlotadas, sem vagas
nem para os professores. E, no Oist, eles tinham uma creche ótima. Fiz um
artigo sobre isso [Mais mulheres na ciência? Ofereçam creches.] O Pedro tinha 7
meses quando me separei, e, quando é muito novo, não tem jeito… Quer dizer, até
teria jeito, mas socialmente ainda cai muito sobre a mulher. A sociedade está
preparada para ajudar os homens a avançar na carreira, enquanto as mulheres têm
que se sacrificar. Acho que essa rede podia ser melhor distribuída, para todo
mundo poder fazer os dois. Seria bom para todo mundo, inclusive para as
crianças, que teriam pai e mãe perto.
E você
estudou devaneios?
Patricia
Bado Sim. Foi
o tema da minha monografia. Quando você está pensando em nada, você está
pensando em um monte de coisas. Você se projeta para o passado, para o futuro,
ativa memórias, imagina — 50% da atividade mental são devaneios. Identifiquei
que a porção anterior do córtex pré-frontal, a chamada rede neural de modo
padrão, tem um papel importante nessa atividade. São uns neurônios
interessantes, superarborizados, que processam nosso raciocínio, nossa
capacidade de pensar a longo prazo — foi o que estudei no meu mestrado.
Como você
estudou esse tema?
Patricia
Bado A gente
fazia uma entrevista antes, para saber quem são as pessoas importantes na vida
do sujeito e os eventos significativos envolvendo essa pessoa. Aí, quando a
pessoa estava lá deitada dentro daquele tubo da ressonância magnética, ela via
uma palavra que remetesse a esses eventos — podia ser “cachorro”, “filho
machucado” — e ela tinha liberdade para pensar os cenários, em detalhes, por
dois minutos, enquanto observávamos. O interessante apareceu quando dissemos
“não faça nada agora”. Repouso. E acabamos conseguindo observar a diferença
entre pensar em algo e estar simplesmente viajando. O que eu percebi é que, no
devaneio, tem um componente motivacional interessante. Você vai pensar em
coisas que importam para você. E a rede neural de modo padrão estava muito
ativa na hora do devaneio, o que tem muito a ver com motivação. Na época, foi
uma novidade, a gente publicou bem, na [revista científica americana] Human
Brain Mapping, em 2014. Foi um paper legal de escrever, mas foi um outro
devaneio [risos] do meu interesse, que era alimentação.
Aí, no
doutorado, você resolveu finalmente focar nele?
Patricia
Bado No
doutorado, a ideia era fazer um projeto com motivações apetitivas: comida,
sexo, interação social. Mas quisemos ir além das emoções básicas, buscando no
cérebro as complexas: benevolência, tradicionalismo, segurança, poder,
realização. Foi super elaborado, passamos um ano inteiro construindo os
estímulos que ativam esses apetites — deu mais de 800 imagens, tantas que
exigiria que os sujeitos voltassem várias vezes, porque ninguém aguenta ficar
horas lá dentro recebendo estímulos. Só que, quando fomos pilotar, percebemos
que não dá para dividir um estudo de motivação em vários dias. Se fosse uma
pesquisa com córtex visual, daria, porque de um dia para o outro você segue
enxergando da mesma maneira. Mas motivações mudam. Aí ficou impossível juntar
os dados: era como se fossem sujeitos diferentes a cada dia. Constatei isso no
meu próprio cérebro, até escrevi um texto sobre isso [em inglês, Reasons not to
Have Sex Before fMRI Experiments. Patricia conta que, antes da primeira seção
de ressonância magnética, ela havia passado o dia brincando com o filho. Na
noite entre o primeiro e o segundo dia, ela teve atividade sexual com o novo
namorado, hoje marido. No dia 1, ela reagiu mais a imagens de crianças e
famílias. No dia 2, foram os estímulos eróticos, os que mais ativaram seu
cérebro. Em termos de motivação, Patricia havia se tornado uma pessoa
completamente diferente de um dia para o outro]. Deu errado.
E aí você
fez o que?
Patricia
Bado Mudei.
Foi nessa época que fui pro Oist, no Japão, onde eles fazem observações
psicológicas de crianças americanas e japonesas, com testes de recompensa e
punição, e observação de comportamento, não neuroimagem. E acabei fazendo o
doutorado com esses dados de psicologia comportamental. Isso é legal na
ciência, muita coisa vem por acidente, porque você vai ganhando afinidade com
algumas áreas. Nunca planejei trabalhar com isso, acabei esbarrando na área,
que acabou sendo muito mais relevante para minha pergunta do que só ficar
olhando cérebro. A área de psicologia infantil é muito interessante, e ficou
mais ainda para mim depois que meu filho nasceu.
E aí,
enquanto você está produzindo ciência, está aprendendo a ser mãe?
Patricia
Bado Isso é
curioso. Gosto de pensar que faço coisas para a sociedade, e faço, meu maior
interesse agora é esse projeto com escolas. Mas acho que as motivações para
meus interesses são todas muito egoístas: são coisas pelas quais estou
passando. E acho que os problemas com os quais nos deparamos são muitas vezes
os mais interessantes, são coisas que estão na sociedade. Esse projeto com
saúde mental de Porto Alegre veio depois que o filho nasceu, e eu comecei a me
preocupar com isso — percebi que saúde mental é o que você quer para uma
criança, o que vai fazer com que ela esteja preparada para lidar com o que
acontecer na vida.
E
problemas de saúde mental na infância estão se tornando mais prevalentes?
Patricia
Bado Tem uns
índices que mostram aumento de transtornos mentais na infância e na
adolescência nos últimos dez anos. Parece que a saúde mental está piorando. Tem
a ver com as mudanças na dinâmica do mundo, e talvez nossa biologia não se
adapte tão rápido. Fui para Porto Alegre atraída por esse tema. Tem um grupo lá
que tem uma série de dados muito interessante — eles estudam as mesmas 2.400
crianças, metade de Porto Alegre metade de São Paulo, há nove anos. Por isso,
durante o doutorado, já agilizei para fazer o pós-doc com esse grupo e comecei
a olhar para esses dados, para procurar relações entre tempo de tela e saúde mental.
Só que os dados não foram suficientes para concluir alguma causalidade.
E aí você
acabou indo trabalhar com escolas lá. Conta que projeto é esse?
Patricia
Bado É um
projeto da Secretaria de Educação em parceria com a Secretaria de Saúde na
cidade, para mapear saúde mental e aprendizado nas escolas do município. Eu era
pós-doc, sempre me interessei por educação, entrei de gaiata. O objetivo é
entregar uma devolutiva para as escolas, identificando os problemas e sugerindo
mudanças que possam contribuir para a melhoria da saúde mental. E o que eu
quero fazer — vou fazer — é aproveitar a entrada nas escolas para fazer um
projeto de educação científica cidadã. Os próprios alunos vão botar a mão nos
dados sobre o ambiente escolar — não com as informações de saúde mental, porque
isso é mais delicado. Não só para desenvolver habilidades estatísticas, o que
já é interessante, mas também para eles assumirem uma responsabilidade sobre o
que acontece na escola. Queremos eles envolvidos na busca de potenciais soluções
de problemas. Fico pensando que, se lá na época em que eu estava angustiada com
alimentação, alguém tivesse vindo e me convidado para buscar soluções, isso
teria sido transformador.
Como sua
formação está presente no trabalho que faz hoje?
Patricia
Bado O que
está presente em tudo que eu faço é o raciocínio científico — aprendi a
questionar tudo, inclusive o meu próprio dado.
Essa é a
sua ferramenta então, não a máquina de ressonância magnética?
Patricia
Bado Essa é a
ferramenta: raciocínio lógico. Por isso estou tão pilhada com o projeto das
escolas. Quero ajudar a desenvolver essa ferramenta que elas vão usar durante a
vida toda.
O que
mudou entre a sua expectativa quando você escolheu essa carreira e a realidade?
Patricia
Bado A minha
formação foi para a pesquisa, para os dados, e eu sinto falta hoje de ser um
pouco mais apta para atuar com o ser humano. Tanto que tenho pensado em agora,
depois de ter doutorado, pós-doutorado, começar um curso de psicologia. Quero
aprender a lidar de maneira mais próxima com as pessoas.
Que
conselho você daria para quem quer seguir seu caminho?
Patricia
Bado A vida
dá voltas. Muitos caminhos vão se abrir que você não tem ideia de que existem.
Tenha um objetivo, mas esteja ciente de que coisas novas e interessantes podem
surgir fora dele. Fazer ciência é estar aberto para novas perguntas.
E, vindo
de alguém que estudou muito motivação. O que motiva você?
Patricia
Bado Eu diria
que, atualmente, é sentir que eu estou fazendo alguma diferença. É por isso que
quero trabalhar nessa interface entre pensamento científico e educação. Como é
que eu uso as coisas que eu sei, que eu aprendi, para transformar a sociedade?
Como é que eu ajudo as pessoas a ter pensamento crítico com dados? Isso que
está acontecendo é muito grave — essa alienação completa da realidade, esses
achismos dominando o debate público. Independentemente de convicção política,
como é que a gente cria uma sociedade de pessoas capazes de olhar para
evidências de maneira racional?
---------------
FONTE: https://www.nexojornal.com.br/profissoes/2019/09/05/%E2%80%98A-neuroci%C3%AAncia-tem-atrapalhado-mais-do-que-ajudado-a-elucidar-comportamentos-humanos%E2%80%99?utm_campaign=anexo&utm_source=anexo
---------------
FONTE: https://www.nexojornal.com.br/profissoes/2019/09/05/%E2%80%98A-neuroci%C3%AAncia-tem-atrapalhado-mais-do-que-ajudado-a-elucidar-comportamentos-humanos%E2%80%99?utm_campaign=anexo&utm_source=anexo
Nenhum comentário:
Postar um comentário