Certo dia, em
uma cobertura difícil sobre a tragédia da boate Kiss, em Santa Maria,
ele me viu, caminhou resoluto em minha direção e tascou um desses. E
foram bem mais do que cinco minutos.
Antes
que alguém saia gritando “assédio!”, já vou logo dizendo: nada disso.
Carpinejar abraça todo mundo mesmo. Cachorro, gato, homem, mulher,
crianças, senhoras recatadas, velhotes ranzinzas e até policiais militares - que, em maio, retribuíram o gesto e ainda receberam rosas do escritor. Um gentleman.
Carpi
tem a teoria de que abraçar salva. “Faz bem à alma”, diz ele. Não pude
deixar de pensar nessa máxima quando conversamos sobre seu novo livro -
que já está entre os mais vendidos do Brasil, antes mesmo de chegar às
livrarias (sim, o homem é um fenômeno!) e agora tem data de lançamento
marcada (veja abaixo).
"Manual do Luto" é isso: um abraço longo e apertado.
-
Só quem já perdeu alguém sabe o que é isso. Existem muitas mentiras
sobre o luto. As pessoas acham que em um mês você tem de estar bem, que
vai passar. Existe até um preconceito, um cansaço contra quem não aceita
isso, mas cada um tem o seu tempo - reflete Carpinejar, que já escreveu
sobre o tema em Depois é Nunca, com 60 mil exemplares vendidos.
Na escrita do poeta, os braços ganham a forma de palavras de afeto. Talvez, por isso, ele faça tanto sucesso.
Anota
aí: o lançamento nacional de "Manual do Luto" (Bertrand Brasil, 144
páginas) será em 10 de outubro, às 19h30min, com debate, sessão de
autógrafos e de abraços (claro!), no Instituto Ling, em Porto Alegre. O
livro já está à venda na internet e chega às livrarias a partir desta
segunda-feira (2).
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