sábado, 27 de outubro de 2012

“Cavalo de Troia não é imaginação”, afirma espanhol J. J. Benítez

Escritor espanhol conversa com gaúchos na noite deste sábado<br /><b>Crédito: </b> Editora Planeta / Divulgação / CP

Escritor espanhol é uma das atrações internacionais da Feira do Livro de Porto Alegre


O jornalista e escritor espanhol J.J. Benítez será a grande atração internacional da 58ª Feira do Livro de Porto Alegre neste sábado. O autor da série “Cavalo de Troia”, que já vendeu mais de 6 milhões de exemplares, falará sobre sua vida e obra ao público gaúcho, às 19h, na Sala dos Jacarandás, no Memorial do RS. A conversa terá mediação da professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Regina Kohlrausch e do jornalista do Correio do Povo, Luiz Gonzaga Lopes. Em seguida, às 20h, Benítez estará na Praça de Autógrafos para as dedicatórias sobre o derradeiro livro da série “Cavalo de Troia 9 – Cana” (Editora Planeta).

A saga cujo primeiro volume “Cavalo de Troia 1 – Jerusalém” foi lançada em 1984 na Espanha e em 1987 no Brasil. A narrativa mostra como era a vida de Jesus, acompanhada loco por um major norte-americano que teria viajado no tempo até os primeiros anos de nossa era. Nascido em Pamplona em 7 de setembro de 1946, Benítez se especializou no fenômeno OVNI (Objeto Voador Não Identificado), começando com o estudo de casos na Real Força Aérea Espanhola, em 1972. Em 1975, afirmou ter participado de um encontro marcado com alienígenas no deserto de Chilca, no Peru. Além da série Troia, outros livros do autor publicados no Brasil pela Planeta são “O Enviado”, “Existiu Outra Humanidade” e “A Virgem de Guadalupe”.

Em entrevista ao Correio do Povo, Benítez fala sobre o último livro da série, sobre os detratores da sua obra, a respeito do Brasil e outros temas.

Correio do Povo - Com a conclusão da série Cavalo de Troia no livro 9 -Caná, qual o sentimento de 27 anos da vida dedicada a un projeto?
J.J. Benítez - Operação Cavalo de Tróia terminou, mas não a informação sobre a vida de Jesus. Em abril de 2013 aparecerá El Dia del Relámpago (continuação de Cavalo 9) e teremos outros três volumes. Tem sido, em efeito, um grande esforço. Sobretudo na hora de comprovar a informação técnica e científica.

CP - Alguns descrevem a história dos diários do major americano como ficção, mas uma leitura mais precisa dos livros, mostram uma riqueza de dados e uma evidência documental que parecem irrefutáveis. Os mais de 24 milhões de leitores podem ser uma prova de que há muito de verdade nestes livros?
J. J. Benítez - Cavalo de Tróia não é imaginação, apesar de algumas pessoas o considerarem assim. A informação científica demonstrará algum dia que tudo é certo. Demos tempo ao tempo.

CP – Qual são as novas revelações do último livro da série?
J. J. Benítez - O mais destacado de Cavalo 9, desde o meu ponto de vista, é a nova visão do prodígio de Caná (mais espetacular do que contaram os evangelistas), a designação dos 12 discípulos (diferente de como contam os evangelhos) e sobretudo a crise entre a família de Jesus e o Mestre. Ninguém menciona esta crise. Não interessava a nascente igreja.

CP – Quem são os inimigos dos Cavalos de Troia e por quê?
J. J. Benítez - Os inimigos dos "Cavalos" são sempre os mesmos: os ultraconservadores das igrejas. Em parte por que não desejam que se alterem seus dogmas, mas Jesus jamais fundou alguma igreja, nem tampouco estabeleceu dogmas. Maria e os discípulos não entenderam os objetivos de Jesus. Ele não era um libertador político ou religioso. Ele era um Homem-Deus que veio trazer a esperança.

CP – Como jornalista, estou tentado a lhe perguntar qual o segredo para um trabalho investigativo de tanto fôlego: disciplina, dedicação, missão?
J. J. Benítez - Se trata de um trabalho que exige muita constância e dedicação. Não tenho sábados nem domingos. Trabalho inclusive quando durmo.

CP – Por último, gostaria que falasse do Brasil? Você pretende fazer alguma investigação para um novo livro por aqui?
J. J. Benítez - O Brasil é um país tão fora do comum que gostaria de passar despercebido. Preferiria visitá-lo e desfrutá-lo.
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Fonte: Luiz Gonzaga Lopes / Correio do Povo 27/10/2012
Crédito: Editora Planeta / Divulgação / CP

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