sábado, 20 de outubro de 2012

O nascimento do neoliberalismo

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Livro oferece uma história completa sobre o nascimento do neoliberalismo
 (Reprodução/Internet)

Como três economistas vienenses mudaram o mundo

Como três economistas vienenses convenceram a filha de um comerciante, uma ex-estrela do cinema e o maior avicultor da Europa a desmontar 40 anos de expansão estatal? Como um grupo de homens tidos como excêntricos e chamados de neoliberais mudaram a política mundial de uma vez por todas? Daniel Stedman Jones escreve a abordagem mais recente e sua resposta é melhor do que a maior parte delas.
O neoliberalismo se originou na Áustria. À medida que os governos  da Grã-Bretanha e nos EUA engordavam na década de 40, três homens iniciaram uma batalha solitária contra a nova política do coletivo. Karl Popper, filósofo e ex-comunista, criticava pensadores de Platão a Marx que valorizavam o coletivo em detrimento do individual. Ludwig von Mises, um economista que costumava ser de esquerda, afirmou que nenhuma burocracia tinha os meios para se autolimitar. Friedrich Hayek afirmou que o planejamento central era impossível, porque ninguém, independente de sua inteligência, sabia o que as pessoas queriam.
 Stedman Jones espreme as informações das batalhas profissionais.  Hayek e Mises queriam que sua mensagem fosse radical. Popper procurou atrair a maior quantidade possível de pessoas, até mesmo liberais e socialistas. Longe da linha dura, Popper percebeu posteriormente falhas na ideologia do mercado, comparando-a a uma religião. Hayek, movido por uma ideia de utopia, foi mais longe. Ele fundou a Sociedade Mont Pelerin para desenvolver suas ideias e assim foi fundado o neoliberalismo. Uma dificuldade do assunto é que a palavra costuma ser usada equivocadamente hoje em dia. Os esquerdistas usam o termo “neoliberal” para simplesmente descrever aqueles de quem não gostam. Stedman Jones acredita que a palavra não deve ser descartada; os lutadores originais contra o controle estatal adotavam esse nome de bom grado.
Milton Friedman, economista de Chicago que liderou a segunda onda de críticos do estado, escolheu a palavra “neoliberal” em um ensaio de 1951 intitulado “Neoliberalismo e seus Prospectos”. Ele defendia um “ponto intermediário” entre o inimigo do coletivismo e os excessos do liberalismo do século XIX. Friedman considerava que os liberaisvitorianos ignoraram o fato de que o laissez-faire poderia criar indivíduos excessivamente poderosos. A meta não deveria ser o laissez-faire, mas a competição de mercado, que, segundo ele, protegeria os homens uns dos outros.
Como essas ideias se tornaram comuns? Stedman Jones, um advogado londrino, apresenta a questão como uma partida de rugby. Os centros de estudo tocam para os jornalistas, que por sua vez tocam para os políticos, que com a ajuda dos centros de estudo disparam e marcam o ponto.
O novo livro de Jones, “Masters of the Universe”, não conta com muitas descrições de personagem e teoria econômica, ainda que seja uma obra forte. Stedman Jones oferece uma história do neoliberalismo nova e completa.
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http://opiniaoenoticia.com.br/internacional/o-nascimento-do-neoliberalismo/

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