Protesto contra medidas de austeridade na Espanha (Fonte: Reprodução/Efe)
Crise econômica e medidas de austeridade vêm elevando significativamente os níveis de desemprego entre os jovens
Jovens na faixa dos 20 aos 30 anos, cuja formação é muito superior à dos
pais, e que levam na bagagem viagens e diferentes idiomas, além de uma
convivência habitual com as novas tecnologias, enfrentam em alguns
países desenvolvidos uma situação antes inimaginável.
Sem oportunidades para entrar no mercado de trabalho, esses jovens, que
cresceram em períodos de relativa bonança, vêm formando o que a imprensa
e economistas chamam de “geração perdida” ou “geração desperdiçada”.
Enquanto alguns tentam estágios não-remunerados (tão concorridos quanto
os pagos), outros omitem qualificações em seus currículos em busca de
“subempregos”. Há também aqueles que optam por se mudar para outro país
em busca de trabalho.
A crise econômica e as medidas de austeridade vêm elevando
significativamente os níveis de desemprego entre os jovens, que são mais
afetados do que a população em geral. Aqueles que procuram o primeiro
emprego sofrem ainda mais. As empresas tendem a interromper as
contratações em tempos de desaquecimento.
Seis idomas, duas graduações, dois mestrados, nenhum emprego
A situação é mais complicada em países gravemente afetados pela crise
econômica, como Espanha e Grécia, onde o desemprego entre jovens com
até 24 anos chega a quase 50%.
Em entrevista à BBC Brasil, uma jovem espanhola conta que fala seis
idiomas (espanhol, catalão, inglês, alemão, italiano e árabe), tem duas
graduações (Direito e Ciências Políticas e Relações Internacionais),
dois mestrados em Oxford (Antropologia Social e Estudos sobre Refugiados
e Migração Forçada), além de alguns anos de experiência profissional.
De volta à Espanha após passar algum tempo estudando na Inglaterra, a
jovem está há 13 meses procurando um emprego em seu país.
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http://opiniaoenoticia.com.br/economia/a-geracao-perdida-dos-paises-ricos/
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