sábado, 13 de outubro de 2012

A hora e a vez da imaginação

O FUTURO DA INOVAÇÃO

Rani sustenta que autoconhecimento é fator favorável à inovação

Especialista alerta para o perigo de não estimular novas ideias no ambiente tecnológico contemporâneo

Como você completaria as seguintes frases? “Ciranda, cirandinha, vamos todos...”? “Antes tarde do que...”? Os exemplos, sem requinte algum, ilustram o principal ponto da palestra de Rajesh Rani no seminário O Futuro da Inovação, realizado no início da semana em Porto Alegre – fuja das obviedades. Gerente de inovação na Companhia de Talentos, consultoria de recursos humanos de São Paulo, Rani, 29 anos, esteve na PUCRS a convite da Aiesec, entidade presente em 113 países que estimula o desenvolvimento de jovens líderes.

– É péssimo ligar o automático. Não estimular as ideias é um perigo bastante grande. Claro que alguns modelos mentais são necessários. O que aconteceria se eu, agora, decidisse revolucionar o processo de respiração e abandonasse a sequência de inspirar e expirar? – completa o palestrante, nascido na Colômbia e educado no Brasil, formado em Economia e Ciências Políticas pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.

Rani pontuou sua apresentação com episódios vividos por ele mesmo e outras duas colegas de trabalho. Contava uma breve história e apresentava três alternativas de desfecho, solicitando que a plateia indicasse qual delas era a mais plausível. Para surpresa dos presentes, Rani relatou ter recusado a oferta de uma bolsa de estudos no valor de US$ 200 mil para aproveitar a oportunidade de passar uma temporada na África, entre a Libéria e a Tanzânia, trabalhando em um projeto de microcrédito. A decisão enfrentou resistência na família, principalmente por parte do pai, que não tinha referência alguma sobre o país que seria a primeira escala do filho.

– Quando você coloca a Libéria no Google, aparecem as piores coisas. Até canibalismo – conta.

Rani falou ainda em estratégias para provocar ideias no dia a dia, mentes inovadoras no ambiente empresarial e a incorporação da inovação ao modo de vida.

– Não tem receita de bola de cristal, fórmula mágica ou check-list para trabalhar com inovação. O que ajuda muito é o processo de autoconhecimento. As pessoas são muito diferentes.
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FONTE: ZH on line, 13/10/2012

PENSAMENTOS INOVADORES
Permita-se experimentar comportamentos diferentes
Silencie e desfaça ideias prestabelecidas
Não construa apenas um plano imediato. Defina o seu propósito com uma perspectiva mais ampla
Pergunte-se: que profissional você quer ser?
Observe, sinta e faça perguntas
Fuja do óbvio
Identifique os seus sonhos
Enfrente os seus medos
Ouse (mas não confunda ousadia com rebeldia)
Inquiete-se
Expanda seus horizontes
Siga o seu coração

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