sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Círculo social limitado torna os problemas maiores do que realmente são

 

Segundo um estudo de Rutgers-Newark (Universidade Estadual de New Jersey, EUA), pessoas com menos recursos sociais, como amigos e familiares, literalmente veem eventos desafiadores de uma forma mais exagerada do que pessoas que se sentem emocionalmente apoiadas.

O principal autor do estudo, Kent Harber, testou uma hipótese chamada de Modelo de Recursos e Percepção (MRP), que diz que recursos psicossociais podem impedir que as pessoas amplifiquem ameaças, levando a uma percepção mais precisa das situações.

“Aqueles com menos amigos, com baixa autoestima e com menos oportunidade de expressar suas emoções tendem a ampliar visualmente ameaças”, disse Harber. “Suas percepções são exageradas, e as coisas perturbadoras parecem mais próximas, maiores, ou mais intensas do que realmente são”, explica.

Provando a teoria

Uma série de experimentos publicados no periódico Journal of Experimental Social Psychology por Harber e seus colegas da Universidade da Virgínia (EUA) parecerem apoiar a teoria MRP.

Em um deles, pessoas que estavam passando perto de uma colina sozinhas ou com um amigo foram chamadas pelos pesquisadores e tiveram que estimar o ângulo da colina íngreme.

“Aqueles com amigos viram o morro como menos íngreme, e quanto mais tempo eles conheciam o amigo ou mais próximos se sentiam em relação ao amigo, menos íngreme a colina pareceu para eles”, disse Harber.

Outro experimento, publicado na revista Emotion também por Harber, testou se o recurso da autoestima afetava a percepção de distância de uma ameaça (uma tarântula viva). Os participantes do estudo foram convidados a recordar uma das seguintes coisas: um sucesso pessoal, uma tarefa neutra ou um fracasso pessoal.

Em seguida, eles tiveram que puxar um carrinho de plástico transparente em direção a seu rosto e estimar o quão longe o carro estava deles. Para algumas pessoas, o carrinho continha um brinquedo inofensivo, para outras continha uma tarântula viva.

“Como esperado, recordar um sentimento bom, neutro ou ruim sobre si mesmo não teve efeito sobre a distância estimada do brinquedo, mas afetou a distância estimada da tarântula”, contou Harber. “Aqueles que se sentiram mal sobre si mesmos viram a tarântula como mais próxima do que realmente estava, e os que se sentiram bem sobre si mesmos foram muito precisos”.

A conclusão é algo que nós já imaginávamos no nosso limitado senso comum: que passar a vida ao lado de quem amamos faz dela menos ameaçadora.[MedicalXpress]
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Fonte:  http://hypescience.com/20/09/2012

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