Uma exposição no Centro Cultural Correios, no Rio, em novembro,
reunirá as cartas que Mário de Andrade trocou, entre 1920 e 1945, com
artistas como Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Portinari e Di
Cavalcanti. Para ilustrar as ideias e comentários do poeta acerca da
arte produzida por seus colegas no período, a mostra terá também obras
desses pintores e de Lasar Segall, Ismael Nery e Brecheret. "As cartas
traçam um perfil completo da implantação, expansão e do fim do
modernismo brasileiro", analisa Denise Mattar, curadora da iniciativa.
Desabafo
Nas cartas com Carlos Drummond de Andrade, também presentes na
exposição, o escritor mineiro desabafou:
"Acho o Brasil infecto". E
completou: "Detesto o Brasil como a um ambiente nocivo à expansão do meu
espírito. Sou hereditariamente europeu, ou antes: francês".
Mário de
Andrade respondeu:
"De que maneira podemos concorrer pra grandeza da
humanidade? O dia em que formos inteiramente brasileiros a humanidade
estará rica de mais uma raça, duma nova combinação de qualidades
humanas".
Nenhum comentário:
Postar um comentário