Jan Raze, presidente do SocialBakers
Qual
é o ranking dos países que mais usam o Facebook? Como é o perfil de
usuário em cada um deles? Referência em estatísticas sobre redes
sociais, o site SocialBakers é o destino de quem procura respostas
atualizadas para estas e outras perguntas. Jan Razeb é o presidente da
empresa, que desde 2009 fornece dados demográficos sobre esse universo
de serviços da internet, que inclui Twitter, YouTube, Google+ e
LinkedIn. Para marcas que precisam monitorar o próprio desempenho e o da
concorrência, o SocialBakers oferece produtos corporativos de análise
competitiva. De Praga, Razeb hoje viaja o mundo como palestrante em
eventos da área. Em entrevista concedida por telefone a Zero Hora,
projeta que a adoção acelerada de smartphones deve impulsionar o número
de usuários do Facebook, que já se aproxima de um bilhão de pessoas.
Zero Hora– Desde junho, o Facebook informa que tem 955 milhões de usuários ativos. Quando este número chegará a um bilhão?
Jan Razeb – Nossa aposta é que acontecerá entre outubro e novembro, no máximo em janeiro do ano que vem. Com certeza, será nos próximos meses. O tráfego em dispositivos móveis está crescendo muito. Com o início das vendas do novo iPhone, serão mais entre 5 milhões e 10 milhões de aparelhos até o final de 2012. Com isso, os proprietários de versões anteriores repassam seus smartphones para novos donos. Acho que isso vai significar um grande impulso ao crescimento no número de usuários ativos no Facebook.
ZH – Qual é o maior desafio para o crescimento do Facebook atualmente?
Razeb – Ampliar a base de usuários em smartphones é um desafio, mas acredito que eles vão vencê-lo rapidamente. Envolver as empresas locais também é importante: fazer com que as marcas de cada região usem o Facebook de maneira interessante. Nós acompanhamos o desempenho das marcas no Brasil, e algumas estão se saindo muito bem. Bis e O Boticário são bons exemplos.
ZH – Em quais regiões o Facebook tem tido mais dificuldades para crescer?
Razeb – Na Rússia há um concorrente local muito forte. Mas nós sabemos o que pode acontecer com concorrentes fortes, como o Orkut, certo?
ZH – Sobre o perfil dos usuários brasileiros, o que vocês observam, agora que o Brasil é o segundo país em número de usuários da rede social?
Razeb – Vejo que vocês são alguns dos usuários mais ativos. É um mercado que está crescendo de maneira maluca. Observando os dados, vemos que cerca de metade dos brasileiros acessam o Facebook de celulares. Vocês amam música, amam filmes. O perfil é um pouco mais jovem do que em outros mercados, mas está se tornando mais maduro.
ZH – Há outro serviço surgindo agora em algum lugar que possa representar uma ameaça ao Facebook?
Razeb – Todos construímos nossas conexões dentro do Facebook. Não vai ser fácil simplesmente trocar para outro serviço. Por enquanto, não há perspectiva de surgir outra coisa. Mas, quem sabe, no futuro.
ZH – Pela sua observação, o que o Facebook deve fazer para manter a liderança?
Razeb – A equipe do Facebook tem de continuar a desenvolver ótimas ferramentas e a manter o foco nos usuários. Apostar em dispositivos móveis é fundamental para isso. Passamos muito tempo com nossos celulares. Não seria exagero dizer que pelo menos metade dos últimos 30 pedidos de amizade, de pessoas novas que conheci, enviei pelo celular. Acho que isso vai ser cada vez mais frequente.
-----------------
barbara.nickel@zerohora.com.br
Reportagem por BARBARA NICKELZero Hora– Desde junho, o Facebook informa que tem 955 milhões de usuários ativos. Quando este número chegará a um bilhão?
Jan Razeb – Nossa aposta é que acontecerá entre outubro e novembro, no máximo em janeiro do ano que vem. Com certeza, será nos próximos meses. O tráfego em dispositivos móveis está crescendo muito. Com o início das vendas do novo iPhone, serão mais entre 5 milhões e 10 milhões de aparelhos até o final de 2012. Com isso, os proprietários de versões anteriores repassam seus smartphones para novos donos. Acho que isso vai significar um grande impulso ao crescimento no número de usuários ativos no Facebook.
ZH – Qual é o maior desafio para o crescimento do Facebook atualmente?
Razeb – Ampliar a base de usuários em smartphones é um desafio, mas acredito que eles vão vencê-lo rapidamente. Envolver as empresas locais também é importante: fazer com que as marcas de cada região usem o Facebook de maneira interessante. Nós acompanhamos o desempenho das marcas no Brasil, e algumas estão se saindo muito bem. Bis e O Boticário são bons exemplos.
ZH – Em quais regiões o Facebook tem tido mais dificuldades para crescer?
Razeb – Na Rússia há um concorrente local muito forte. Mas nós sabemos o que pode acontecer com concorrentes fortes, como o Orkut, certo?
ZH – Sobre o perfil dos usuários brasileiros, o que vocês observam, agora que o Brasil é o segundo país em número de usuários da rede social?
Razeb – Vejo que vocês são alguns dos usuários mais ativos. É um mercado que está crescendo de maneira maluca. Observando os dados, vemos que cerca de metade dos brasileiros acessam o Facebook de celulares. Vocês amam música, amam filmes. O perfil é um pouco mais jovem do que em outros mercados, mas está se tornando mais maduro.
ZH – Há outro serviço surgindo agora em algum lugar que possa representar uma ameaça ao Facebook?
Razeb – Todos construímos nossas conexões dentro do Facebook. Não vai ser fácil simplesmente trocar para outro serviço. Por enquanto, não há perspectiva de surgir outra coisa. Mas, quem sabe, no futuro.
ZH – Pela sua observação, o que o Facebook deve fazer para manter a liderança?
Razeb – A equipe do Facebook tem de continuar a desenvolver ótimas ferramentas e a manter o foco nos usuários. Apostar em dispositivos móveis é fundamental para isso. Passamos muito tempo com nossos celulares. Não seria exagero dizer que pelo menos metade dos últimos 30 pedidos de amizade, de pessoas novas que conheci, enviei pelo celular. Acho que isso vai ser cada vez mais frequente.
-----------------
barbara.nickel@zerohora.com.br
Fonte: ZH on line, 26/09/2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário