Cora Coralina*
poema da noite
Ajuntei todas as pedras
que vieram sobre mim.
Levantei uma escada muito alta
e no alto subi.
Teci um tapete floreado
e no sonho me perdi.
Uma estrada,
um leito,
uma casa,
um companheiro.
Tudo de pedra.
Entre pedras
cresceu a minha poesia.
Minha vida...
Quebrando pedras
e plantando flores.
Entre pedras que me esmagavam
Levantei a pedra rude
dos meus versos.
que vieram sobre mim.
Levantei uma escada muito alta
e no alto subi.
Teci um tapete floreado
e no sonho me perdi.
Uma estrada,
um leito,
uma casa,
um companheiro.
Tudo de pedra.
Entre pedras
cresceu a minha poesia.
Minha vida...
Quebrando pedras
e plantando flores.
Entre pedras que me esmagavam
Levantei a pedra rude
dos meus versos.
* Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas ou Cora Coralina,
(Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, 10 de abril de 1985)
foi poeta e contista brasileira. Mulher simples, doceira de profissão,
viveu longe dos grandes centros urbanos, produziu uma obra poética rica
em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e
ruas históricas de Goiás. Começou a escrever poemas aos 14 anos, porém,
Publicou seu primeiro livro em 1965, aos 76anos. Encantou o poeta
Carlos Drummond de Andrade. Leia mais sobre Cora Coralina.
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