Alessandro Martins*
Comum
é que acreditemos ter a coragem para realizar atitudes erradas, mesmo
aquelas que pessoalmente julgamos erradas e que, na solidão do
travesseiro reconsideramos erradas. E que, ao acordar, pesamos acima da
xícara de café, e elas pesam erradas. E, por incapacidade de evitar a
sua realização, dizemos que tivemos a coragem de realizá-las. E, ao nos
percebermos cada vez mais atolados nas consequências dessas atitudes
erradas, continuamos realizando-as e nos aprofundando em seu fazer. Por
outro lado, quando nos é dada a chance de tomar a atitude correta,
fugimos dessa possibilidade como se fosse a coisa natural a fazer. É o
que se espera da mediocridade. O comum e o esperado de um homem ou uma
mulher é a covardia, atualmente, talvez até antes de atualmente e depois
de atualmente. E, em contraposição, qualquer coisa diferente da
mediocridade, qualquer coisa acima dela, é coragem. Não inteligência,
não força, não amor pela humanidade. E sim coragem.
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* Eu, Alessandro Martins, autor, sou jornalista por formação e editor
de mídias sociais por preferência e edito também os seguintes blogs:
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