segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Sobre coragem e covardia

Alessandro Martins*

Comum é que acreditemos ter a coragem para realizar atitudes erradas, mesmo aquelas que pessoalmente julgamos erradas e que, na solidão do travesseiro reconsideramos erradas. E que, ao acordar, pesamos acima da xícara de café, e elas pesam erradas. E, por incapacidade de evitar a sua realização, dizemos que tivemos a coragem de realizá-las. E, ao nos percebermos cada vez mais atolados nas consequências dessas atitudes erradas, continuamos realizando-as e nos aprofundando em seu fazer. Por outro lado, quando nos é dada a chance de tomar a atitude correta, fugimos dessa possibilidade como se fosse a coisa natural a fazer. É o que se espera da mediocridade. O comum e o esperado de um homem ou uma mulher é a covardia, atualmente, talvez até antes de atualmente e depois de atualmente. E, em contraposição, qualquer coisa diferente da mediocridade, qualquer coisa acima dela, é coragem. Não inteligência, não força, não amor pela humanidade. E sim coragem.
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 * Eu, Alessandro Martins, autor, sou jornalista por formação e editor de mídias sociais por preferência e edito também os seguintes blogs:

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