Veículos compartilhados são carregados
De carros elétricos compartilhados a vagões de trem
externos para bicicletas, iniciativas buscam soluções para mobilidade
nas grandes cidades
A mobilidade tem se mostrado um
desafio aos centros urbanos. Das metrópoles a cidades menores, a
locomoção é um tema que carece de inovações. Ainda que São Paulo tenha
adotado ideias que visam aliviar o tráfego ou mesmo conectar diferentes
modalidades de transporte, os seus quase 11 milhões de habitantes urgem
soluções que viabilizem o funcionamento mínimo da cidade. O mesmo se
passa nas outras grandes metrópoles do País, que muitas vezes terão de
se inspirar em outras cidades ao redor do mundo.
Conheça, a seguir, cinco ideias que inspiraram ou podem contribuir para a mobilidade das cidades brasileiras:
Carsharing de veículos elétricos
Apesar de existirem de forma tímida em cidades brasileiras como São
Paulo e Recife, os sistemas de compartilhamento de veículos começaram na
França e nos Estados Unidos. A ideia do compartilhamento de carros visa
diminuir tanto o tráfego quanto as emissões de gases poluentes. Assim,
nos últimos anos, companhias de carsharing têm incluído mais veículos
elétricos (EVs, em inglês). Há, no entanto, problemas recorrentes que a
iniciativa pode encontrar, como a falta de estações de recarga e a falta
de um sistema para conectar o veículo a outros meios de mobilidade. Tal
dinâmica começou a ser testada em Munique, em 2014, com um
carro-conceito, que permite a comunicação veículo-infraestrutura,
compartilhamento de dados e recarga de bateria por rede sem fio.
Trem com vagão externo para bicicletas
Em Stuttgart, na Alemanha, os trens de uma linha férrea possuem um vagão externo exclusivo para que ciclistas estacionem suas bikes
e viagem dentro da cidade. Esses vagões da parte de fora funcionam como
paraciclos, sendo que os ciclistas viajam sem a bicicleta, pegando-a no
momento do desembarque. Diferentemente de outras iniciativas, como na
rede de transporte público de Berlim onde se paga uma taxa extra para se
levar a bicicleta, no caso dos vagões externos não há taxa adicional
pelo serviço.
Troca de garrafas PET por passagens de metrô
Em Pequim, os moradores da capital chinesa podem pagar suas passagens
de metrô com garrafas PET. O sistema funciona com máquinas em que o
usuário deposita até 15 garrafas de plástico e pode se locomover por
todas as oito linhas de metrô, ao longo de suas mais de 100 estações.
Depois de coletadas, as garrafas recicláveis seguem para uma central
onde são processadas para que o plástico assuma outros fins de uso. Em
2013, uma ação teste realizada no metrô do Rio de Janeiro durante o
Carnaval permitiu o passe livre para quem apresentassem uma lata de
cerveja vazia nas catracas. A ideia era incentivar os foliões a não
dirigir depois de beber.
Rodovia para ciclistas
Uma rodovia exclusiva para ciclistas
com 60 km de extensão ligando as cidades de Dortmund a Duisburg, na
Alemanha. É o que promete o projeto intitulado Radler B-1. A ideia
surgiu depois da experiência positiva com a autoestrada A-40, que ficou
três anos sendo fechada aos finais de semana para virar um espaço de
recreação e passeio. Com o aumento considerável no fluxo, resolveu-se
criar a rodovia destinada para os ciclistas, que, além das faixas
asfaltadas, terá iluminação púbica e barreira de proteção. Além disso,
não possuirá cruzamentos, de modo a aumentar a segurança dos ciclistas. A
previsão é que a Radler B-1 comece a funcionar em 2021. Aqui, uma
rodovia desse tipo contribuiria para o deslocamento de pessoas que moram
e trabalham em cidades diferentes, porém próximas ou mesmo dentro de
uma mesma megalópole.
Carona solidária
Apesar de existirem de forma crescente, porém ainda inicial em
cidades do Brasil como São Paulo, ferramentas de economia colaborativa e
carona solidária ganharam força no México e vêm causando polêmica. Além
de aplicativos à la Uber, voltados para deslocamentos dentro de uma
mesma cidade, outros focam em viagens mais longas, como o Tripda. Nele,
os usuários podem publicar anúncios de suas próximas viagens e oferecer
lugares em seus veículos, segundo o preço que estabelecerem. O foco são
jovens entre 18 e 30 anos. As ferramentas de iniciativa têm sido alvo de
intensos protestos, especialmente de cooperativas e empresas de táxi.
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Revista Carta Capital - por Redação
—
publicado
18/01/2016
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/especiais/infraestrutura/conheca-cinco-inovacoes-que-podem-ajudar-as-cidades-brasileiras
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