CARLOS ALBERTO VARGAS ROSSI*
Vivemos em uma terra esquisita.
O que falta em muitos lugares é abundante aqui: alimentos, solo fértil, clima favorável.
Principal recurso de um país, as pessoas são simpáticas e hospitaleiras. Com origens diferentes, formam um povo racial e culturalmente diversificado e interessante.
São homens e mulheres trabalhadores mas que também gostam de festejar e compartilhar, que amam o lugar onde vivem e raramente o trocam por outro. Seriam uma síntese muito próxima dos ideais de felicidade e bem-estar em qualquer país.
Há democracia, mas são eleitos líderes que afundam cidades, Estados e o país. A cidadania social é mais uma aspiração do que uma realidade.
É uma terra do nunca: nunca confirma seu potencial, nunca cresce de forma sustentável, nunca se torna séria e respeitada, nunca se resolve como sociedade.
Em um país onde 75% da população tem uma renda familiar de até R$ 2,4 mil por mês, metade da população até 25 anos não tem o Ensino Fundamental completo e mais da metade de toda a população não tem acesso à internet, a escolha de líderes em todos os níveis públicos e privados precisa se qualificar, sob pena de sermos para sempre uma república das bananas.
No entanto, aqui alguns espertos (muito poucos) se entrincheiram na administração pública e ali se apropriam dos recursos públicos em conspiração com outros espertos agentes privados (muito poucos também). Estes colocam aqueles no poder e juntos se servem do dinheiro que deveria servir ao país.
Uma gigantesca maioria é passada para trás por uma ínfima minoria. Até quando?
Sociedades desenvolvidas precisam de lideranças e de organização. Governos, parlamentos, judiciários e empresas precisam de líderes com estatura moral e ética para servir de exemplo aos seus integrantes e orientar os seus caminhos.
E todas essas instituições precisam de organização, começando pela governança e terminando pela gestão profissionalizada e comprometida. Nos melhores países do mundo, os nórdicos acima de todos, a vida é assim.
Sem líderes íntegros e organizações competentes, esta continuará sendo indefinidamente uma terra do nunca.
--------------------
* Professor titular da Escola de Administração da UFRGS
Fonte: http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a4950506.xml&template=3898.dwt&edition=28201§ion=1012
O que falta em muitos lugares é abundante aqui: alimentos, solo fértil, clima favorável.
Principal recurso de um país, as pessoas são simpáticas e hospitaleiras. Com origens diferentes, formam um povo racial e culturalmente diversificado e interessante.
São homens e mulheres trabalhadores mas que também gostam de festejar e compartilhar, que amam o lugar onde vivem e raramente o trocam por outro. Seriam uma síntese muito próxima dos ideais de felicidade e bem-estar em qualquer país.
Há democracia, mas são eleitos líderes que afundam cidades, Estados e o país. A cidadania social é mais uma aspiração do que uma realidade.
É uma terra do nunca: nunca confirma seu potencial, nunca cresce de forma sustentável, nunca se torna séria e respeitada, nunca se resolve como sociedade.
Em um país onde 75% da população tem uma renda familiar de até R$ 2,4 mil por mês, metade da população até 25 anos não tem o Ensino Fundamental completo e mais da metade de toda a população não tem acesso à internet, a escolha de líderes em todos os níveis públicos e privados precisa se qualificar, sob pena de sermos para sempre uma república das bananas.
No entanto, aqui alguns espertos (muito poucos) se entrincheiram na administração pública e ali se apropriam dos recursos públicos em conspiração com outros espertos agentes privados (muito poucos também). Estes colocam aqueles no poder e juntos se servem do dinheiro que deveria servir ao país.
Uma gigantesca maioria é passada para trás por uma ínfima minoria. Até quando?
Sociedades desenvolvidas precisam de lideranças e de organização. Governos, parlamentos, judiciários e empresas precisam de líderes com estatura moral e ética para servir de exemplo aos seus integrantes e orientar os seus caminhos.
E todas essas instituições precisam de organização, começando pela governança e terminando pela gestão profissionalizada e comprometida. Nos melhores países do mundo, os nórdicos acima de todos, a vida é assim.
Sem líderes íntegros e organizações competentes, esta continuará sendo indefinidamente uma terra do nunca.
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* Professor titular da Escola de Administração da UFRGS
Fonte: http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a4950506.xml&template=3898.dwt&edition=28201§ion=1012
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