LEONARDO MÜLLER*
Sabe
aquele morador de rua que todo dia você encontra na esquina de casa ou
no caminho do trabalho? O motivo de ele não ter uma casa normal, com
paredes, teto, portas... pode te surpreender.
Nos últimos meses, entrevistei pessoas que moram embaixo de viadutos, nas calçadas, à beira do Arroio Dilúvio e outras improvisações de moradia. E claro que a pergunta que mais fiz foi: como você veio parar aqui?
Os cinco principais motivos relatados:
Briga familiar.
Perda do emprego.
Oportunidade que não surgiu.
Traição no casamento,
Guerra do tráfico de drogas.
Depois de ouvir várias histórias, só podia me perguntar. Se um problema desses acontece comigo, como iria reagir? Quais seriam as consequências? Entendi nessa reportagem que a família, o círculo de amigos e o dinheiro que você tem contam muito. Talvez uma pessoa equilibrada até possa aproveitar um desses acontecimentos negativos para se tornar uma pessoa melhor.
Mas, quando um desses cinco motivos chega na vida de uma pessoa que ainda não conseguiu se estruturar emocionalmente e financeiramente e tem facilidade para experimentar algum tipo de droga que o leva para “outra realidade”, a rua se torna um destino/esconderijo bem mais próximo. Foi o que também entendi.
Porto Alegre, segundo dados da prefeitura de 2011 (o mais atualizado), tem 1,3 mil pessoas dormindo nas ruas. A Fundação de Assistência Social e Cidadania promete divulgar até março de 2016 um novo levantamento. Ou seja, há cinco anos não se sabe exatamente quantas pessoas estão desassistidas. Se a prefeitura fosse uma pessoa, ela seria aquele pedestre que passa mais vezes olhando para o celular do que à sua volta enquanto caminha.
Hoje, talvez pela insegurança que predo- mina no Rio Grande do Sul, muita gente leva ao pé da letra o cuidado de não conversar com estranhos, mesmo esse estranho morando há meses e até anos na mesma rua que a gente. Somos todos #MoradorDaRua, e não “De Rua”. Alguns de nossos vizinhos, chamados popularmente de mendigos, precisam de ajuda para sair de um problema que fez ou fará parte da vida de muita gente.
---------------------
*Repórter da RBSTV leonardo.muller@rbstv.com.br
Imagem da Internet
Fonte: http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a4953235.xml&template=3898.dwt&edition=28222§ion=70
Nos últimos meses, entrevistei pessoas que moram embaixo de viadutos, nas calçadas, à beira do Arroio Dilúvio e outras improvisações de moradia. E claro que a pergunta que mais fiz foi: como você veio parar aqui?
Os cinco principais motivos relatados:
Briga familiar.
Perda do emprego.
Oportunidade que não surgiu.
Traição no casamento,
Guerra do tráfico de drogas.
Depois de ouvir várias histórias, só podia me perguntar. Se um problema desses acontece comigo, como iria reagir? Quais seriam as consequências? Entendi nessa reportagem que a família, o círculo de amigos e o dinheiro que você tem contam muito. Talvez uma pessoa equilibrada até possa aproveitar um desses acontecimentos negativos para se tornar uma pessoa melhor.
Mas, quando um desses cinco motivos chega na vida de uma pessoa que ainda não conseguiu se estruturar emocionalmente e financeiramente e tem facilidade para experimentar algum tipo de droga que o leva para “outra realidade”, a rua se torna um destino/esconderijo bem mais próximo. Foi o que também entendi.
Porto Alegre, segundo dados da prefeitura de 2011 (o mais atualizado), tem 1,3 mil pessoas dormindo nas ruas. A Fundação de Assistência Social e Cidadania promete divulgar até março de 2016 um novo levantamento. Ou seja, há cinco anos não se sabe exatamente quantas pessoas estão desassistidas. Se a prefeitura fosse uma pessoa, ela seria aquele pedestre que passa mais vezes olhando para o celular do que à sua volta enquanto caminha.
Hoje, talvez pela insegurança que predo- mina no Rio Grande do Sul, muita gente leva ao pé da letra o cuidado de não conversar com estranhos, mesmo esse estranho morando há meses e até anos na mesma rua que a gente. Somos todos #MoradorDaRua, e não “De Rua”. Alguns de nossos vizinhos, chamados popularmente de mendigos, precisam de ajuda para sair de um problema que fez ou fará parte da vida de muita gente.
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*Repórter da RBSTV leonardo.muller@rbstv.com.br
Imagem da Internet
Fonte: http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a4953235.xml&template=3898.dwt&edition=28222§ion=70
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