O caminho para a vida adulta tem sido cada vez mais longo e difícil (Foto: Pixabay)
A geração Y, ou geração do milênio, é jovem e talentosa, mas é preciso que reivindique seu lugar na sociedade
Cerca de um quarto da população mundial, ou aproximadamente 1,8
bilhão, já tem 15 anos, mas ainda não completou 30 anos. Em muitos
aspectos, são jovens que vivem nas condições mais favoráveis jamais
existentes. São mais ricos e mais bem-educados do que qualquer geração
anterior. Então, por que não estão contentes?
Existem diversos motivos para que esses jovens se sintam
insatisfeitos. Pela primeira vez nahistória os jovens têm um conjunto de
padrões de comportamento, crenças, conhecimentos, costumes etc. em
comum e, portanto, compartilham as mesmas queixas. No mundo inteiro, os
jovens reclamam que é muito difícil encontrar um emprego e um lugar para
morar, e que o caminho para a vida adulta tem sido cada vez mais longo e
difícil.
Muitos de seus problemas podem ser atribuídos às políticas que
privilegiam as gerações mais velhas como, por exemplo, o trabalho
formal. Em muitos países, as leis trabalhistas exigem que as empresas
ofereçam inúmeros benefícios aos funcionários e dificultam a demissão
deles. Essas leis não só protegem os funcionários que, em geral, são
mais velhos, como também restringem a oferta de novos empregos.
A questão da moradia também não favorece os jovens. Os proprietários
de imóveis impõem suas exigências quanto à construção de novos prédios e
casas. Com frequência dizem não, porque não querem que estraguem a
vista de suas casas ou depreciem seus preços. O excesso de
regulamentação duplicou o custo de uma casa comum na Grã-Bretanha. Seus
efeitos são ainda piores em muitas das grandes cidades onde os jovens
querem morar.
Mas esses jovens poderiam ter uma atitude mais firme e participativa
se querem ter voz ativa nas sociedades em que vivem. Nos Estados Unidos
pouco mais de um quinto de jovens de 18 a 34 anos votou na última
eleição geral; por outro lado, três quintos de pessoas com mais de 65
anos votaram. Esse padrão de comportamento se repete na Indonésia e é um
pouco melhor no Japão. Não é suficiente que os jovens assinem petições
online. Se quiserem fazer reivindicações aos governos, é preciso que
votem e exerçam seus direitos e deveres de cidadãos.
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Fonte: http://opiniaoenoticia.com.br/vida/geracao-y-jovens-talentosos-e-limitados/ 29/01/2016
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