Sílvio Guedes Crespo
Enquanto na Europa a atividade econômica permanece estagnada e o
Estado de bem-estar social é desmontado, nos países da Ásia onde a
produção ainda cresce com força as políticas sociais também se expandem
rapidamente, conforme mostra a revista The Economist na sua mais recente edição.
A Indonésia lançou à sua maneira um programa de universalização da
saúde. A partir de 2014, promete o governo, o Estado pagará os gastos
hospitalares de quem não tem dinheiro para tanto. Nada mal para um país
onde atualmente, segundo o jornal local Kompas, diz-se nas ruas que “se
você é pobre, não pode ficar doente”. A pasta do governo que lançou o
plano, por sinal, chama-se Ministério do Bem-estar Popular.
Ainda que isso seja pouco em comparação com o que os cidadãos
europeus e até latino-americanos já têm, as políticas sociais da Ásia
chamam atenção pelo seu tamanho. Somente essas três medidas citadas
acima atingem quase meio bilhão de pessoas. Na Indonésia, 240 milhões
passarão a ter acesso à saúde pública. Na China, 240 milhões de
trabalhadores ganharão cobertura previdenciária.
Nas Filipinas, o seguro de saúde estatal PhilHealth atendia 62% da
população em 2010; hoje, chega a 83%. Um programa similar na China
abrangia apenas 3% da população elegível; agora, atinge 97,5%, segundo
dados oficiais citados pela Economist. A Índia também aumentou o alcance
do seu programa de saúde pública, que passa a chegar a 110 milhões de
pessoas.
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Fonte: http://blogs.estadao.com.br/radar-economico/2012/09/06/the-economist-asia-comeca-a-construir-seu-estado-de-bem-estar-social/

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