A
morte do escritor americano Gore Vidal, aos 86 anos, rendeu tributos ao
redor do mundo. Celebridades e leitores compartilhavam suas tiradas
favoritas do escritor, o "Oscar Wilde do século XX". Vidal, cujas
observações sobre política, sexo e a cultura americana fizeram dele um
dos maiores autores americanos de sua geração, morreu em Los Angeles
anteontem, de pneumonia. Sidney Blumenthal, ex-assessor de Bill Clinton,
afirmou à radio BBC que Vidal possuía "senso da alta política e
compreensão de Washington que eram únicos".
O diretor de teatro e ópera britânico Jonathan Miller definiu Vidal como "um patrício americano da velha escola". "Esse estilo era fácil de perceber, pela maneira como ele falava e pela forma como se afastava de algumas idiotices dos EUA nos últimos 20 ou 30 anos."
Vidal nasceu em West Point, no Estado de Nova York. Começou a escrever aos 19 anos, quando era soldado e estava de serviço no Alasca. A experiência da 2ª Guerra Mundial foi a matéria-prima para sua primeira obra, "Williwaw", de 1946. Em 1948, "A Cidade e o Pilar" retratava abertamente pela primeira vez um protagonista homossexual e o alçou à fama. Uma série de romances históricos - "Lincoln" e "A Era Dourada" entre eles - compõem o legado de uma carreira de seis décadas.
O autodenominado "cavalheiro piranha" era célebre por seus comentários cáusticos. Considerava Ernest Hemingway uma piada e comparou Truman Capote a um "animal sujo que descobriu como se enfiar na casa". Seus maiores inimigos foram Norman Mailer e o conservador William F. Buckley Jr. Vidal comparou Mailer ao assassino Charles Manson e Mailer aplicou uma cabeçada no rival. "Ele tinha pavor da ideia de vida após a morte, porque teria de ver Norman Mailer de novo", disse o comediante Frank Conniff, no Twitter, onde os tributos a Vidal apareciam sobretudo sob a forma de citações.
"Estilo é saber quem se é, o que se quer dizer e não se importar", citou a roqueira Courtney Love. O cineasta Michael Morre escolheu: "Metade dos americanos jamais leu jornal. Metade nunca votou para presidente. Tomara que seja a mesma metade". O também britânico escritor Owen Jones escolheu uma passagem sobre amizade e morte. "Sempre que um amigo tem sucesso, algo morre em mim.
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Por Agências internacionais
Fonte: http://www.valor.com.br/cultura/2773232/homenagens-gore-vidal-oscar-wilde-do-seculo-xx
Foto da Internet
O diretor de teatro e ópera britânico Jonathan Miller definiu Vidal como "um patrício americano da velha escola". "Esse estilo era fácil de perceber, pela maneira como ele falava e pela forma como se afastava de algumas idiotices dos EUA nos últimos 20 ou 30 anos."
Vidal nasceu em West Point, no Estado de Nova York. Começou a escrever aos 19 anos, quando era soldado e estava de serviço no Alasca. A experiência da 2ª Guerra Mundial foi a matéria-prima para sua primeira obra, "Williwaw", de 1946. Em 1948, "A Cidade e o Pilar" retratava abertamente pela primeira vez um protagonista homossexual e o alçou à fama. Uma série de romances históricos - "Lincoln" e "A Era Dourada" entre eles - compõem o legado de uma carreira de seis décadas.
"Metade dos americanos jamais leu jornal. Metade nunca votou para
presidente. Tomara que seja a mesma metade".
(Cineasta Michael Morre)
O autodenominado "cavalheiro piranha" era célebre por seus comentários cáusticos. Considerava Ernest Hemingway uma piada e comparou Truman Capote a um "animal sujo que descobriu como se enfiar na casa". Seus maiores inimigos foram Norman Mailer e o conservador William F. Buckley Jr. Vidal comparou Mailer ao assassino Charles Manson e Mailer aplicou uma cabeçada no rival. "Ele tinha pavor da ideia de vida após a morte, porque teria de ver Norman Mailer de novo", disse o comediante Frank Conniff, no Twitter, onde os tributos a Vidal apareciam sobretudo sob a forma de citações.
"Estilo é saber quem se é, o que se quer dizer e não se importar", citou a roqueira Courtney Love. O cineasta Michael Morre escolheu: "Metade dos americanos jamais leu jornal. Metade nunca votou para presidente. Tomara que seja a mesma metade". O também britânico escritor Owen Jones escolheu uma passagem sobre amizade e morte. "Sempre que um amigo tem sucesso, algo morre em mim.
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Por Agências internacionais
Fonte: http://www.valor.com.br/cultura/2773232/homenagens-gore-vidal-oscar-wilde-do-seculo-xx
Foto da Internet
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