Livros
Dois livros afirmam que o futuro é melhor
do que esperamos
O mundo tem estado tão atolado de más notícias recentemente que é
quase impossível acreditar em pequenos milagres, mas dois livros
oportunos nos fazem lembrar que cientistas continuam a tornar o mundo
um lugar melhor, ainda que políticos se esforcem para fazer o oposto.
Peter Diamandis e Steven Kotler defendem uma visão mais otimista em Abundance: The Future is Better Than You Think.
Eric Topol apresenta uma análise mais criteriosa sobre como a a
medicina está prestes a ser reinventada pela tecnologia digital em The Creative Destruction of Medicine: How the Digital Revolution Will Create Better Health Care .
Ambos os livros parecem ter sido criados para aqueles que sofrem com a
angústia do apocalipse. Eles também nos lembram que a tecnologia
continua a progredir apesar da crise econômica.
Diamandis e Koetler afirmam que o mundo está à beira de uma série de
mudanças que produzirão abundância. A revolução tecnológica foi mais
longe no mundo das máquinas inteligentes. O smartphone contém uma série
de ferramentas – de gravadores de voz a câmeras de vídeo e aparelhos
de GPS – que teriam custado dezenas de milhares de dólares há uma
década. Esta revolução está acontecendo simultaneamente em muitas
áreas. Montadoras estão pesquisando carros que dispensam motoristas.
Empresas de robótica estão trabalhando em robôs amigáveis. Fabricantes
estão experimentando com impressoras 3D que podem produzir uma
infinidade de coisas, como instrumentos musicais e pedaços de artérias.
Empresas de todos os tipos estão criando uma “internet de coisas” que
poderão nos avisar quando nossas máquinas estiverem correndo perigo de
quebrar, quando estivermos prestes a adoecer ou quando houver um
vazamento em alguma tubulação dentro de casa.Os autores argumentam que quatro grandes forças estão acelerando essas inovações. A primeira é a ascensão de filantropos que acreditam que a tecnologia pode livrar o mundo de males ancestrais. A segunda é a descoberta da “fortuna na base da pirâmide” (como a denomina C.K. Prahalad, um guru da administração). As empresas se deram conta de que as pessoas pobres, coletivamente, constituem um grande mercado. O segredo é tornar as coisas mais baratas.
A terceira é a proliferação de inovadores que fazem as coisas por si mesmos. Estas pessoas ajudaram a desenvolver soluções para carros e aviões e agora estão trabalhando em todas as fronteiras tecnológicas. A quarta é o uso inteligente de recompensas. Uma combinação de dinheiro e glória estimula pessoas inteligentes a competirem e consegue focar uma grande quantidade de raciocínio em algum problema específico.
Esse tipo de otimismo, típico durante campanhas políticas, implica alguns perigos óbvios. Talvez o poder da tecnologia possa ser usado tanto para o mal quanto para o bem. Contudo, os autores estão certamente corretos sobre uma coisa. O conhecimento é cumulativo, e esta é uma boa razão para supor que as coisas vão melhorar.
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http://opiniaoenoticia.com.br/cultura/livros/agora-algumas-boas-noticias/
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