Para deixar a saúde em dia, invista em atividades prazerosas, como ir a shows ou passear ao ar livre
Viver
em estado de bem-estar é uma das maiores aspirações de qualquer
sociedade. A cultura e o lazer – tema deste caderno que inaugura uma
série de oito especiais, a serem publicados em Zero Hora até o final do
ano –, estão especialmente relacionadas com essa sensação de prazer. E
os benefícios vão além do prazer no momento presente: no pacote de
benefícios, está o reflexo na saúde, tanto física quanto mental, além do
menor risco de doenças cardiovasculares e degenerativas.
As prováveis explicações para os benefícios da cultura e lazer sobre nossa saúde incluem desde dimensões psicossociais até mesmo biológicas. As atividades de lazer podem aumentar nossa rede de relacionamentos e nossas conexões sociais. Esse é um fator que está associado a uma menor concentração de hormônios do estresse. Já foi demonstrado que, com isso há redução dos riscos de doença isquêmica do coração (os animais de estimação também exercem esse efeito).
Além disso, quando nos distraímos com atividades como ir ao cinema ou passear ao ar livre, aumentam os níveis do hormônio ocitocina e do neurotransmissor serotonina, ambos associados ao bem estar psíquico. Também há a estimulação de nossos centros cerebrais de recompensa associados ao prazer. Essas são as mesmas regiões do cérebro estimuladas quando nos deliciamos com um saboroso alimento, quando experimentamos a paixão, quando compramos algo novo e muito desejado, quando temos atitudes altruístas ou quando solucionamos um problema. A ativação desses centros leva à liberação de uma série de neurotransmissores como dopamina, serotonina e endorfina, potentes substâncias diretamente associadas ao bem-estar.
Com a cultura e o lazer, temos uma das maiores oportunidades para fugirmos da rotina e da repetição. Assim nosso cérebro, vivenciamos o novo e o inesperado, que são fatores críticos para a estimulação de nossos centros de recompensa, com boas repercussões sobre a saúde psíquica e o estado imunológico.
Segundo o neurologista Ricardo Teixeira, do Instituto do Cérebro de Brasília, diferentes modalidades de lazer são ferramentas preciosas para o tratamento de pessoas doentes: música, literatura, teatro e pintura. A música, por exemplo, aumenta a velocidade de recuperação de pacientes na fase aguda de um derrame cerebral, reduz a agitação de adultos em unidades de terapia intensiva e melhora o comportamento de crianças internadas com transtornos psiquiátricos.
– Um meio rico em estímulos promove ainda uma maior saúde de regiões cerebrais tais como o hipocampo, que está relacionado a uma maior atividade cognitiva e menor risco de depressão. Há uma forte linha de pesquisa mostrando-nos que os idosos que mantêm ativas suas atividades de lazer têm menos risco de desenvolver a Doença de Alzheimer, por exemplo – afirma Teixeira.
O psiquiatra Jair Segal, coordenador do Comitê de Psiquiatria da Unimed, afirma que quem não investe em atividades que deem prazer – seja ler, ver TV, ir a um bar com os amigos ou mesmo não fazer nada – pode, a longo prazo, ter sérios prejuízos, que interferem tanto no corpo quanto na mente.
– É fundamental ter alguma atividade fora do trabalho, que dê algum sentido a mais e gere prazer. Ninguém aguenta muito tempo sem relaxar – afirma Segal.
As prováveis explicações para os benefícios da cultura e lazer sobre nossa saúde incluem desde dimensões psicossociais até mesmo biológicas. As atividades de lazer podem aumentar nossa rede de relacionamentos e nossas conexões sociais. Esse é um fator que está associado a uma menor concentração de hormônios do estresse. Já foi demonstrado que, com isso há redução dos riscos de doença isquêmica do coração (os animais de estimação também exercem esse efeito).
Além disso, quando nos distraímos com atividades como ir ao cinema ou passear ao ar livre, aumentam os níveis do hormônio ocitocina e do neurotransmissor serotonina, ambos associados ao bem estar psíquico. Também há a estimulação de nossos centros cerebrais de recompensa associados ao prazer. Essas são as mesmas regiões do cérebro estimuladas quando nos deliciamos com um saboroso alimento, quando experimentamos a paixão, quando compramos algo novo e muito desejado, quando temos atitudes altruístas ou quando solucionamos um problema. A ativação desses centros leva à liberação de uma série de neurotransmissores como dopamina, serotonina e endorfina, potentes substâncias diretamente associadas ao bem-estar.
Com a cultura e o lazer, temos uma das maiores oportunidades para fugirmos da rotina e da repetição. Assim nosso cérebro, vivenciamos o novo e o inesperado, que são fatores críticos para a estimulação de nossos centros de recompensa, com boas repercussões sobre a saúde psíquica e o estado imunológico.
Segundo o neurologista Ricardo Teixeira, do Instituto do Cérebro de Brasília, diferentes modalidades de lazer são ferramentas preciosas para o tratamento de pessoas doentes: música, literatura, teatro e pintura. A música, por exemplo, aumenta a velocidade de recuperação de pacientes na fase aguda de um derrame cerebral, reduz a agitação de adultos em unidades de terapia intensiva e melhora o comportamento de crianças internadas com transtornos psiquiátricos.
– Um meio rico em estímulos promove ainda uma maior saúde de regiões cerebrais tais como o hipocampo, que está relacionado a uma maior atividade cognitiva e menor risco de depressão. Há uma forte linha de pesquisa mostrando-nos que os idosos que mantêm ativas suas atividades de lazer têm menos risco de desenvolver a Doença de Alzheimer, por exemplo – afirma Teixeira.
O psiquiatra Jair Segal, coordenador do Comitê de Psiquiatria da Unimed, afirma que quem não investe em atividades que deem prazer – seja ler, ver TV, ir a um bar com os amigos ou mesmo não fazer nada – pode, a longo prazo, ter sérios prejuízos, que interferem tanto no corpo quanto na mente.
– É fundamental ter alguma atividade fora do trabalho, que dê algum sentido a mais e gere prazer. Ninguém aguenta muito tempo sem relaxar – afirma Segal.
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Fonte: http://www.clicrbs.com.br/zerohora/24/03/2012
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