quinta-feira, 8 de março de 2012

Leitura da manhã...

Nos cinemas passou um filme intitulado The Way ( O Caminho) – no qual um dos protagonistas é um ator muito conhecido, Martin Sheen. Talvez o tenhais visto.
Ele interpreta a parte de um pai, cujo filho que se tinha afastado morre enquanto percorria o caminho de Santiago de Compostela na Espanha. O pai angustiado decide terminar a peregrinação no lugar do filho perdido. Ele é o ícone de um homem secular: satisfeito consigo, que despreza Deus e a religião, que se define um  ‘ex-católico’, cínico em relação à fé... mas, apesar de tudo, incapaz de negar que há dentro de si um interesse irreprimível de conhecer o além, uma sede de algo mais – aliás, um alguém mais – que cresce nele ao longo do caminho.
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Quando era seminarista no Colégio Norte-Americano todos os estudantes de teologia do primeiro ano de todos os ateneus romanos foram convidados para uma missa celebrada pelo prefeito da Congregação para o Clero, o cardeal John Wright. Esperávamos uma homília cerebral. Mas ele começou pedindo-nos: “Seminaristas, fazei a mim e à Igreja um favor: quando caminhardes pelas ruas de Roma, sorride!”.  (...) “A alegria é o sinal infalível da presença de Deus”, afirma Leon Bloy. Quando me tornei arcebispo de Nova Iorque um sacerdote disse-me: “Seria melhor que deixasses de sorrir quando andas pelas ruas de Manhattan ou acabarás por ser preso!”.
Um doente em fase terminal de AIDs na casa Dom da Paz guiada pelas missionárias da Caridade, na arquidiocese de Washington do cardeal Donald Wuerl, pediu o batismo. Quando o sacerdote lhe pediu uma expressão de fé ele murmurou: “só sei que sou infeliz, e as irmãs, ao contrário, são muito felizes mesmo quando as insulto e lhes cuspo. Ontem finalmente perguntei-lhes o motivo da sua felicidade. Elas responderam-me: “Jesus”.  Eu quero este Jesus assim também eu posso ser feliz”. Um autêntico ato de fé, não é? A nova evangelização faz-se com o sorriso, não com o rosto carrancudo.
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Em Nova Iorque até o coração do mais convicto laicista se enternece quando visita uma das nossas escolas católicas da cidade. Quando um dos nossos benfeitores, que se definia agnóstico, perguntou à irmã Michelle por que motivo, com a sua idade e com as dores de artrite que tinha nos joelhos, continuava a trabalhar numa escola bonita mas bastante trabalhosa, ela respondeu: “Porque Deus me ama e eu amo-o e quero que estas crianças descubram este amor”.
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Fonte: Trechos do discurso do arcebispo D. Timothy Michael Dolan, de Nova Iorque , em 17 de fevereiro de 2012, no dia de oração e reflexão para os membros do Colégio cardinalício e para os novos cardeais por ocasião do consitório do dia 18.
Digitado do L’Osservatore Romano, N º 8  – 25 de fevereiro de 2012, pp.10/11
Imagem da Internet

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