segunda-feira, 8 de agosto de 2011

81 anos

Minha mãe!
Como ela seria? Fofinha? Cabelo preso no tradicional coque? O rosto, ainda com a pele lisa? O olhar , talvez, mais nublado e menos alegre. As mãos? Sim, essas que conquistaram o meu pai, pois eram lisas e suaves. Conta que meu pai criado nas lides do campo namorava uma gringa que trabalhava na roça e tinha as mãos calejadas (não havia luvas ) quando foi apresentado à minha mãe - mulher urbana e cabeleireira - ao tocar a mão da jovem, ficou ‘doido’, pois era como se tocasse num veludo. E deu no que deu: casaram: ela com 18 e ele com 28 anos de idade.

Continuando. Hoje ainda ela seria uma vovó bem apessoada, vaidosa e perfumada. E no final da tarde, na calçada-passeio da rua, tomando mate doce com as vizinhas. Os filhos e filhas, todos independentes e com suas moradas , ela aguardava (como sempre fez) em seu interior de mãe a visita que poderia acontecer em qualquer dia, a qualquer hora. Um telefonema, também. Este seria o melhor cenário para a mãe Romancilda... Ela continua jovem por isso a dificuldade de envelhecê-la. Ainda agora sinto o seu olhar e a sua beleza... Ela vive. É e-terna.
Parabéns pela data de seu aniversário-memória!
Felicidades! lá onde estiver.
Uma flor. Um beijo.

Do filho: Zelmar

Nenhum comentário:

Postar um comentário