sexta-feira, 13 de março de 2020

DOMENICO DE MASI: ‘BRASIL AINDA É O PAÍS DO FUTURO’, diz sociólogo do ‘ócio criativo’


 
Sociólogo italiano do ‘ócio criativo’ acredita nas potencialidades do país, para quem faltaria apenas 
um governo mais capaz

Por Lucas Ferraz — Para o Valor, de Roma

Acomodado numa mesa do segundo andar da Trattoria da Luigi, restaurante localizado numa pequenina praça do centro histórico de Roma, Domenico De Masi se distrai com a janela à sua frente. “Aqui tudo é história. Tenho Rafael e Michelangelo ao redor de casa. Naquele prédio ali”, aponta ele da mesa, “nasceu Cesar Bórgia”, conta, referindo-se ao príncipe e nobre italiano, filho de um papa e expoente da Renascença, um dos modelos de Nicolau Maquiavel (1469-1527) para escrever “O Príncipe”, clássico da ciência política.

A “trattoria” escolhida pelo sociólogo para este “À Mesa com o Valor” é uma das mais frequentadas por ele e está na Piazza Sforza Cesarini, a poucos metros de sua casa, em região que concentra Piazza Navona, Panteão e Campo di Fiore de um lado e rio Tibre, castelo Santo Ângelo e Vaticano de outro.

Ele já levou muitos amigos brasileiros de passagem pela cidade para comer no lugar, especializado na cozinha local. No dia da entrevista, Roma ainda fervilhava de turistas e romanos pelas ruas, cafés e praças, cenário muito diferente do visto nesta semana, quando o surto do coronavírus transformou a Itália no primeiro país do mundo a impor uma quarentena geral para toda a população. 

 
Para De Masi, o traço indígena é a característica mais interessante do Brasil: “Eles se dedicavam à contemplação da natureza, não deveriam acumular grande riqueza, que já estava no meio ambiente” 
— Foto: Lucas Ferraz/Valor

Um dos autores estrangeiros mais vendidos no mercado brasileiro, De Masi acompanha o país há mais de 20 anos. Apesar da situação atual, ele ainda considera o Brasil inclinado a fazer a diferença no cenário global futuro. Em 2013, ao lançar o livro “O Futuro Chegou”, o sociólogo transbordava otimismo. Era o primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT), e o cenário econômico ainda começava lentamente a dar os primeiros sinais do debacle dos anos seguintes. Na obra, ele expõe alguns modelos de sociedade criados ao longo da história, e a brasileira está elencada ao lado da grega, romana, hinduísta, islâmica, iluminista e comunista, entre outras.

“As riquezas continuam sendo enormes, o país tem biodiversidade, é uma potência. Basta haver um governo mais capaz no futuro”, diz, reconhecendo os desafios que entraram na ordem do dia no último ano. Um deles é a questão indígena, na mira do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), desejoso em abrir as reservas para mineração e garimpo. Para o italiano, o traço indígena é a característica mais interessante do Brasil e o leva ao “ócio criativo”, conceito caro na sua trajetória.

Aqui a ditadura fascista terminou há mais de 75 anos. Como esse passado autoritário no Brasil estava mais perto no tempo, deveria causar mais repulsa

“Os índios são os primeiros que experimentaram isso de forma total. O que fazia um índio durante o dia? Eram pouco belicosos, não tinha grandes guerras. Eles se dedicavam à contemplação da natureza, não deveriam acumular grande riqueza, que já estava no meio ambiente”, afirma. “Tinham uma contemplação da natureza para usar as raízes certas, por exemplo, e para trabalhar nos afazeres cotidianos, e também de maneira mística, vendo-a como força sobrenatural. Só por isso os brasileiros deveriam ser mais gratos aos índios.”

De Masi diz ser insuspeito para sustentar esta afirmação: os brasileiros têm um sentido estético “superior” ao dos italianos. Ele cita o Carnaval, as alegorias e fantasias, mas também o modo de caminhar das pessoas (em especial, as mulheres), a música e as casas repletas de plantas. “Isso vem dos índios.” 

 
Domenico De Masi em 2000, durante Carnaval no Rio de Janeiro
 — Foto: Marcos Ramos/Agência O Globo

O conceito do “ócio criativo” alçou De Masi, especializado na sociologia do trabalho, à condição de pensador-celebridade no Brasil e na Itália. Em seus livros, ele defende esse argumento como fundamental para o futuro do trabalho, especialmente o de natureza intelectual, fortemente afetado pelo desenvolvimento tecnológico. Trata-se de trabalhar para gerar riqueza, proporcionando, ao mesmo tempo, estudo, aprendizado e diversão. Para um trabalhador braçal, infelizmente, não existe “ócio criativo”. O sociólogo diz que há uma certa confusão com o conceito, que é diferente da expressão em italiano “dolce far niente”, que poderia ser traduzida como “não fazer nada”.

“Penso em três coisas que são feitas contemporaneamente. É o que estamos fazendo aqui: estamos comendo, estamos nos divertindo e estamos inclusive trabalhando. Isto é ócio criativo”, afirma. “O trabalho não pode ser só trabalho, como se fosse uma pena. É preciso haver diversão e aprendizado.”

Nascido em 1938 na pequena Rotello, cidade da região de Molise, no Sul da Itália, Domenico de Masi foi criado, após a morte do pai (quando ele tinha sete anos), nos arredores de Nápoles, cidade onde deu seus primeiros passos como professor e onde sua família fincou raízes. Formado em direito e sociologia, especializando-se no mundo do trabalho, ele viveu em Perugia, Sassari, Milão e Paris até se estabelecer definitivamente na capital italiana, onde passou a maior parte da vida lecionando na Universidade La Sapienza. Hoje professor emérito da instituição, o sociólogo ainda mantém fortes vínculos com o mundo acadêmico, realizando pesquisas e dando aulas. 

 
Com Andrea Gouvêa Vieira e Roberto d’Ávila ao receber título 
— Foto: Hudson Pontes/Agência O Globo

De Masi acompanhou nas ruas o sopro da última novidade na política italiana, o movimento das Sardinhas, criado espontaneamente por jovens em novembro passado e que rapidamente se espalhou pelo país. Os atos foram convocados contra o discurso e a agenda do senador Matteo Salvini, líder do partido de extrema-direita Liga Norte e atualmente o político mais popular da Itália, no momento na oposição. As Sardinhas conseguiram unificar as pessoas que estavam dispersas, afirma o sociólogo. Ele participou do maior ato realizado até agora pelo movimento, que reuniu cerca de 100 mil pessoas em Roma, em dezembro.

Com dezenas de títulos lançados na Itália, mais de dez deles traduzidos ou preparados para o Brasil, De Masi publicou recentemente no seu país um trabalho sobre a burocracia - uma das chagas nacionais, na sua visão. Para ele, reina na Itália uma confusão desorganizada no quesito burocracia, enquanto no Brasil ela seria organizada. Sua explicação ao “manicômio” italiano: presunção. “Os italianos acreditam serem grandes juristas, há uma profusão de leis - mais de 100 mil”, diz. “Somos o país com o maior número de leis. E muitas vezes uma vai contra a outra.”

Seu penúltimo livro é dedicado a Roma, discutindo o futuro de uma capital caótica, com inúmeros desafios, mas, como faz questão de ressaltar, muito particular. Para De Masi, trata-se de uma “cidade perfeita”, apesar de males recentes e ainda incontornáveis como a crise no recolhimento do lixo, um flagelo municipal. Ele prefere citar o clima, os “estrepitosos” monumentos artísticos e uma vida cultural entre 220 cinemas, mais de 90 teatros e 21 universidades. “Sem falar que há ainda o Vaticano, uma cidade dentro da outra, que também é uma potência política e cultural.” 

 
De Masi após palestra em 2014 com Jorge Mautner e Ide Rodrigues 
— Foto: Junia de Azevedo/Divulgação

No Luigi, restaurante aberto desde os anos 1950 e ponto de parada de muitos turistas que transitam pela região histórica da capital, De Masi conhece os garçons e os segredos do cardápio. Na entrada, pede a romaníssima “fiore di zucca” (flor de abóbora ou abobrinha) grelhada com queijo. De prato principal, para enfrentar o frio, pasta com feijão, ou outra especialidade romana, servido como uma sopa. O professor recusa vinho, pois ainda precisa trabalhar, justifica.

Aos 82 anos completados no início de fevereiro, dois casamentos, dois filhos e quatro netos, Domenico De Masi diz ter a mesma rotina há muitos anos: passa cerca de oito horas diárias dedicado a leituras e estudos. Afirma que ainda se sente apto a fazer tudo o que fazia há 30 anos, e isso o ajuda a não pensar na finitude da vida. Entusiasta das viagens, diz que elas lhe permitem cultivar amizades por diferentes países, algo que considera fundamental para se construir uma “visão mais familiar do mundo”. Neste mês ele vai a Nova York, em maio viaja ao Brasil e no mês seguinte, a Abu Dhabi.

A tecnologia é outra paixão do sociólogo, e por isso ele considera o atual momento o melhor período da história para se viver. Há avanços na medicina, pontua, mas sua visão inclui outros aspectos, como a democratização da cultura. Ele pega o celular e mostra uma lista arquivada no aparelho com mais de 5 mil sinfonias. “A cultura, por muitos milénios, foi uma coisa feita por poucos e destinada para poucos. Agora, tudo chega a todos. Todos criam, colocam na rede e todos consomem. É a primeira vez na história da humanidade que todos criam para todos.” 

 
Em 2013 durante visita a São Paulo, na sacada da Escola da Cidade — Foto: Olga Lysloff/Folhapress

A relação com o Brasil começou de forma casual. Foi em meados da década de 1990, após conceder uma entrevista em Roma para a revista “Veja”. A editora José Olympio foi a primeira a publicar um livro seu no país, “A Emoção e a Regra”. À época, ele ainda não conhecia o Brasil, mas tinha ao lado uma pessoa que muito o influenciou no tema: a sua segunda, Susi del Santo, apaixonada e grande conhecedora da cultura brasileira. “Tenho o título de cidadão honorário do Rio de Janeiro, mas quem realmente merecia era minha mulher.”

A partir do fim daquela década, ele passou a visitar o país com frequência. Em mais de duas décadas de andanças, já passou por todas as regiões e diz que os principais problemas ainda são os mesmos da sua primeira visita: corrupção, criminalidade e analfabetismo, fenômenos que também assolam a Itália, embora em níveis inferiores. “Temos quatro máfias internacionais. Isso é terrível e condena todo o Sul da Itália a estar debaixo do porrete”, afirma.

O professor vê com naturalidade o fato de a Itália não crescer mais como no passado, ressaltando a diferença da renda média per capita entre os dois países - US$ 35 mil entre os italianos, US$ 15 mil entre os brasileiros. “Aqui a distribuição de renda é muito melhor, não existe a distância brasileira.”

Daqui a pouco todo o mundo será multiétnico, não existirá país com uma só raça. O Brasil é onde diferentes raças convivem de modo mais pacífico

Do ponto de vista político, contudo, ele afirma que a situação da Itália não é menos dramática e lamenta que os dois países estejam passando pelo mesmo momento de “depressão”. O atual governo, uma coalizão entre o Movimento 5 Estrelas e o Partido Democrático, de centro-esquerda, formada em setembro passado, demonstra fragilidade. E tem a sombra de Salvini, que provocou uma crise ao deixar o Executivo em agosto - ele era um dos vices-premiê e ministro do Interior. É bem provável que, havendo uma eleição em médio prazo, o líder da Liga seja o mais votado, de acordo com as últimas pesquisas. “Se ele vencer, nos aproximamos do Brasil, pois Salvini é fascista.”

De Masi se diz surpreso com o flerte autoritário do Brasil sob Bolsonaro, para ele um “ditador”. Imaginava que o país tivesse mais “anticorpos” que a Itália para enfrentar uma situação do gênero. Uma recente pesquisa nacional mostra que o eleitorado italiano tem preferência pelo estereótipo de “homem forte” no comando do país, perfil encarnado por Salvani desde 2018, quando se tornou liderança nacional.

“O Brasil tinha um partido como o PSDB, teve uma mulher na Presidência - algo que nunca tivemos aqui -, e vocês ainda saíram de uma ditadura que acabou há relativamente pouco tempo”, diz De Masi. “Aqui a ditadura fascista terminou há mais de 75 anos. Como esse passado autoritário no Brasil estava mais perto no tempo, deveria causar mais repulsa.”

Referências mundiais da ultradireita populista, Salvini e Bolsonaro se assemelham, segundo o professor, na falta de cultura. “Salvini é realmente inculto, e isso é um pecado para a Itália. Sua visão de mundo é estreita. Ele não tem formação militar, mas adora se vestir como um. Nesse aspecto, ele parece querer ser como Bolsonaro”, afirma. “Mussolini [1883-1945], por outro lado, era culto, tinha sido um grande jornalista e escrevia muito bem. Salvini tem um discurso infantil que anula a complexidade dos grandes problemas da sociedade.”

Segundo De Masi, um dos dramas atuais da política italiana, com influência em diversos níveis da vida social, é um certo desprezo pela competência, “que não é mais considerada um valor”. Ele menciona um dos líderes do Movimento 5 Estrelas, Luigi Di Maio, de 33 anos, ex-vice-premiê ao lado de Salvini no governo encerrado em agosto de 2019. O político continuou no novo Executivo como ministro das Relações Exteriores, mesmo sem ter nenhuma experiência na área, diz o sociólogo. “Ele não deve nem saber qual é a capital do Brasil.”

De Masi lamenta a “degeneração”, que afeta também universidades. O atual número de professores é 20% menor do que na última década. Professor emérito da Universidade La Sapienza, em Roma, ele não foi substituído. “Na Itália há uma destruição dos espaços de ensino. Há um déficit enorme na formação de jovens com cursos superiores, um dos índices mais baixos da Europa.”

A deficiência na formação influencia diretamente a política, em especial a esquerda, diz. Ele lembra a antiga e extinta tradição de investir na formação de novos quadros políticos, como fez por muitos anos o Partido Comunista Italiano e sindicatos.

De Masi tem opinião diferente em relação a dois ex-presidentes brasileiros que diz ter tido o privilégio de conhecer: Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. Na semana seguinte a esta entrevista, o sociólogo reencontrou o petista, durante sua visita a Roma. Foi a primeira viagem internacional de Lula desde que deixou a prisão, em novembro, para um encontro reservado com o papa Francisco no Vaticano. No ano passado, o italiano visitou o ex-presidente na prisão, em Curitiba.
Naquela mesma passagem pelo Brasil, De Masi também se reuniu com Fernando Henrique em São Paulo. Eles se conheceram nos anos 1990, quando o então presidente esteve em Roma em uma viagem oficial. O italiano, que já levou o brasileiro para comer na “trattoria” do Luigi, disse ter conhecido seu trabalho como sociólogo nos anos 1970, quando era professor na universidade de Nápoles e recomendava seus textos sobre a sociologia do subdesenvolvimento. Ele também ficou amigo da ex-primeira-dama Ruth Cardoso (1930-2008).

“Lula e Fernando Henrique são duas grandes personalidades, mas muito diversas. Fernando Henrique é filho de general, uma pessoa que fez grandes estudos. Lula é de origem proletária”, diz De Masi. “Foi uma grande sorte o Brasil ter dois presidentes como eles em ordem cronológica. Fernando Henrique construiu a dimensão financeira do país, criou o real, estabilizou a economia, enquanto Lula distribuiu a renda. Essa relação foi muito providencial.”

Do compositor Paulinho da Viola ao ex-prefeito de Curitiba Jaime Lerner e ao jornalista Roberto d’Ávila, são muitos os amigos de Domenico De Masi no Brasil. “Todos sempre foram muito generosos comigo”, diz. A Oscar Niemeyer (1907-2012), dedicou bons minutos no almoço. O arquiteto projetou um auditório batizado com seu nome na cidade medieval de Ravello, no Sul da Itália, num pequeno trecho da costa Amalfitana. A obra saiu graças a De Masi, que nos anos 1990 atuou como assessor de cultura do município. Num encontro em Ravello, no qual estava também Roberto d’Ávila, o então prefeito reclamou que a cidade só podia realizar eventos culturais no verão. Sem um auditório, as atividades tornavam-se inviáveis no inverno. Quem teve a ideia e a audácia de pedir o projeto ao arquiteto foi o jornalista, afirma o sociólogo.

“D’Ávila deu a ideia de que eu falasse com Niemeyer para ele fazer o projeto, mas eu não achava isso possível. Se fosse para um país pobre, tudo bem, mas era a Itália... Dias depois, Roberto d’Ávila voltou ao Brasil e, como era muito amigo de Niemeyer, comentou com ele”, diz. “Numa madrugada, recebo um telefonema de Niemeyer dizendo que estava disposto a fazer o auditório. E assim tudo começou. Com medo de avião, ele não veio à Itália para ver a área, mas pediu fotografias e vídeos de tudo.”

O auditório foi inaugurado dez anos depois, em 2010, e após um tempo de descaso e abandono, segundo o italiano, foi restaurado recentemente. De Masi conta que o arquiteto era uma figura extraordinária, que vivia de forma simples e gostava especificamente de duas coisas da Itália: o azeite e o Toscanello, marca de um charutinho (que o sociólogo também fuma) produzido na região da Toscana. “Quando ele fez 100 anos, levei de presente uma garrafa de azeite, e ele ficou muito feliz.”

Apesar das notícias inquietantes vindas do país, Domenico De Masi diz que será impossível o Brasil não fazer parte da vanguarda global, sobretudo por causa do modelo inter-racial. “Daqui a pouco todo o mundo será multiétnico, não existirá país com uma só raça. O Brasil é onde diferentes raças convivem de modo mais pacífico, não há outro exemplo no mundo”.

Ele menciona dois países que considera fortemente humanistas: Índia, que tem um humanismo espiritual, e o Brasil, cujo humanismo é corporal, o que ele diz ser uma herança da escravidão, já que a única propriedade do escravo era o próprio corpo. “Não é à toa que a maior escola de cirurgia plástica do mundo vem do Brasil”, afirma, lembrando de seu espanto ao visitar o Rio de Janeiro pela primeira vez e ver pessoas se exercitando na praia em qualquer hora do dia.

De Masi diz que falta à Itália uma descendência indígena, o que faz seu país ter “uma coisa de menos”. Ele também lamenta não ter existido na Itália, após a unificação do país no século XIX, inventores da cultura e de um pensamento nacional como fizeram no Brasil autores como Gilberto Freyre, Darcy Ribeiro e Sérgio Buarque de Holanda, “intelectuais que amalgamaram vários componentes da cultura numa coisa única, brasileira”.

Na hora da sobremesa, segurando uma compota de frutas do bosque mergulhadas num licor, De Masi diz que o maior triunfo do Brasil é a diversidade, com vários mundos dentro de um só e múltiplas riquezas. “O país tem uma bomba atômica que é a [floresta] amazônica, da qual o planeta inteiro depende. Por isso o mundo tem interesse em que o Brasil seja bem administrado”, afirma o sociólogo.
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