Cida Silva*
Elegância – A elegância de uma pessoa não está apenas em suas roupas, mas também na maneira de andar, gesticular e verbalizar suas ideias. Um homem vestido com roupas Armani, usando um relógio Rolex, exalando um perfume Kenzo e com comportamentos agressivos não passa de uma vitrine bonita.
Cumprimento – Ao chegar em uma empresa, procure cumprimentar os porteiros. Eles estão desempenhando seu trabalho, são pagos para isso, mas, antes de tudo, são seres humanos. O mesmo vale para os garçons, recepcionistas, frentistas, etc.
Tom de voz – Pelo tom da nossa voz, podemos passar firmeza, arrogância, deboche, amabilidade, ironia, credibilidade, dúvida, entre outros. Gritar, então, nem pensar. Há um ditado que diz: “Se grito resolvesse alguma coisa, porco não morreria”. Aqueles gerentes que gritam com a equipe esperando resultados estão fadados ao fracasso ou a um processo por assédio moral.
Gesticulação – O corpo fala. Os chineses já diziam: “Uma imagem vale mais que mil palavras”. Charles Chaplin nos encantou e nos brindou com belíssimas mensagens somente através da imagem. Sendo assim, devemos observar nossa gesticulação. Ao bater a porta com força, posso demonstrar raiva; ao torcer os lábios, insatisfação; ao bater o pé no chão ou objetos na mesa, impaciência...
Discordância – Conta-se que certa vez um chinês estava no cemitério colocando um prato de arroz no túmulo de seu ente querido. Do outro lado, uma pessoa colocava flores também no túmulo de seu familiar estimado. O segundo, olhando o chinês, perguntou:
— Você acha mesmo que seu defunto virá comer esse arroz?
E o chinês respondeu:
— Sim, quando o seu vier cheirar essas flores.
Sabemos que as pessoas possuem crenças e valores diferentes dos nossos e precisam ser respeitadas – da mesma forma que nós queremos e precisamos também. Por isso, ao discordar de uma ideia, devemos primeiro valorizar o que há de positivo nela e depois argumentar com evidências, que podem ser: estatísticas, fato ocorrido, testemunho de um perito no assunto, demonstração.
Colocar o dedo em riste na direção do outro, esbravejar, alterar o tom de voz e dizer expressões como: “Eu não concordo” e “Você está errado” só aumentam o conflito – e o resultado é mágoa, desarmonia e ressentimento.
Nome – Referir-se às pessoas pelo nome é outra maneira assertiva de comunicação. Ninguém gosta de ser tratado por expressões do tipo: “Você aí”, “Querida”, “Bem”, “Amigo”, etc. Dirigir-se às pessoas com respeito começa pelo tratamento, e o nome existe para ser pronunciado.
Clareza – Comunicar-se de maneira clara é usar os termos adequados de acordo com nosso interlocutor. O uso de termos técnicos, jargões, siglas e palavras estrangeiras só será permitido se quem estiver nos ouvindo for familiarizado com eles. Caso contrário, a comunicação ficará confusa.
Como vimos, comunicar não é só abrir a boca e falar. Há uma série de detalhes que, se bem cuidados, podem ajudar na caminhada para o sucesso e, se descuidados, podem causar antipatia e abrir caminho para o fracasso.
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*Cida Silva é diretora e instrutora da En Theos Consultoria e Treinamentos.
E-mail: entheos@uai.com.br
Site: www.entheos.com.br
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