terça-feira, 12 de julho de 2011

O PREÇO DA FELICIDADE

 Lúcia Guimarães*

Cena filme: A procura da felicidade
É como uma esteira de ginástica: as coisas que nos fazem felizes vão mudando ao longo da vida, não paramos de andar. Se não tenho nada e ganho R$ 100, fico muito contente. Mas, depois de um tempo, eu me acostumo a ter os R$ 100 e passo a desejar o que custa R$ 200. As aspirações vão se alterando. E não falo só de dinheiro. Há estudos na Alemanha que mostram que a sensação de felicidade entre noivos aumenta até às vésperas do casamento. Pouco depois, começa a cair. Os casais se acostumam com o que conseguiram. A ideia de que o dinheiro gera felicidade é muito controvertida. Argumento no livro que o dinheiro, sim, ajuda a dar felicidade, porque nos permite cuidar da saúde e ter estabilidade material, mas ter tempo livre é um fator importante para ser feliz. No caso específico dos Estados Unidos, a renda das pessoas começou a subir depois da 2ª Guerra. O índice de felicidade, porém, não sobe. O americano sacrificou tanto para aumentar sua renda que hoje tem pouquíssimo tempo livre para aproveitar o que acumulou.
-------------------------
* Colunista do Estadão.
Fonte: Estadão on line - Texto completo: Grátis? Pense de Novo. 10/07/2011
Imagem do  filme: A Procura da Felicidade é um filme estadunidense dirigido por Gabriele Muccino e com roteiro baseado em uma história real.

Nenhum comentário:

Postar um comentário