Simão Sessim*
RIO - Há no mundo todo variadas religiões e seitas. E sempre foi desse modo. Tanto que os gregos ergueram um santuário ao “deus desconhecido”, depois de construírem altares para uma imensa variedade de deuses, por receio de, mesmo assim, terem esquecido algum, situação que serviu ao apóstolo Paulo como argumento de defesa no tribunal ateniense.
Entretanto, a caridade, amor recebido por inspiração divina, atravessa as religiões e seitas; é uma só e foi motivo de vida do médium Chico Xavier, homenageado nesse momento, quando se comemora o centenário de seu nascimento.
Francisco Candido Xavier, espírita, mas pelos gestos de caridade, de amor; pelos exemplos de dedicação às necessidades do próximo, um ser humano raro, presente nos corações de todos, sejam espíritas, evangélicos, católicos, budistas, muçulmanos e mesmo ateus.
Chico Xavier não amou mais, ou menos, nem sonhou, mais ou menos. Foi intenso no amor, na caridade, na atenção a toda gente. E, a maneira que encontro para homenageá-lo neste artigo, é registrando aqui algumas de suas palavras. Escolhi um dos seus mais magníficos textos. Fala sobre o amor.
Escreveu Chico Xavier:
“A gente pode morar numa casa, mais ou menos; numa cidade, mais ou menos; e até ter um governo, mais ou menos. A gente pode dormir numa cama, mais ou menos; comer um feijão, mais ou menos; ter um transporte, mais ou menos; e até ser obrigado a acreditar, mais ou menos, no futuro. A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos. Tudo Bem!
O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum, é amar mais ou menos; sonhar, mais ou menos; ser amigo, mais ou menos; namorar mais ou menos; ter fé, mais ou menos; e acreditar, mais ou menos. Senão, a gente corre o risco de se tornar uma pessoa, mais ou menos”.
Desse modo, rendo as minhas homenagens a este que foi e é uma das melhores demonstrações do que pode fazer o coração humano quando integralmente ligado com Deus.
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*Simão Sessim é deputado federal
Fonte: Jornal do Brasil - 14/04/2010
Fui ver o filme ontem (14/04/10)... Que homem maravilhoso, transmitia tanta paz, tranquilidade... Chorei do início ao fim, saí do cinema de alma lavada...
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