segunda-feira, 28 de março de 2011

A beleza que salva



O homem que cuida do seu jardim
como escreve Rubem Alves
O que olha a chuva a cair e
ri feliz
O que ouve o vento e põe o ouvido
mais atento
A música faz ir além da matéria corpórea e
voa numa clave de sol 
e dá luz à alma
O silêncio é poesia  e não incomoda
Lendo um livro, suspira e derrama uma lágrima
Olha para o céu e agradece a imensidão
Vendo a beleza diferente dos humanos
fica inebriado com a diversidade
O que chega num shopping e pensa: sou feliz
porque não preciso de nada disso
Os sites criativos que diuturnamente estão a  seduzir
O que respeita o outro e permite que diga o que pensa
Os que deixam a vida mais leve
O que estende à mão ao empobrecido e acarinha com
o olhar o olhar do mendigo
Essas pessoas anônimas estão a salvar o mundo
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O poema foi pensado a partir de Jorge Luis Borges: Os justos.
Imagem da Internet, Picasso

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