Idéias para o Futuro / Carreira
Agora que a gente tinha conseguido
entender os Y, está chegando ao mercado de trabalho
a geração Z – ou I, ou C,
ou M, ou V...
A batalha pela definição da geração Y nem bem terminou – sem vencedores claros, diga-se – e se anuncia a próxima: como entender a geração Z, que está batendo na porta do mercado de trabalho?
A geração X foi formada sob o impacto da crise do petróleo de 1973, e da queda do Muro de Berlim. A Y, que ainda não teve tempo de impor sua marca no mundo, intui-se que seja a cria da globalização (e, no Brasil, da estabilidade econômica) ou, mais importante, da internet. Daí alguns estudiosos proporem termos mais específicos, como geração digital, ou virtual, ou multimídia.
Pois essa discussão está acabada. Não porque tenha sido resolvida, e sim porque será suplantada pela próxima. A julgar pelo número de artigos que tentam explicar os jovens de até 20 anos, a nova leva de trabalhadores vai trazer mudanças extraordinárias para os negócios. A criação de tantos nomes não é apenas uma briga para ganhar fama e clientes. Trata-se de um exercício de prever comportamentos. “Mas, antes de aceitar o nome, é preciso ver se a mentalidade e os valores dessa geração são realmente diferentes”, diz Eline Kullock, presidente da empresa de gestão de pessoas Foco. “Ainda é cedo para ter certeza.” Cedo para ter certeza, sem dúvida, mas mais do que na hora de pensar em como atrair ou atingir esses jovens, como profissionais ou clientes.
Há quem a chame de geração I, de internet, a primeira a não ter ideia do que é um mundo sem a rede. Há quem a chame de Multitarefa. Ou geração videogame, em razão da dificuldade de ensinar às crianças de hoje com os métodos do século passado. Há quem a identifique como 9/11, em referência ao atentado terrorista que derrubou o World Trade Center, em Nova York. Assim como a Guerra Fria moldou uma geração, a guerra ao terror pode moldar esta. Há os românticos (como a professora Jennifer McNulty, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz), que a apelidam de geração V, de verde – a geração do combate ao aquecimento global. Ou C, de conteúdo, dos blogs, aplicativos e músicas (termo da trendwatching.com, uma firma inglesa de pesquisa de tendências).
Cada nome carrega uma filosofia. E cada filosofia desemboca numa estratégia para o século 21. Qual o seu?
---------------Reportagem Por Karla Spotorno
Fonte: Revista: http://epocanegocios.globo.com -15/07/2011
Revista impressa nº 53, - julho/2011
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