José Luiz Tejon*
Sem paixão não existe força suficiente para grandes movimentos. A paixão é uma energia altamente concentrada em um único ponto. Paixão é convicção. Paixão é a eliminação da dúvida. Aliás, dizem que uma ótima definição de louco é: \um louco não duvida, se duvidasse não seria louco!\
Podemos imaginar o poder de construção da paixão, e também o de destruição, quando ela é colocada a serviço de fanatismos destruidores. Ou, num negócio, quando nos apaixonamos pelo caminho errado. Pela tecnologia obsoleta, pelo segmento de mercado que não existe mais.
O que é interessante observar na vida e nos negócios, é que sem paixão, os resultados são – quase sempre medíocres. A grande questão fica sendo como você pode criar uma empresa \apaixonada\? Como você pode fazer os seus colaboradores se apaixonarem pela causa do seu negócio? Como a sua empresa pode ser vista como sendo apaixonada pelos resultados dos seus clientes? E, principalmente, apaixonar-se pela causa certa!
Simples, mas nada fácil. Mirar na causa certa é a primeira questão. Não comece simplesmente fazer certas as coisas, achando que isso o levará ao sucesso. O que o leva ao sucesso não é fazer certas as coisas e sim fazer as coisas certas. Sutil, não? Mas faz toda a diferença. Esgote o melhor do seu pensamento e das visões de consultores, da análise das tendências do mundo, para prestar atenção nas COISAS CERTAS. Depois sim, preocupe-se em fazer essas coisas corretamente. Nunca antes.
A segunda questão começa dentro de você mesmo. Você é um líder apaixonado? Se você não está fervendo, como irá esquentar alguém? Portanto olhe para si mesmo, busque auxílio de alguma boa terapia e analise-se. Você está apaixonado pela causa do seu negócio? Se esse sentimento não for intenso dentro do seu coração, não haverá força que o faça causar comoção nos seus colaboradores. E, funcionários não comovidos significa clientes não atingidos.
O terceiro ponto é o talento de exteriorizar os sentimentos. Não seja um \economizador\ de sentimentos. Coloque sua paixão para fora. Transfira-a. Vibre com as pequenas vitórias. Corrija as pequenas derrotas. Não existe desgraça ou êxito não anunciado. A observação atenta do dia-a-dia permite antecipar a tendência. O andamento dos pequenos sucessos e a forma como trabalhamos os pequenos fracassos, antecipam o resultado da grande vitória ou do grande fiasco no futuro.
E o quarto fundamento dessa base é o empenho com o qual você seleciona pessoas, promove, estimula, corrige, demite. Não existe plano de treinamento, processo tecnológico, sistema de coaching ou planos de incentivos, que substituam a seleção correta dos seus recursos humanos. Atitude perante a vida e perante o negócio é vital. Habilidade e conhecimento você ensina. Podemos aprender. Mas o talento de agir, reagir, angustiar-se para a busca de soluções criativas. A não resignação frente aos obstáculos e, principalmente a capacidade de ser uma pessoa apaixonada, isso já nasce na seleção da sua equipe. Já vem pronto de formação e de berço. Significa um valor humano mais ou menos desenvolvido em cada um de nós.
Uma empresa apaixonada rumando para a direção certa é absolutamente imbatível!
* José Luiz Tejon é autor de 12 livros, Professor de Pós Graduação FGV/ESPM, Mestre em Educação, arte e Cultura pela Universidade Mackenzie. Sua recente obra é: a Grande Virada – 50 regras de ouro para dar a volta por cima (Editora Gente). www.tejon.com.br
http://www.catho.com.br/estilorh/index.phtml?secao=287- Acesso 12/07/2009
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