segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Viver para sempre jovem, modificando os seus genes

Resultado de imagem para sempre jovem
Há coisas inacreditáveis que são mesmo verdade 
e outras que parecem certas mas que não resistem 
a uma análise crítica. Costumava dizer em tom 
de brincadeira que a ciência nos vai permitir 
viver para sempre quando estivermos 
todos mortos.

Ao contrário do que o seu nome poderia indicar, o trabalho de George Church (“igreja”) pode ser considerado algo iconoclasta. O investigador da Faculdade de Medicina de Harvard acredita que dentro de cinco a seis anos poderemos conseguir reverter o processo de envelhecimento em seres humanos. Muitos antes dele o prometeram, mas todos envelheceram e acabaram por morrer. Mas desta vez talvez seja diferente. Church não é um autoproclamado génio solitário, há boas razões para que a sua previsão seja levada a sério. Os progressos da engenharia genética nas últimas décadas parecem quase ficção científica. E o título do recente livro de Sílvia Curado, investigadora portuguesa na Universidade de Nova Iorque (EUA), indicia isso mesmo: Engenharia Genética: O Futuro já Começou (Glaciar, 2017).
 
As nossas ideias acerca do envelhecimento têm vindo a mudar. Antes pensava-se que o envelhecimento resultava de uma vitória da entropia nas células, que a confusão se impunha lentamente à ordem através da acumulação de estragos e mutações genéticas ao longo da vida. Nessa perspectiva o envelhecimento é irreversível, tal como uma vela que arde não pode ser reconstituída. Afinal, parece que não é bem assim. Há hoje provas de que o envelhecimento é, pelo menos em parte, um processo programado, bastante controlado e regulado geneticamente. Para Sílvia Curado “torna-se cada vez mais claro que os genes não determinam somente a cor dos nossos olhos, do nosso cabelo, a nossa estatura, como determinam também a forma como envelhecemos”.

 Molécula de ADN

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