sexta-feira, 1 de maio de 2015

Pesquisa diz que brasileiros veem educação e saúde como prioridades na vida

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Consulta internacional da OCDE ouviu mais de 60 mil respostas de 180 países

RIO - Uma pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com moradores de diversos países traz algumas pistas sobre o que as pessoas mais valorizam na vida. A "Iniciativa Vida Melhor" vem colhendo informações desde 2011 e, até o momento, já recebeu mais de 60 mil respostas, online, de mais de 180 países.

O OCDE desenvolveu infográficos que mostram as prioridades em quase todos os países ao redor do mundo, com base nessas pesquisas. Estabeleceram ainda um "Índice Vida Melhor", com 11 tópicos, que permite comparações entre os países. As informações são do site britânico "The independent".

Os temas estabelecidos foram: segurança, habitação, trabalho, renda, equilíbrio trabalho-vida, satisfação com a vida, saúde, educação, engajamento cívico, comunidade e ambiente.

Na Europa, Reino Unido, Suécia, Alemanha, Finlândia e Polônia a escolha "satisfação com a vida" apareceu como prioridade para a sua população. E "saúde" foi o assunto mais valorizado mais na Rússia, Noruega, Islândia, França e Áustria. Chipre foi o único país da Europa onde as pessoas selecionaram "equilíbrio trabalho-vida" como a prioridade, enquanto a população da Ucrânia e da Albânia valorizam mais a categoria "renda".

Na América do Norte houve clara diferença entre os valores dos Estados Unidos, Canadá e México, cujas principais prioridades foram satisfação com a vida, saúde e ambiente, respectivamente.

Já na América do Sul, incluindo Brasil, Chile, Paraguai e Argentina, a maior preocupação é com questões relativas à educação. Peru preferiu satisfação com a vida, a Venezuela, segurança, e a Guiana, habitação. 

Nos dados sobre o Brasil, segundo 1.605 pessoas, sendo 67% homens e 33% mulheres, o item mais valorizado para se ter uma vida melhor foi a escolaridade. Saúde ficou na segunda posição, à frente de satisfação pessoal, segurança e equilíbrio vida-trabalho, nessa ordem. Engajamento físico ficou na última posição. Dos que participaram da pesquisa, 39% tinham entre 25 a 34 anos.

Ainda de acordo com a pesquisa, de uma maneira geral, os brasileiros estão mais satisfeitos com suas vidas do que a média da OCDE, sendo que 80% das pessoas declaram ter mais experiências positivas em um dia normal (sentimentos de sossego, orgulho das realizações, proveito, etc.) do que negativas (dor, preocupação, tristeza, chateação, etc.). Este número é superior à média da OCDE.
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Reportagem  por O GLOBO
/ Atualizado

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