Durante a palestra, Karina Israel, Co-Founder & CGO da Ydreams explicou porque as gigantes do online resolveram aderir ao mundo físico
Entenda porque empresas que só estavam presentes no online optaram por investir no offline
Por *Bianca Borges
A nossa relação com o digital está cada vez mais profunda e os
limites do mundo físico com online mais tênues. Apesar dessa conexão
entre esses dois ambientes já estar acontecendo faz um tempo, muitas
empresas ainda não perceberam a importância dessa união.
Um termo que tem sido bastante utilizado nos últimos anos e que faz
referência à essa conexão alinhada com a experiência do consumidor é o
Phidital. Karina Israel, Co-Founder e CGO da Ydreams falou sobre esse assunto no Expo Fórum de Markeitng Digital.
De acordo com Karina, o celular é visto como a principal ferramente
que possibilita a ligação entre o físico e o digital, tanto é que no
Brasil, para um quinto das pessoas o aparelho mobile já é a tela
principal. Apesar disso, é importante ressaltar que existem muitos
outros meios que unem o on e offline. A Co-fundadora da YDreams citou algumas delas: como as tecnologias wearables, a inteligência ambiental (quando o ambiente interage com o indivíduo de acordo com o humor da pessoa), IoT, organic computing (impressão de órgãos humanos).
“Eu li uma matéria que dizia que no futuro não haveria mais fome porque a gente poderia imprimir toda a comida do mundo”, comentou Karina.
Durante a palestra, a executiva também falou sobre a evolução da
conexão on e offline. A primeira fase dessa união ela chamou de “From bricks to clicks”,
que corresponde ao desafio das lojas físicas se inserirem no ambiente
digital. A segunda fase, pela qual estamos passando hoje, é denominada “From clicks to bricks” e consiste no processo inverso, “As gigantes digitais estão comprando tudo no mundo físico”, explicou a gerente.
Segundo a especialista esse movimento de aquisição de lojas físicas pelas empresas digitais pode ser perigoso para as demais organizações. As gigantes digitais já tem um modelo de negócio disruptivo e um pensamento transformador e se igualar ou superar esses organizações torna-se ainda mais desafiador.
Mas porque as gigantes do online resolveram aderir ao mundo físico se a tendência é ser digital?
De acordo com Karina, que fez diversas pesquisas para entender esse
processo, existem ações que precisam ser feitas fora do ambiente online.
A executiva citou alguns pontos:
Omnichannel
“A medida que as empresas começam a crescer no digital, elas entenderam que as pessoas são feitas de átomos e não de bits”, afirmou Karina. Por isso, por mais que o digital esteja em evidência, o lado humano do indivíduo ainda carece de experiências diferenciadas. É aí que entra o omnichannel que dá a opção ao cliente realizar a compra por diversos canais e ter interações tanto online como nas lojas físicas.
Awareness
Existe uma superlotação no território digital. “Quem tinha que me ver no mundo digital já me viu e agora eu preciso abrir uma loja para atrair as pessoas que não me conhecem”. Mesmo que o interesse da sua empresa seja atrair clientes para o ambiente online a loja física pode ser uma boa opção para fazer essa conexão.
Engagement
De acordo com Karina, a experiência física alcança maior envolvimento. A CGO exemplificou:
“Quem já fez compra pela internet? Eu comprava sempre tudo igual, só copiava a lista de produtos. Eu fiquei presa no mesmo hábito, parei de me engajar com outras marcas diferentes, parei de conhecer coisas novas ter novas experiências”.
Os consumidores são condicionados por hábitos e, esse é o problema do
digital que pode nos condicionar e nos impedir de descobrir o novo.
Experimentação
A Beaty Box, uma empresa de cosméticos, que inicialmente só atuava no
online, percebeu que apenas no ambiente digital não conseguiria
oferecer experiências diversificadas para as clientes. Não seria
possível nunca testar uma maquiagem antes de comprar, por exemplo. Por
conta disso, eles criaram um espaço físico onde as consumidoras pudessem
testar os produtos, sentir e experimentar.
Cultura
Segundo a co-fundadora da YDreams, as empresas precisam de um espaço físico para introduzir novos hábitos (way of life) e investir na personificação da marca.
No final da palestra Karina lembrou que não deve existir diferença entre mundo online e offline, mesmo porque, “a nova geração almeja um mundo que seja fluido em tudo aquilo que ela conhece. É pouco ser só físico, o físico tem q ser complementar ao que o digital oferece.
É preciso conectar o mundo (online) onde tudo estar ao seu dispor com o
mundo (offline) da experiência , do toque do sentimento.
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*Bianca Borges é jornalista formada pela Universidade
Anhembi Morumbi. Analista de Conteúdo no Digitalks, também tem
experiência nas áreas de assessoria de imprensa e gestão de mídias
sociais. Gosta de escrever sobre diversos assuntos mas, atualmente, seu
foco é o Marketing Digital.
Fonte: https://digitalks.com.br/noticias/phigital-quando-o-mundo-fisico-e-o-digital-estao-conectados-com-foco-na-experiencia-do-consumidor/
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