quarta-feira, 4 de agosto de 2010

CONSEQUÊNCIAS DO MATERIALISMO


Valdemar W. Setzer*


Original de 25/6/10; versão 2.1 de 22/7/10

1. Introdução
2. O materialismo
3. Por que tantos são materialistas?
4. Consequências do materialismo
4.1 Negação do livre arbítrio
4.2 Egoísmo
4.3. Abismo em relação ao passado da humanidade
4.4 Visão simplista da realidade
4.5 Concepção mecanicista de mundo
4.6 Sentimentos só para prazer
4.7 Educação como memorização e adestramento
4.8 Arte como diletantismo e prazer
4.9 Falta de sentido para a vida
4.10 Vida incoerente
4.11 Desconhecimento do bem e do mal
4.12 Negação da evolução recente do ser humano
4.13 Preconceito
4.14 Negação de uma individualidade superior
5. Conclusões

Apêndice: Determinismo, não determinismo, aleatoriedade, autodeterminação e liberdade

Referências

1. Introdução
Em 12/6/10 recebi a visita de Guilherme Fernandes, um jovem de 22 anos que quis conversar comigo sobre meus artigos, pois tinha lido vários deles em meu site e se entusiasmado com minhas ideias. Durante a conversa, comecei a expor-lhe o que eu considerava como sendo consequências de se adotar uma concepção materialista do mundo. Pude abordar 3 delas, porém, devido ao andamento da conversa, não pude falar sobre uma 4a que eu tinha pensado em expor. Inspirado nessa conversa resolvi, então, colocar neste artigo uma lista daquelas consequências, explicando cada uma. Ponderando sobre o assunto, essa lista foi crescendo, e atingiu os 14 principais tópicos que exponho aqui.
Inicialmente, caracterizo o que considero uma concepção materialista de mundo, e traço considerações do porquê de tantas pessoas serem hoje materialistas. Em seguida abordo cada uma das consequências dessa concepção de mundo, mostrando em cada uma como ela não existiria se a concepção não fosse materialista, isto é, se fosse espiritualista. Em um apêndice eu defino ou caracterizo certos termos usados neste artigo, como determinismo, não determinismo, autodeterminação etc.
É importante salientar logo de início que minha concepção de mundo é espiritualista, mas não vem de nenhuma ligação com qualquer religião instituída. Para maiores detalhes sobre essa minha concepção, vejam-se meus artigos "Por que sou espiritualista" e "Ciência, religião e espiritualidade". Neste último, caracterizo minha concepção de mundo como um ‘espiritualismo científico’, isto é, baseada em hipóteses de trabalho, teorias coerentes e observações objetivas, ambas não contradizendo nenhum fato científico e nenhuma observação interior à pessoa ou exterior e ela, e não sendo baseada em crenças de qualquer espécie.
Alguns leitores poderão estranhar que apesar de empregar a palavra ‘espiritualismo’, não uso as palavras ‘alma’ e ‘espírito’. Se as usasse, teria que me estender caracterizando o que poderia ser entendido por elas e no que elas diferem, o que fiz em outro texto. Também não emprego a palavra Deus, pois perdeu-se totalmente a noção do que essa entidade poderia significar. Uso a expressão ‘não físico’ apesar de uma negação não produzir uma definição; quero com ela referir-me genericamente a tudo o que não é físico – e que não faz sentido do ponto de vista materialista.
Finalmente, é preciso deixar bem claro que não sou contra a ciência, pelo contrário. Aceito qualquer fato científico, apesar de não aceitar alguns juízos científicos. Tenho certeza que o método científico de hoje é parcial e pode ser estendido para abarcar uma concepção espiritualista do mundo.
As traduções de referências em outras línguas são minhas. Críticas e sugestões são, como sempre, muito bem vindas (ver meu endereço de e-mail em meu site).
__________________
* Dr.Eng., University of São Paulo (USP), 1967  Professor [Prof. Titular], Dept. of Computer Science, Institute of Mathematics and Statistics, USP (formally retired but still active... [aposentado mas não encostado...]) OBS: Se vc gostou do título e do índice, como eu gostei, poderá acessar o texto integral, que é longo e bem escrito,  clicando no endereço: http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/conseqs-materialismo.html

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