JOAQUIM ZAILTON BUENO MOTTA*
Amanhã, dia 15 de agosto, comemora-se o Dia do Solteiro. Além daquele que ainda não se comprometeu numa relação estável, o contingente inclui muitos que saíram de casamentos ou namoros longos.
No Brasil, o número de divórcios vem superando o de casamentos, nos últimos anos. A cada temporada, a disponibilidade de pessoas solteiras cresce significativamente.
Na Era da Informação, aqueles que estão desacompanhados e desejam paquerar e namorar, podem recorrer a serviços diversos, além da tradicional saída para a balada. Agências que alinham perfis semelhantes têm atendido um número crescente de candidatos. No universo virtual, as procuras também se expandem.
Tradicionalmente, conforme os levantamentos que não levam em conta encontros que começam em agências ou na virtualidade, relações mais sérias e longas ocorrem entre pessoas que se conhecem onde estudam ou trabalham.
Pesquisas desenvolvidas nos EUA mostram que namoros iniciados em bares podem durar seis meses. Os que tiveram seus começos em lugares onde as pessoas se veem com frequência, como cursos, clubes e vizinhança, duram pelo menos nove meses.
Para quem quer namoros mais duradouros, o melhor lugar para procurar é o trabalho. O psicólogo Ailton Amélio da Silva indica algumas razões pelas quais os envolvidos tendem a preservar o relacionamento no trabalho. Resumidamente, temos: as pessoas têm um grau de compatibilidade maior, já que gostam de coisas parecidas e têm níveis educacional e social equivalentes; ficam muito tempo juntos, saem para almoçar e acabam se conhecendo melhor; colegas de empresa são mais criteriosos e têm maiores chances de evoluir como casal; ninguém vai ficar com alguém do trabalho só por atração, já que terá de olhar na cara do outro no dia seguinte; e os interessados ficam mais inibidos em tomar atitudes precipitadas, que podem deixar um clima ruim no ambiente profissional.
O namoro entre funcionários não pode ser proibido pelas empresas, de acordo com os profissionais de Direito Trabalhista. Entretanto, beijos, abraços, demonstrações de carinhos mais explícitas ou relação sexual são proibidas durante o expediente — se um casal for flagrado pode ser demitido por justa causa. “A proibição extrapola o poder disciplinar do emprego. O que o empregador pode impedir são atos como beijos e carícias no ambiente de trabalho”, diz Eli Alves da Silva, presidente da Comissão de Direito Trabalhista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Nos dias de hoje, a possibilidade de encontrar parceria e companhia nos serviços de apresentação virtual é progressivamente maior. Temos sites com número exponencial de pessoas se procurando. O Metade Ideal, do UOL, parceiro do Cosmo (RAC), já atende 2 milhões de internautas.
Se tiver interesse nos bate-papos e sites de namoro, você deve, em primeiro lugar, buscar pessoas que tenham afinidades com seu perfil: veja as preferências, as expressões em frases e recados, avalie a foto. Depois, entre em contato. Uma boa mensagem deve conter algo criativo que chame a atenção do focalizado. Isso apontará o seu interesse, atraindo a sua paquera.
Se houver retorno, favoreça o entrosamento: use um bate-papo com voz e vídeo, conferindo as afinidades. Depois de três ou quatro episódios de interação virtual, procure marcar o encontro pessoal. Sem precipitar essa vivência real nem prolongar muito o papo online, conheça o pretendido sem esquecer que o primeiro contato não é definitivo.
No Metade Ideal, há vários especialistas ajudando os internautas. Eu respondo algumas questões, o Ailton Amélio e a Sueli Castro apresentam artigos. Ela, orientadora administrativa do GEA, ensina: “Quem tem amor para dar encontra sua metade ideal. Quem permanece apenas buscando ser amado, não encontra sua metade ideal e é afetado por ciúmes, egoísmos, trevas e desencontros”.
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*Joaquim Zailton Bueno Motta é psiquiatra e sexólogo
Fonte: Correio Popular online, 14/08/2010
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