Hoje, o IHU/Unisinos, - 10/06/2009 - noticiou que o teólogo
Andrés Torres Queiruga
está para ser condenado
pelos bispos espanhóis
que examinam seus livros.
Então busquei o excerto abaixo
para ilustrar a grandiosidade e a envergadura da
obras destes teólogo espanhol.
"A crítica fundamental de Torres Queiruga ao deísmo intervencionista consiste na afirmação de que essa intuição, além de manter Deus distante, elimina toda iniciativa absoluta de Deus.
Para Deus agir é necessário que o ser humano o invoque, implore, solicite sua ajuda. O movimento vai do ser humano a Deus e não o contrário. Deus aparece como um ser passivo, pouco preocupado com nossa vida.
Somos nós que temos que despertar o interesse nele por nós. A salvação aparece como uma realidade que temos que “conquistá-la diante de um Deus ‘no céu’, que teoricamente nos ama, mas que na efetividade vivencial permanece, ao contrário, passivo até que consigamos movê-lo com nossas súplicas, conquistá-lo com nossas obras e sacrifícios, obter seu perdão com nossas penitências e até mesmo acalmá-lo com ajuda de nossos intercessores".
Por isso, ele também manda e proíbe, premia e castiga, reserva para si um espaço de nossa vida - o ‘sagrado’ – e nos deixa o resto - o ‘profano’”. De certa maneira, não há como negar que essa intuição não transmita a idéia de Deus como rival do ser humano e contrário à sua realização, pois de um lado está o interesse de Deus e do outro o nosso. Deus acaba se tornando o amo absoluto e opressão alienante e o ser humano acaba se tornando seu servo mediante a religião, pois o seu dever como religioso consiste em servir a Deus, pedir-lhe ajuda e favores e esforçar-se para conseguir seu prêmio e evitar seu castigo.
Para nosso autor, a resposta mais coerente ao problema da relação entre Deus e o mundo consiste na afirmação da transcendência que se realiza na máxima imanência. Em outras palavras, a resposta está na presença do Criador na criação. Ou seja, para Queiruga, Deus precisa ser repensado “desde dentro” e não “desde fora”.
Isso para se evitar o intervencionismo arbitrário que ofende a autonomia da criação e, assim, superar a visão de rivalidade entre Deus e o humano".
O artigo completo pode ser lido no endereço:
http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0114200_03_cap_02.pdf - Com o título: Deus como afirmação do humano em Andrés Torres Queiruga
O deísmo intervencionista fundamenta o dualismo profano-sagrado, natural-sobrenatural pois acaba colocando Deus numa esfera e a criação noutra. Isso é extremamente prejudicial à vivência da fé cristã porque acaba criando uma rejeição à realidade mundana e humana pensando que esta está em oposição a Deus. Aqui Torres Queiruga fala de duas esferas de interesses: a de Deus e a do homem. Fazer a vontade de Deus estaria nesse caso em oposição à realização humana. Sobre isso cf. Id. Recuperar acriação, pp. 31-39.
O deísmo intervencionista fundamenta o dualismo profano-sagrado, natural-sobrenatural pois acaba colocando Deus numa esfera e a criação noutra. Isso é extremamente prejudicial à vivência da fé cristã porque acaba criando uma rejeição à realidade mundana e humana pensando que esta está em oposição a Deus. Aqui Torres Queiruga fala de duas esferas de interesses: a de Deus e a do homem. Fazer a vontade de Deus estaria nesse caso em oposição à realização humana. Sobre isso cf. Id. Recuperar acriação, pp. 31-39.
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