Eduardo Shinyashiki*
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O relógio bate meia-noite, os fogos iluminam os céus, as pessoas se abraçam e se beijam e infinitos planos e promessas são feitos. Mais uma vez, chegamos ao fim de outro ano. Os assuntos se voltam para o que chega, para as juras que faremos e inúmeras outras que não cumprimos. Estamos todos cheios de sonhos e esperanças acerca do ciclo que se encerra e do próximo que se inicia. As atenções estão voltadas para tudo o que pretendemos fazer de outra forma, de um jeito novo.
A catarse de emoções, tarefas e obrigações parece ter fim e tudo o que esteve pendente já não está mais, afinal, é ano-novo, e isso significa vida nova. No entanto, quando percebemos, ela continua na mesma direção, os problemas são iguais e as promessas continuam sendo simplesmente promessas. E se fizéssemos de outro jeito desta vez? E, se em vez de continuarmos tentando mudar tudo, refizéssemos as atividades de nossa vida e mudássemos um ponto simplesmente: nossas próprias atitudes?
Gastamos boa parte de nosso tempo planejando a vida, as ações, as atividades e o futuro. Vivemos tentando antecipar a vida, quando, na verdade, nós é que deveríamos nos antecipar ao futuro e estar de braços abertos para recebê-lo quando ele chegar. Tentar fazer com que o futuro aconteça agora somente aumenta nossa ansiedade e nos faz viver insistentemente em um tempo que não é o nosso, não é o hoje, não é o presente.
"Ser uma pessoa vencedora,
ter atitudes vencedoras, constitui, de fato,
em ter gestos conscientes – saber o que acontece
ao seu redor e agir a partir disso.
É ter, novamente,
o controle sobre si mesmo."
Insistimos tanto em remediar as situações que não percebemos que, na verdade, o futuro depende de nós mesmos. Deixamos as coisas acontecerem para só quando a crise completa se instala tomarmos alguma atitude. E, muitas vezes, a atitude é, na verdade, a omissão de ação. Sofremos consequências por motivos que podíamos ter evitado, solucionado e nos antecipado. Remediamos as relações até que se tornem insustentáveis, deixamos de agir e, assim, perdemos totalmente o controle sobre nossas próprias vidas.
Em vez de continuarmos remediando situações, por que não aproveitamos essa virada de ano para preveni-las e antecipar questões previsíveis? Ser uma pessoa vencedora não significa criar diversos planos e segui-los à risca. Todos querem uma vida vitoriosa, um caminho iluminado e bem-sucedido. No entanto, é preciso que possibilitemos que o futuro aconteça e que criemos contextos necessários. Antes de tudo, é preciso que tenhamos atitude, pois, sem agir, não criamos nem ao menos as possibilidades. E as primeiras atitudes a tomarmos – para isso, não precisamos nem esperar que o próximo ano chegue – são as que não tomamos, aquilo que deixamos de fazer.
Desde o cômodo que prometemos, mas nunca arrumamos até as declarações que pensamos e fizemos em silêncio, porém que jamais dissemos para quem gostaríamos – todas essas ações, por mais que pareçam pequenas, são grandes gestos e ótimas iniciativas para uma vida e pensamento mais conscientes. Como eu disse anteriormente: sem atitudes, não há ao menos possibilidades.
Neste novo ano que se aproxima, deixo meus mais sinceros votos de felicidade, amor, união e bons sentimentos. No entanto, mais que tudo isso, desejo a todos um novo presente, um novo agora dotado de atitudes conscientes e vencedoras. Espero que o ano que chega seja de contextos, de possibilidades, de grandes realizações e de plena consciência sobre os outros e nós mesmos. Desejo que todos tomem consciência de que o grande presente é o próprio agora e de que a vida é, na verdade, um grande e bonito milagre.
Feliz 2011 a todos!
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* Eduardo Shinyashiki é palestrante, consultor, escritor e especialista em desenvolvimento das competências de liderança e preparação de equipes.
Visite o site: www.edushin.com.br.
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