sábado, 25 de dezembro de 2010

Luc Ferry - VIDA BOA

Um dos pensadores  mais  polêmico da atualidade, o filósofo e ex-ministro de Educação da França, Luc Ferry, fala sobre os valores da vida. Autor de diversos best-sellers, o filósofo tenta explicar o que é uma vida boa. Para Ferry, estamos vivendo uma revolução diferente de qualquer outra dos últimos dois mil anos: a revolução do amor. Nesse contexto, a família é a base.
Ateu declarado, o filósofo gera polêmica ao relacionar religião e escola. Conhecido em todo o mundo por proibir o uso dos símbolos religiosos em escolas públicas francesas, Ferry diz que criou a lei para evitar que as crianças se transformassem em pequenos militantes religiosos.
Defensor da existência de uma espiritualidade laica, é a favor do ensino de História Religiosa nas escolas.
Ferry esteve em Curitiba em maio para uma palestra inédita no Teatro Positivo. O evento foi realizado pela Universidade Positivo,em parceria com o Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR).

Revista Escada - Quais os critérios para se ter uma vida boa?
Luc Ferry - Primeiro, nenhuma vida boa é possível se os seres humanos não aceitarem a morte, isto é, a condição humana. Precisamos aceitar o que nós somos mortais. Enquanto continuarmos com medo da morte, nos angustiando com a morte, enquanto contarmos histórias de imortalidade, não poderemos ter acesso à serenidade, à sabedoria. O sábio é, antes de mais nada, aquele que aceita a morte. O que isso quer dizer? É a vitória sobre o medo.
O segundo critério da vida boa é viver o presente.Constantemente, o passado nos puxa para trás. Quando o passado é feliz, temos a nostalgia dos bons tempos. Quando o passado é infeliz, vivemos no remorso, na culpa. Então, a gente se precipita, se joga no futuro e acha que isso vai ser melhor, e que tudo vai melhorar depois. O melhor é sempre depois, nunca vivemos o presente, estamos constantemente no passado ou no futuro, nunca aqui e agora.
Em terceiro lugar, a vida boa só é possível quando oser humano se reconcilia com a ordem cósmica, com esse universo harmonioso que nos cerca. A vida boa só é possível quando o homem compreende que é um fragmento de eternidade e se ajusta à ordem do mundo,que é um átomo do cosmos e – o cosmos sendo
eterno – um próprio fragmento da eternidade.
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Toda a entrevista vc lê na revista clicando aqui:

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