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O hacker brasileiro conhecido pela alcunha (ou "nickname") Vinicius K-Max, 28, já protagonizou diversas histórias na internet brasileira. Segundo ele, existem, com certeza, brasileiros envolvidos nos ataques às redes Visa e Mastercard. Leia os principais trechos da entrevista.
Folha - Há brasileiros envolvidos nos ataques?
Vinicius K-Max - Com certeza tem brasileiro no meio. Pela dimensão e número de internautas do país, é uma questão de evidências. E você não tem que ter um alto nível técnico para participar, é extremamente simples. Você passa um programinha leve e deixa rodando no site, enquanto a máquina vai atacando. E é uma rede de milhares de usuários do mundo... É pouco provável que não exista gente de cada país ajudando.
Como funciona o ataque dos Anônimos?
São gente que participa de forma anônima, que se organiza em fóruns de hackers e migra todas as suas forças para atuações como no ataque do WikiLeaks. Não existe uma agenda, o que existem são oportunidades de mostrar que eles podem fazer alguma coisa, que podem incomodar quem está incomodando a gente. É mais um hackativismo, um ativismo hacker, um movimento de protesto on-line.
E o que os hackers pensam sobre o WikiLeaks?
O WikiLeaks sem sombra de dúvidas é aprovado pela maioria da internet. As atitudes de abrir governos, expor segredos de alto escalão e de empresas são atos de transparência.
Dá para saber o número de participantes nos ataques?
Não dá. Há gente de todo país, tem hackers com botnet [computadores "zumbis", que atuam de forma independente]. Mas não dá para aferir isso. As pessoas não falam, e os ataques são executados de maneira anônima.
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*Reportagem por MARINA LANG DE SÃO PAULO _________________________
Fonte: Folha online, 09/12/2010
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